Rodiola

O nome botânico da rodiola é Rhodiola rosea.

• A raiz e o tronco subterrâneo (rizoma) dessa planta são usados nas práticas da medicina tradicional do leste e norte europeu e em algumas regiões da Ásia.

• Essa planta é conhecida por muitos outros nomes, incluindo raiz do ártico, raiz de ouro, raiz seca, raiz rosa, coroa do rei e raiz dourada siberiana.

• Os extratos da raiz e do rizoma da planta são secos e dissolvidos em álcool para preparar compostos medicinais.

• Uma dose típica é de 144 a 200 mg, duas vezes ao dia (contudo, ao contrário dos medicamentos com receita, são poucas as ocasiões em que existe evidência sobre a melhor dose para os suplementos ou se a dose anunciada em preparados de venda livre é de fato exata)

(consulte também Considerações gerais sobre suplementos alimentares).

Os defensores acreditam que a rodiola é um adaptógeno. Esse termo, usado na medicina fitoterápica, significa que se acredita que essa substância ajuda o corpo a responder ao estresse e a restaurar a função normal.

A rodiola é usada na medicina tradicional para:

• Melhorar o aprendizado e a memória

• Aumentar a energia

• Reduzir níveis de colesterol altos

• Reduzir os sintomas da depressão

• Reduzir a fadiga

• Desacelerar o processo de envelhecimento

• Tratar os sintomas da doença de altitude

É muito improvável que qualquer composto isolado, incluindo a rodiola, tenha uma gama tão ampla de benefícios à saúde. Assim, é muito improvável que esses múltiplos benefícios sejam confirmados por evidências.

Estudos em células mostram que o salidrosídeo, um composto da rodiola, pode ter efeitos benéficos no cérebro e possivelmente exterminar células cancerosas cerebrais.

• Estudos em animais sugerem que a rodiola poderia melhorar a função cognitiva, mas esses estudos têm pontos fracos significativos.

As evidências oriundas de estudos em pessoas para demonstrar que a rodiola tem os benefícios à saúde alegados são limitadas.

• A maioria desses estudos é de pequeno porte e de má qualidade, e algumas das evidências são contraditórias.

Estudos em pessoas não foram conclusivos, mas mostraram que a rodiola possivelmente poderia ter os benefícios a seguir:

• Melhorar a resistência, inclusive o desempenho atlético, no trabalho e cognitivo

• Reduzir a fadiga em situações estressantes

• Aliviar a ansiedade e a depressão; ela proporciona menos benefícios do que um antidepressivo tradicional, porém com menos efeitos colaterais

• Reduzir danos cardíacos causado pela epirrubicina (um medicamento quimioterápico)

Tomar rodiola duas vezes ao dia durante seis a doze semanas parece ser seguro para a maioria das pessoas.

• Porém, a rodiola pode causar tontura, boca seca e/ou produção excessiva de saliva.

• Uma vez que ela pode estimular o sistema imunológico, a rodiola poderia piorar as doenças autoimunes como a esclerose múltipla e a artrite reumatoide.

• A segurança da rodiola em gestantes, lactantes ou crianças não foi estudada.

• O uso de rodiola em conjunto com medicamentos antidepressivos com receita pode causar uma frequência cardíaca muito rápida.

• A rodiola pode reduzir os níveis de glicose no sangue; assim, ela pode fazer com que os níveis de glicose no sangue fiquem muito baixos, sobretudo em pessoas que tomam insulina ou outros medicamentos para tratar diabetes.

• A rodiola pode reduzir a pressão arterial; assim, ela pode fazer com que a pressão arterial fique muito baixa em pessoas que já têm pressão arterial baixa ou nas que tomam medicamentos para baixar a pressão arterial.

• A rodiola pode aumentar a concentração de determinados medicamentos, como, por exemplo, o anticoagulante varfarina e alguns medicamentos anti-inflamatórios.

• A rodiola pode neutralizar os efeitos dos imunossupressores usados para determinadas doenças autoimunes, como a esclerose múltipla.

• Tomando por base seus efeitos bioquímicos, a rodiola pode interagir com muitos outros medicamentos, mas não se sabe se isso de fato causa problemas.

Em geral, a rodiola não é recomendada porque os supostos efeitos benéficos à saúde não foram confirmados por estudos de alta qualidade em pessoas e não superam o risco de efeitos colaterais ou interações medicamentosas.

Gestantes e lactantes, crianças e pessoas com doenças autoimunes devem evitar consumir rodiola.

Pessoas que tomam certos medicamentos (inclusive medicamentos para tratar diabetes ou depressão, baixar a pressão arterial, afinar o sangue ou suprimir o sistema imunológico em determinadas condições de doença autoimune) devem conversar com o médico antes de tomar rodiola.