Ginkgo

O ginkgo é derivado de folhas da árvore do ginkgo (comumente plantada com finalidades ornamentais). As folhas contêm várias substâncias biologicamente ativas, como ginkgolídeos e flavonoides. O ginkgo é um dos suplementos à base de ervas mais comumente usados.

Os frutos da árvore de ginkgo não são usados nos produtos à base de ginkgo devido ao seu mau odor. O contato com a polpa da fruta, que pode ser encontrada embaixo das árvores de ginkgo femininas, pode causar uma inflamação de pele (dermatite) grave. As sementes da fruta são tóxicas e podem causar convulsões e, em grandes quantidades, morte Às vezes, ingredientes mais baratos são usados para tornar o ginkgo de baixa qualidade mais satisfatório para os consumidores. Nem todos os exames conseguem detectar produtos de baixa qualidade, portanto, esses produtos ainda podem estar disponíveis

(consulte também Considerações gerais sobre suplementos alimentares).

O ginkgo reduz a tendência coagulante de partículas no sangue que ajudam a interromper a hemorragia (plaquetas), dilata os vasos sanguíneos (melhorando, assim, o fluxo sanguíneo) e reduz a inflamação. As pessoas tomam ginkgo por muitos motivos, como, por exemplo, melhorar o fluxo sanguíneo para a parte inferior das pernas na presença de doença vascular aterosclerótica das artérias nas pernas (doença arterial periférica), tratar a demência (como na doença de Alzheimer, por exemplo), diabetes tipo 2, degeneração macular relacionada à idade (uma doença ocular), zumbido nos ouvidos (acúfeno) e doença de altitude e prevenir lesão renal causada pelo medicamento ciclosporina.

Estudos científicos mostram que o ginkgo beneficia pessoas com doença arterial periférica, embora o benefício seja pequeno. O ginkgo aumentou a distância que a pessoa afetada consegue caminhar sem dor.

De acordo com os resultados de um estudo clínico abrangente, parece improvável que ele traga benefícios significativos a pessoas com demência. Nesse estudo clínico, o ginkgo não foi eficaz na redução do desenvolvimento da demência e da doença de Alzheimer em idosos. No entanto, outros estudos indicam que o ginkgo, quando tomado em doses suficientes e por mais de cinco meses, consegue estabilizar temporariamente a função mental e social em pessoas com demência leve a moderada.

Existe alguma evidência sugerindo que tomar ginkgo pode ser benéfico para vários problemas de saúde. O ginkgo pode

• Ajudar moderadamente a diminuir os sintomas de alguns distúrbios como ansiedade e esquizofrenia

• Ajudar na recuperação de um acidente vascular cerebral

• Ajudar a retardar a degeneração macular relacionada à idade (uma doença ocular) e melhorar o fluxo sanguíneo nos olhos

• Aliviar o zumbido nos ouvidos, mas provavelmente não em pessoas cujo principal problema é o acúfeno

• Prevenir a doença da altitude em algumas pessoas

Vem surgindo evidências relatando o benefício do ginkgo no tratamento do diabetes tipo 2. Quando combinado com metformina, o ginkgo causou uma redução significativa na glicemia de jejum e na HbA1C.

Náusea, problemas digestivos, dor de cabeça, tontura e palpitações podem ocorrer em pessoas que tomam ginkgo. Ele não deve ser usado por gestantes pois pode causar trabalho de parto prematuro ou sangramento excessivo durante o parto. O ginkgo também deve ser interrompido pelo menos duas semanas antes de uma cirurgia devido ao potencial de sangramento excessivo.

O ginkgo pode interagir com medicamentos que previnem a formação de coágulos (por exemplo, a varfarina), aspirina e outros medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). O ginkgo também pode vir a reduzir a eficácia de medicamentos anticonvulsivantes e antidepressivos que afetam a serotonina (por exemplo, os ISRSs e os IRSNs).

O ginkgo é relativamente seguro e proporciona um leve benefício para pessoas com doença arterial periférica e, possivelmente, para vários outros quadros clínicos. As pessoas que tomam medicamentos que podem interagir com o ginkgo devem consultar o médico antes de tomar suplementos de ginkgo. Também é importante parar de usar o ginkgo duas semanas antes de realizar cirurgia.