Valeriana

PorLaura Shane-McWhorter, PharmD, University of Utah College of Pharmacy
Reviewed ByEva M. Vivian, PharmD, MS, PhD, University of Wisconsin School of Pharmacy
Revisado/Corrigido: modificado jul. 2025
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Visão Educação para o paciente

A raiz e rizomas (caules subterrâneos) da valeriana (Valeriana officinalis) contêm seus ingredientes ativos, incluindo valepotriatos e óleos odoríficos.

Alegações sobre a valeriana

A valeriana é utilizada como sedativo e auxiliar do sono, sendo especialmente popular na Europa.

Algumas pessoas tomam valeriana para combater cefaleias, depressão, sintomas da menopausa, síndrome pré-menstrual, frequência cardíaca irregular e tremores. Em geral, utiliza-se por curtos períodos de tempo (p. ex., 2 a 6 semanas).

Evidências sobre a valeriana

Uma revisão sistemática realizada em 2020 e uma metanálise com 60 estudos (6.894 indivíduos) avaliaram a qualidade subjetiva do sono em 10 estudos (1065 indivíduos) e a ansiedade em 8 estudos (535 indivíduos). Os autores relataram achados inconsistentes, possivelmente por causa da qualidade variável do extrato de valeriana (1). A diretriz de prática clínica da American Academy of Sleep Medicine de 2017 sugeriu que os médicos não usem valeriana como tratamento para a iniciação ou manutenção do sono em adultos com insônia (2).

Uma revisão guarda-chuva de 2024 de 8 revisões sistemáticas em 15.716 participantes relatou que não foram encontradas evidências de benefício da valeriana para medidas objetivas de insônia (3).

Dois pequenos ensaios clínicos randomizados também relataram uma diminuição dos calorões na menopausa com o uso de valeriana em comparação com o placebo após 4 e 8 semanas de uso (4).

Há interesse no uso da valeriana para tratar o transtorno obsessivo-compulsivo, e um estudo clínico randomizado controlado piloto de 8 semanas forneceu evidências de benefícios (5). Não há evidências científicas suficientes para determinar se a valeriana é eficaz contra cefaleia, depressão, arritmia cardíaca ou tremor.

Efeitos adversos da valeriana

Estudos sugerem que geralmente é seguro administrar valeriana nas doses habituais. Os efeitos adversos da valeriana incluem cefaleia, mal-estar gástrico, cardiopatias e, até mesmo, insônia em algumas pessoas. Algumas pessoas sentem sonolência pela manhã depois de tomar valeriana, especialmente em doses mais altas. A valeriana pode prolongar o efeito de outros sedativos (p. ex., barbitúricos) e influenciar a capacidade de dirigir ou exercer outras atividades que exigem atenção.

Não se recomenda essa combinação para gestantes ou nutrizes.

Interações medicamentosas com valeriana

Estudos in vitro sugeriram que a valeriana inibe o metabolismo da CYP3A4 e a atividade da glicoproteína P (6), mas nenhum ensaio clínico demonstrou interação com o metabolismo farmacológico.

A valeriana pode prolongar o efeito de outros sedativos (p. ex., barbitúricos), e influenciar a capacidade de dirigir ou exercer outras atividades que exigem atenção. A valeriana não deve ser tomada junto com bebidas alcoólicas ou sedativos.

(Ver também tabela Algumas interações possíveis entre suplementos alimentares e fármacos.)

Referências

  1. 1. Shinjyo N, Waddell G, Green J. Valerian root in treating sleep problems and associated disorders-a systematic review and meta-analysis. J Evid Based Integr Med. 25:2515690X20967323, 2020. doi:10.1177/2515690X20967323

  2. 2. Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, Neubauer DN, Heald JL. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine Clinical Practice Guideline. J Clin Sleep Med. 13(2):307-349, 2017. Publicado em 2017 Fev 15. doi:10.5664/jcsm.6470

  3. 3. Valente V, Machado D, Jorge S, Drake CL, Marques DR. Does valerian work for insomnia? An umbrella review of the evidence. Eur Neuropsychopharmacol. 2024 May;82:6-28. doi: 10.1016/j.euroneuro.2024.01.008

  4. 4. Mirabi P, Mojab F. The effects of valerian root on hot flashes in menopausal women. Iran J Pharm Res. 12(1):217-222, 2013. PMID: 24250592

  5. 5. Pakseresht S, Boostani H, Sayyah M. Extract of valerian root (Valeriana officinalis L.) vs. placebo in treatment of obsessive-compulsive disorder: a randomized double-blind study. J Complement Integr Med. 8, 2011. doi: 10.2202/1553-3840.1465

  6. 6. Hellum BH, Nilsen OG. In vitro inhibition of CYP3A4 metabolism and P-glycoprotein-mediated transport by trade herbal products. Basic Clin Pharmacol Toxicol. 102(5):466-475, 2008. doi: 10.1111/j.1742-7843.2008.00227.x

Informações adicionais

O recurso em inglês a seguir pode ser útil. Observe que este Manual não é responsável pelo conteúdo deste recurso.

  1. National Institutes of Health (NIH): Valerian Fact Sheet forHealth Professionals

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