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Visão geral dos suplementos alimentares

Por

Laura Shane-McWhorter

, PharmD, University of Utah College of Pharmacy

Revisado/Corrigido: jan 2023
Visão Educação para o paciente
Recursos do assunto

A US Food and Drug Administration (FDA) regula os suplementos alimentares de forma diferente dos fármacos. A FDA regula o controle de qualidade e o método adequado de fabricação, mas não controla a padronização dos ingredientes ativos ou a eficácia.

Definição

O Dietary Supplement Health and Education Act (DSHEA), de 1994, define como suplemento alimentar

  • Qualquer produto (exceto tabaco) em pílula, cápsula, comprimido ou forma líquida, contendo vitaminas, minerais, ervas ou outros pro — dutos de plantas, aminoácidos ou outras substâncias alimentares conhecidas, utilizado com a intenção de suplementar a dieta normal

Rótulos

O DSHEA requer que o rótulo do produto identifique-o como suplemento alimentar e notifique o consumidor de que as alegações para o suplemento não foram avaliadas pela FDA. O rótulo também deve listar cada ingrediente por nome, quantidade e peso total e identificar as partes das plantas das quais o ingrediente é proveniente.

Os fabricantes podem fazer alegações sobre estrutura e função (p. ex., bom para a saúde do trato urinário), mas não podem atribuir ou sugerir qualidades do produto como fármaco ou tratamento (p. ex., para tratar infecções do trato urinário). Pode-se incluir datas de vencimento nos rótulos padronizados dos produtos se essas informações forem corroboradas por dados válidos que demonstrem que não são falsas ou enganosas.

Segurança e eficácia

A FDA não exige que os fabricantes de suplementos alimentares comprovem a segurança ou eficácia, embora os suplementos precisem ter um histórico de segurança. Fabricantes e distribuidores de suplementos devem relatar efeitos adversos graves para a FDA por meio do sistema MedWatch, um programa de relatórios de segurança sobre produtos clínicos.

A maioria das pessoas que utiliza suplementos alimentares supõe que eles são bons para a saúde em geral, são seguros e eficazes para o tratamento e/ou prevenção de doenças específicas, ou ambos. As pessoas podem pensar isso porque os suplementos alimentares são naturais (isto é, derivados de plantas ou animais) e porque alguns são corroborados por séculos de uso nos sistemas tradicionais de medicina.

Embora cada vez mais ensaios clínicos estejam sendo realizados atualmente, a maioria dos suplementos não foi rigorosamente estudada. Informações sobre esses estudos estão disponíveis em NIH National Center for Complementary and Integrative Health (NCCIH).

Para a maioria dos suplementos dietéticos, evidências sugerindo segurança ou eficácia vêm de

  • Uso tradicional

  • Estudos in vitro

  • Alguns relatos de caso

  • Estudos com animais

Pureza e padronização

A falta de regulamentação e monitoramento governamental também significa que os suplementos não são monitorados para garantir que contenham os ingredientes e as quantidades de ingrediente ativo que o fabricante alega que contêm. O suplemento pode ter ingredientes não listados, que podem ser inertes ou lesivos (p. ex., toxinas naturais, bactérias, pesticidas, chumbo e outros metais pesados, corantes não aprovados), ou pode conter quantidades variáveis de ingrediente ativo, em especial quando ervas inteiras são moídas, trituradas ou transformadas em extratos. Os consumidores têm risco de receber menos, mais, ou, em alguns casos, nada do ingrediente ativo, se este for mesmo conhecido. A maioria dos fitoterápicos são misturas de diversas substâncias, nas quais nem sempre se sabe qual é o ingrediente mais ativo.

A falta de padronização significa não apenas que o produto pode diferir entre os fabricantes, mas também que lotes separados produzidos pelo mesmo fabricante podem variar. Esta variabilidade de produtos é uma fonte particular de dificuldade na condução de estudos clínicos rigorosos e na comparação dos resultados dos diferentes estudos. Entretanto, alguns suplementos foram padronizados e podem incluir a designação de padronização no rótulo.

Novas regulamentações sobre a produção de suplementos nos Estados Unidos incluem as Good Manufacturing Practices (GMP). Essas regras reforçam os padrões para manter as fábricas e equipamentos de fabricação limpos e as matérias-primas puras e não contaminadas. As GMPs também asseguram uma rotulagem, empacotamento e armazenamento adequados do produto final.

Outras questões

Áreas adicionais de ocupação incluem

  • Utilização de suplementos alimentares no lugar de fármacos convencionais

  • Estabilidade dos suplementos (em especial os produtos de ervas) uma vez manufaturados

  • Toxicidade

  • Interações entre suplementos e fármacos ou doenças

  • Contribuição para diagnóstico incorreto

A maioria das informações acerca dessas preocupações vem de relatos esporádicos individuais de interações (ver tabela ) e algumas referências.

Apesar dessas preocupações, vários pacientes acreditam firmemente nos benefícios dos suplementos e continuam a utilizá-los, com ou sem o envolvimento do médico. Pacientes podem não revelar ou desejar esconder o uso de suplementos alimentares. Por essa razão, a história do paciente ambulatorial deve incluir periodicamente perguntas explícitas sobre o uso passado e recente de terapias complementares, integrativas e alternativas, incluindo suplementos alimentares. Muitos médicos incorporam o uso de alguns suplementos em sua prática; suas razões são o benefício comprovado do suplemento, o desejo de assegurar que os suplementos sejam utilizados com segurança pelos pacientes que os usarão de qualquer maneira, e a convicção do médico de que os suplementos são seguros e eficazes.

Preocupações comuns em relação ao uso de suplementos incluem:

  • Os efeitos placebo podem simular a verdadeira eficácia, particularmente se o paciente e/ou o médico acreditar firmemente no suplemento.

  • As respostas terapêuticas aos suplementos, mediados por placebos ou outros, podem ser confundidas com evidências que confirmam um diagnóstico específico possivelmente incorreto.

Há poucos dados para orientar o paciente sobre a segurança dos suplementos. Porém, alguns especialistas acreditam que o número global de problemas decorrentes de suplementos alimentares seja pequeno comparado ao número total de doses tomadas e que o produto, se corretamente manufaturado, apresenta grande possibilidade de ser seguro. Como resultado, esses especialistas aconselham que a compra de suplementos seja de fabricantes bem conhecidos e vários recomendam os suplementos fabricados na Alemanha, pois são regulados como fármacos e assim a vigilância é mais estrita que nos Estados Unidos.

Os suplementos discutidos no Manual são os mais populares, são eficazes ou apresentam algumas questões sobre segurança. Informações mais completas estão disponíveis no site do NIH National Center for Complementary and Integrative Health.

Tabela

Informações adicionais

Os recursos em inglês a seguir podem ser úteis. Observe que este Manual não é responsável pelo conteúdo desses recursos.

Visão Educação para o paciente
OBS.: Esta é a versão para profissionais. CONSUMIDORES: VISUALIZAR A VERSÃO SAÚDE PARA A FAMÍLIA
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