Causas da hiperbilirrubinemia neonatal

Mecanismo

Causas

Aumento da circulação êntero-hepática

Leite materno (icterícia do leite materno)

Amamentação deficiente (icterícia da amamentação)

Íleo paralítico induzido por fármacos (sulfato de magnésio ou morfina)

Jejum ou outra causa para hipoperistaltismo

Doença de Hirschsprung

Atresia ou estenose intestinal, incluindo pâncreas anular

Íleo meconial ou síndrome da rolha de mecônio

Estenose do piloro*

Sangue deglutido

Hiperprodução

Hemólise do sangue extravascular (p. ex., hematomas, petéquias, hemorragia pulmonar, cerebral ou oculta)

Policitemia por transfusão materno-fetal ou feto-fetal ou atraso na laqueadura do cordão umbilical

Hiperprodução por anemia hemolítica

Nos recém-nascidos com deficiência de G6PD, certos fármacos e agentes (p. ex., paracetamol, álcool, antimaláricos, ácido acetilsalicílico, bupivacaína, corticoides, diazepam, nitrofurantoína, ocitocina, penicilina, fenotiazina e sulfonamidas)

Incompatibilidade materno-fetal de grupos sanguíneos (p. ex., Rh, ABO)

Deficiências enzimáticas das eritrócitos (p. ex., de G6PD ou piruvato quinase)

Esferocitose

Talassemia alfa

Hipossecreção por obstrução biliar

Deficiência de alfa-1-antitripsina*

Atresia biliar*

Cisto do colédoco*

Fibrose cística* (bile espessa)

Síndrome de Dubin-Johnson e síndrome de Rotor*

Nutrição parenteral

Tumor ou ligadura* (obstrução extrínseca)

Hipossecreção por condições metabólico-endócrinas

Síndrome de Crigler-Najjar (icterícia não hemolítica familiar tipos 1 e 2)

Fármacos e hormônios

Síndrome de Gilbert

Hipermetioninemia

Hipopituitarismo e anencefalia

Hipotireoidismo

Síndrome de Lucey-Driscoll

Diabetes materno

Prematuridade

Tirosinose

Hiperprodução e hipossecreção mista

Asfixia

Infecções intrauterinas

Diabetes materno

Síndrome do desconforto respiratório

Sepse

Doença hemolítica do feto grave

Sífilis

Infecções TORCH

*A icterícia também pode estar ausente no período neonatal.

G6PD = glicose-6-fosfato de-hidrogenase; TORCH =toxoplasmose, outros patógenos, rubeola, citomegalovírus e herpes simples.

Adapted from Poland RL, Ostrea EM Jr: Neonatal hyperbilirubinemia. In Care of the High-Risk Neonate, ed. 3, edited by MH Klaus and AA Fanaroff. Philadelphia, WB Saunders Company, 1986.