Ultrassom

PorMustafa A. Mafraji, MD, Rush University Medical Center
Reviewed ByWilliam E. Brant, MD, University of Virginia
Revisado/Corrigido: modificado set. 2025
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Visão Educação para o paciente

Na ultrassonografia um gerador de sinal é associado a um transdutor. Cristais piezoelétricos no gerador de sinais convertem eletricidade em ondas de som de alta frequência que são enviadas aos tecidos. Os tecidos dispersam, refletem e atenuam as ondas de som em vários graus. As ondas de som que são refletidas de volta (ecos) são convertidas em sinais elétricos. O computador analisa os sinais e apresenta uma imagem anatômica na tela.

A ultrassonografia constitui uma modalidade de imagem portátil, amplamente disponível, de custo relativamente baixo e segura, pois não envolve radiação ionizante. Entre suas vantagens práticas, está o fato de poder ser realizado por profissionais de saúde após um período relativamente breve de treinamento especializado. Em muitos ambientes clínicos, exames de ultrassonografia podem ser realizados sem supervisão direta de um radiologista ou ultrassonografista especializado, permitindo avaliação rápida no local de atendimento.

Princípios da ultrassonografia
Como fazer ultrassonografia: seleção de uma sonda
Como fazer ultrassonografia: seleção de uma sonda

Procedure demonstrated by Robert Strony, DO, MBA, RDCS, FACEP, Medical Director, Point of Care Ultrasound, Geisinger; Clinical Associate Professor of Medicine, Geisinger Commonwealth School of Medicine; Associate Professor (Adjunct) Lewis Katz School of Medicine, Temple University.

Como fazer ultrassonografia: console e controles
Como fazer ultrassonografia: console e controles

Procedure demonstrated by Robert Strony, DO, MBA, RDCS, FACEP, Medical Director, Point of Care Ultrasound, Geisinger; Clinical Associate Professor of Medicine, Geisinger Commonwealth School of Medicine; Associate Professor (Adjunct) Lewis Katz School of Medicine, Temple University.

Como fazer ultrassonografia: obtendo imagens
Como fazer ultrassonografia: obtendo imagens

Procedure demonstrated by Robert Strony, DO, MBA, RDCS, FACEP, Medical Director, Point of Care Ultrasound, Geisinger; Clinical Associate Professor of Medicine, Geisinger Commonwealth School of Medicine; Associate Professor (Adjunct) Lewis Katz School of Medicine, Temple University.

Usos da ultrassonografia

A ultrassonografia pode identificar tumores superficiais e corpos estranhos (p. ex., na glândula tireoide, mamas, testículos, membros e alguns linfonodos). Em estruturas mais profundas, outros tecidos e densidades (p. ex., osso e ar) podem interferir nas imagens.

A ultrassonografia é comumente utilizada para avaliar:

Ultrassonografia à beira do leito (também chamada de ultrassonografia no ponto de atendimento [POCUS]) é frequentemente utilizada em unidades de cuidados agudos para auxiliar tanto no diagnóstico (p. ex., estado do volume, causa de hipotensão, corpos estranhos) como no tratamento (p. ex., cateterismo intravenoso, artrocentese).

Também pode-se utilizar ultrassonografia para orientar a coleta de amostras para biópsia e a inserção de catéteres intravenosos.

Algumas vezes a ultrassonografia é feita internamente, utilizando um pequeno transdutor interno na ponta de um endoscópio ou de um catéter vascular.

Variações da ultrassonografia

As informações da ultrassonografia podem ser apresentadas de várias maneiras.

Modo A

O modo A é mais simples; os sinais elétricos são registrados como picos em um gráfico. O eixo vertical (Y) da apresentação mostra a amplitude do eco e o horizontal (X) mostra a profundidade.

Esse tipo de ultrassonografia é utilizado para mapeamento oftalmológico.

