Transtorno esquizoafetivo

PorMatcheri S. Keshavan, MD, Harvard Medical School
Reviewed ByMark Zimmerman, MD, South County Psychiatry
Revisado/Corrigido: modificado jul. 2025
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Visão Educação para o paciente

Caracteriza-se o transtorno esquizoafetivo por psicose, outros sintomas da esquizofrenia e sintomas do humor significativos. Diferencia-se da esquizofrenia pela coexistência de um episódio maníaco ou depressivo maior. O tratamento é feito com psicoterapia e antipsicóticos, antidepressivos e/ou medicamentos estabilizadores do humor.

Psicose refere-se a sintomas como delírios, alucinações, pensamento e fala desorganizados, e comportamento motor bizarro e inapropriado (incluindo catatonia) que indicam perda de contato com a realidade.

Considera-se o transtorno esquizoafetivo quando os sintomas de psicose e de humor coexistem. O diagnóstico requer que sintomas de humor significativos (depressivos ou maníacos) estejam presentes concomitantemente com sintomas de esquizofrenia. Os sintomas de um episódio de humor maior devem estar presentes na maior parte (ou seja, > 50%) da duração total da doença, incluindo as fases ativa e residual. O diagnóstico também requer a presença de sintomas psicóticos, como delírios e alucinações, por 2 ou mais semanas, na ausência de um episódio de humor maior ao longo da evolução da doença (1).

A diferenciação do transtorno esquizoafetivo da esquizofrenia e dos transtornos de humor pode exigir avaliação longitudinal dos sintomas e da progressão dos sintomas.

Referência

  1. 1. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition Text Revision, DSM-5-TR (DSM-5-TR). American Psychiatric Association Publishing, Washington, DC, 2022, 122-126.

Tratamento do transtorno esquizoafetivo

  • Antipsicóticos e/ou antidepressivos

  • Psicoterapia

  • Apoio comunitário

Como o transtorno esquizoafetivo se associa, muitas vezes, à incapacitação de longo prazo, é necessário tratamento abrangente (incluindo fármacos, psicoterapia e apoio comunitário).

Para o tratamento do tipo maníaco, um antipsicótico de segunda geração pode ser suficiente, mas se não for, pode ser útil adicionar um estabilizador do humor como lítio, carbamazepina ou valproato.

Para o tratamento do tipo depressivo, um antipsicótico de 2ª geração é dado primeiro. Assim, depois que os sintomas psicóticos positivos se estabilizarem, deve-se introduzir um antidepressivo se a depressão tiver indicação de tratamento; inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) são preferidos pelo seu perfil de segurança (1).

Referência sobre tratamento

  1. 1. Miller JN, Black DW. Schizoaffective disorder: A review. Ann Clin Psychiatry. 2019;31(1):47-53.

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