Pneumonia intersticial inespecífica

PorJoyce Lee, MD, MAS, University of Colorado School of Medicine
Reviewed ByRichard K. Albert, MD, Department of Medicine, University of Colorado Denver - Anschutz Medical
Revisado/Corrigido: modificado jun. 2025
v8496524_pt
Visão Educação para o paciente

A pneumonia intersticial inespecífica é uma pneumonia intersticial idiopática que ocorre principalmente em mulheres de 40 a 50 anos de idade. Os pacientes têm tosse e dispneia, que podem estar presentes por meses ou anos. O diagnóstico é feito via TC de alta resolução e biópsia pulmonar. O tratamento é com glicocorticoides e, às vezes, outros fármacos imunossupressores.

A pneumonia intersticial inespecífica (PII) é uma pneumonia intersticial idiopática. Ela é muito menos comum que a fibrose pulmonar idiopática. Os pacientes, em sua maioria, são mulheres entre 40 e 50 anos de idade, sem causa ou associação conhecida. Entretanto, um processo patológico semelhante pode ocorrer em pacientes com doenças reumáticas sistêmicas (em particular a esclerose sistêmica ou miopatias inflamatórias idiopáticas), em algumas formas de doença pulmonar induzida por fármacos e em pacientes com pneumonite por hipersensibilidade.

O quadro clínico da PII é semelhante ao da fibrose pulmonar idiopática. Tosse e dispneia estão presentes por meses ou anos.

Os sintomas constitucionais são raros, embora possa ocorrer febre baixa e mal-estar.

Diagnóstico da pneumonia intersticial inespecífica

  • TC de alta resolução (TCAR)

  • Biópsia pulmonar cirúrgica

Deve-se considerar o diagnóstico da pneumonia intersticial inespecífica em pacientes com tosse subaguda ou crônica inexplicável e dispneia. O diagnóstico requer TC de alta resolução (TCAR) e sempre exige confirmação por biópsia do pulmão. A pneumonia intersticial inespecífica é um diagnóstico de exclusão que requer avaliação clínica cuidadosa quanto a possíveis doenças alternativas, em particular os doenças reumáticas sistêmicas, a pneumonite por hipersensibilidade e a toxicidade por fármacos.

A radiografia de tórax mostra principalmente opacidades reticulares na zona inferior. Também é possível haver opacidades irregulares bilaterais.

Achados da TC de alta resolução (TCAR) incluem atenuação em vidro fosco irregular bilateral, linhas irregulares e dilatação dos brônquios (bronquiectasia por tração), geralmente com uma distribuição da área pulmonar inferior. A preservação subpleural é possível. O aspecto em “favo de mel” é raro.

Mais da metade dos pacientes apresenta maior porcentagem de linfócitos no lavado broncoalveolar, mas esse achado é inespecífico.

É necessária biópsia pulmonar cirúrgica para o diagnóstico da pneumonia intersticial inespecífica. Histologicamente, a maioria dos pacientes tem algum grau de fibrose. A principal característica da pneumonia intersticial inespecífica é inflamação homogênea e fibrose temporária, em oposição à heterogeneidade encontrada na pneumonia intersticial usual. Embora as alterações sejam temporalmente uniformes, o processo pode ser irregular, com áreas pulmonares não afetadas intercaladas.

Tratamento da pneumonia intersticial inespecífica

  • Glicocorticoides com ou sem outros imunossupressores

Muitos pacientes com pneumonia intersticial inespecífica respondem ao tratamento com glicocorticoides, com ou sem outros imunossupressores (p. ex., azatioprina, micofenolato mofetil, ciclofosfamida) (1).

O prognóstico parece depender mais do grau de fibrose encontrado durante a biópsia pulmonar cirúrgica. Quase todos os pacientes com doença predominantemente celular sobrevivem por pelo menos 10 anos. No entanto, com o aumento da fibrose, a sobrevida piora.

Referência sobre tratamento

  1. 1. Tomassetti S, Ryu JH, Piciucchi S, Chilosi M, Poletti V. Nonspecific Interstitial Pneumonia: What Is the Optimal Approach to Management? Semin Respir Crit Care Med 2016;37(3):378-394. doi:10.1055/s-0036-1583176

Pontos-chave

  • A pneumonia intersticial inespecífica é incomum; a maioria dos pacientes são mulheres entre 40 e 50 anos de idade sem fatores de risco conhecidos.

  • Excluir doenças reumáticas sistêmicas (particularmente esclerose sistêmica e miosite autoimune), lesão pulmonar induzida por fármacos, pneumonite por hipersensibilidade.

  • Tratar com glicocorticoides, com ou sem outros imunossupressores (p. ex., azatioprina, micofenolato de mofetila, ciclofosfamida).

  • O prognóstico é pior se a biópsia mostrar aumento da fibrose.

quizzes_lightbulb_red
Test your KnowledgeTake a Quiz!
ANDROID iOS
ANDROID iOS
ANDROID iOS