Autolesão não suicida (ALNS) em crianças e adolescentes

PorJosephine Elia, MD, Sidney Kimmel Medical College of Thomas Jefferson University
Revisado/Corrigido: mai 2023
Visão Educação para o paciente

    Comportamentos de autoflagelação não suicidas ocorrem principalmente em adolescentes e podem incluir arranhados superficiais, cortes ou queimaduras na pele (utilizando cigarros ou pranchas para cabelo), bem como fazer cortes com objetos pontiagudos, dar pancadas e causar fricção repetida sobre a pele com uma borracha ou sal, na ausência de uma intenção de morrer.

    (Ver também Autolesão não suicida em adultos.)

    Alguns, mas não todos (1) esses adolescentes têm outros transtornos concomitantes, como transtornos do humor (2), transtornos de ansiedade (3), baixa autoestima (4), transtornos alimentares (5), transtorno de estresse pós-traumático (3), transtornos de personalidade (2, 3) e transtornos por uso abusivo de substâncias (6, 7).

    Em muitos adolescentes, os comportamentos de autoflagelação não indicam probabilidade de suicídio, mas, em vez disso, são ações de autopunição que eles podem achar que merecem; esses comportamentos são utilizados para chamar a atenção dos pais e/ou outros entes queridos, expressar raiva ou se identificar com um grupo de colegas. Contudo, é provável que esses adolescentes, especialmente aqueles que utilizaram vários métodos de automutilação, tenham outros transtornos psiquiátricos coexistentes (como observado acima) e maior risco de suicídio (4, 8).

    Toda autoflagelação deve ser avaliada por médico experiente no atendimento ao adolescente perturbado, para avaliar se o suicídio é o problema e para diagnosticar o distúrbio de base que está levando ao comportamento de autoflagelação (9).

    Referências gerais

    1. 1. Swannell SV, Martin GE, Page A, et al: Prevalence of nonsuicidal self-injury in nonclinical samples: Systematic review, meta-analysis and meta regression. Suicide Life Threat Behav 44(3):273-303, 2013. doi: 10.1111/sltb.12070

    2. 2. Cox LJ, Stanley BH, Melhem NM, et al: Familial and individual correlates of nonsuicidal self-injury in the offspring of mood-disordered parents. J Clin Psychiatry 73(6):813-820, 2012. doi: 10.4088/JCP.11m07196

    3. 3. Nock MK, Joiner TE, Gordon KH, et al: Nonsuicidal self-injury among adolescents: Diagnostic correlates and relation to suicide attempts. Psychiatry Res 144(1):65-72, 2006. doi: 10.1016/j.psychres.2006.05.010

    4. 4. Lewis SP, Heath NL: Nonsuicidal self-injury among youth. J Pediatr 166(3):526-530, 2015. doi: 10.1016/j.jpeds.2014.11.062

    5. 5. Cipriano A, Cella S, Cotrufo P: Nonsuicidal self-injury: A systematic review. Front Psychol 8:1946, 2017. doi: 10.3389/fpsyg.2017.01946

    6. 6. Nock MK, Prinstein MJ: Contextual features and behavioral functions of self-mutilation among adolescents. J Abnorm Psychol 114(1):140-146, 2005. doi: 10.1037/0021-843X.114.1.140

    7. 7. Lloyd-Richardson EE, Perrine N, Dierker L, et al: Characteristics and functions of non-suicidal self-injury in a community sample of adolescents. Psychol Med 37(8):1183-1192, 2007. doi: 10.1017/S003329170700027X

    8. 8. Greydanus DE, Apple RW: The relationship between deliberate self-harm behavior, body dissatisfaction, and suicide in adolescents: Current concepts. J Multidiscip Healthc 4:183-189, 2011. doi: 10.2147/JMDH.S11569

    9. 9. Brown RC, Plener PL: Non-suicidal self-injury in adolescence. Curr Psychiatry Rep19(3):20, 2017. doi: 10.1007/s11920-017-0767-9

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