Eritema nodoso

PorJulia Benedetti, MD, Harvard Medical School
Revisado/Corrigido: abr 2022
Visão Educação para o paciente

Eritema nodoso é uma forma específica de paniculite caracterizada por nódulos subcutâneos sensíveis, de cor vermelha ou violácea, e palpáveis, na região anterior das pernas e, ocasionalmente, em outras localizações. Em geral, ocorre com uma doença sistêmica de base, em particular infecção estreptocócica, sarcoidose, tuberculose e doença inflamatória intestinal. O diagnóstico baseia-se em avaliação clínica e, às vezes, biópsia. O tratamento depende da causa.

Eritema nodoso afeta principalmente indivíduos entre 20 e 30 anos de idade, mas pode ocorrer em qualquer idade; mulheres são mais acometidas.

Etiologia do eritema nodoso

A etiologia do eritema nodoso é desconhecida, mas suspeita-se de uma reação imunológicia em razão da associação frequente do eritema nodoso a outras doenças.

As doenças concomitantes mais comuns são

Outros possíveis gatilhos são

Mais de um terço dos casos de eritema nodoso é idiopático.

Eritema induratum, uma doença semelhante, se manifesta com lesões nas panturrilhas e classicamente afeta pacientes com tuberculose.

Sinais e sintomas do eritema nodoso

Eritema nodoso é um subgrupo da paniculite que se manifesta como nódulos ou placas eritematosos mais sensíveis, principalmente na região pré-tibial, frequentemente precedido ou acompanhado de febre, mal-estar e artralgia. As lesões podem ser detectadas mais facilmente por palpação do que inspeção e podem evoluir para áreas semelhantes a equimose ao longo de semanas.

Eritema nodoso
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Eritema nodoso é uma forma da paniculite caracterizada por nódulos subcutâneos dolorosos, eritematosos, vermelhos ou violáceos e palpáveis, que se manifestam mais tipicamente na região anterior da perna. Mais frequentemente acompanha doenças sistêmicas, como infecção estreptocócica, sarcoidose e doença inflamatória intestinal.
Imagem fornecida por Thomas Habif, MD.
Eritema nodoso (Perna)
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Essa imagem mostra placas eritematosas características do eritema nodoso.
Imagem cedida por cortesia de Karen McKoy, MD.

Diagnóstico do eritema nodoso

  • Avaliação clínica

  • Biópsia excisional

O diagnóstico de eritema nodoso geralmente é feito pelo aspecto clínico, sendo confirmado por biópsia excisional de um nódulo, se necessário. O diagnóstico de eritema nodoso requer pesquisa rápida pesquisa quanto à causa. A avaliação pode incluir biópsia, testes cutâneos (tuberculina ou painel anérgico), anticorpos antinucleares, hemograma completo, radiografia de tórax e títulos seriados de antiestreptolisina O ou uma cultura orofaríngea. A velocidade de hemossedimentação costuma ser alta.

Tratamento do eritema nodoso

  • Cuidados de suporte

  • Fármacos anti-inflamatórios (raramente corticoides)

Eritema nodoso quase sempre regride espontaneamente. O tratamento consiste em repouso com as pernas elevadas, compressas frias e AINEs. Deve-se administrar iodeto de potássio, 300 a 500 mg por via oral 3 vezes ao dia para diminuir a inflamação. Corticoides sistêmicos são eficazes, mas devem ser utilizados com um último recurso porque podem exacerbar uma infecção oculta.

Se uma doença de base for identificada, deve-se tratá-la.

Pontos-chave

  • As causas mais comuns de eritema nodoso são infecções por estreptococos (principalmente em crianças), sarcoidose e doença inflamatória intestinal.

  • Diagnosticar o eritema nodoso principalmente pelo aspecto clínico, mas, quando necessário, extirpar um nódulo para confirmação por biópsia.

  • Tratar o eritema nodoso fornecendo suporte e usar AINEs ou iodeto de potássio conforme necessário até que a doença desapareça espontaneamente.

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