Modo B (escala de cinzas)

O modo B é mais frequentemente utilizado em exames de imagem diagnósticos; os sinais elétricos são exibidos como uma imagem anatômica em 2D. Além disso, a ultrassonografia em modo B também pode produzir imagens tridimensionais (volumétricas) e quadridimensionais (tridimensionais com tempo). A ultrassonografia tridimensional é comumente utilizada para visualizar a anatomia fetal em exames obstétricos/ginecológicos. A ultrassonografia quadridimensional permite geração de imagens dinâmicas de estruturas em movimento, como movimentos fetais ou movimento cardíaco.

O modo B é comumente utilizado para avaliar o feto em desenvolvimento e múltiplos órgãos, incluindo fígado, baço, rins, tireoide, testículos, mamas, útero, ovários e próstata.

A ultrassonografia em modo B é rápida o suficiente para mostrar movimentos em tempo real, como o movimento de uma batida do coração ou de vasos sanguíneos pulsantes. As imagens em tempo real fornecem informações anatômicas e funcionais.

Modo M

O modo M é utilizado para imagens de estruturas em movimento; os sinais elétricos refletidos pelas estruturas em movimento são convertidos em ondas exibidas continuamente ao longo de um eixo vertical.

O modo M é utilizado principalmente para avaliação dos batimentos cardíacos fetais e, em exames de imagem cardíacos, para a avaliação de doenças valvares.

Doppler

A ultrassonografia Doppler é utilizada para avaliar o fluxo sanguíneo. Esse método utiliza o efeito Doppler (alteração da frequência do som pela reflexão a partir de um objeto em movimento). Os objetos em movimento são as eritrócitos no sangue.

Informações sobre a direção e a velocidade do fluxo sanguíneo podem ser determinadas pela análise das alterações na frequência das ondas de som:

  • Se uma onda de som refletida tem frequência menor do que a onda de som transmitida, o fluxo do som está para longe do transdutor.

  • Se uma onda de som refletida tiver uma frequência mais elevada do que a onda de som transmitida, o fluxo está na direção do transdutor.

  • A magnitude da alteração da frequência é proporcional à velocidade do fluxo de sangue.

Alterações na frequência de ondas de som refletidas são convertidas em imagens mostrando a direção e a velocidade do fluxo de sangue.

A ultrassonografia por Doppler também é utilizada:

  • Para avaliar a vascularização dos tumores e órgãos

  • Para avaliar a função cardíaca (p. ex., como para ecocardiografia)

  • Para detectar oclusão e estenose dos vasos sanguíneos

  • Para detectar coágulos sanguíneos nos vasos sanguíneos (p. ex., na trombose venosa profunda)

  • Para detectar sinovite nas articulações

Ultrassonografia espectral por Doppler exibe informações do fluxo sanguíneo como um gráfico com a velocidade no eixo vertical e o tempo no eixo horizontal. É possível medir velocidades específicas se o ângulo do Doppler (o ângulo entre a direção do feixe de ultrassom e a direção do fluxo sanguíneo) puder ser determinado. As medições da velocidade e aparência do traçado do Doppler espectral podem indicar a gravidade da estenose vascular.

Ultrassonografia duplex Doppler combina a apresentação gráfica da ultrassonografia espectral com imagens em modo B.

A ultrassonografia Doppler colorido converte as informações do fluxo sanguíneo em uma imagem colorida por Doppler com o fluxo sanguíneo na respectiva cor; são exibidas na imagem anatômica ultrassonográfica na escala de cinza. A direção do fluxo sanguíneo é indicada pela tonalidade da cor (p. ex., vermelho para o fluxo sanguíneo para o transdutor, azul para o fluxo sanguíneo para fora do transdutor). A velocidade média do fluxo sanguíneo é indicada pelo brilho da cor (p. ex., vermelho brilhante indica fluxo de alta velocidade para o transdutor; azul escuro indica baixa velocidade de fluxo para fora do transdutor).

Desvantagens da ultrassonografia

A qualidade da imagem depende da habilidade do operador.

Obter imagens claras das estruturas alvo pode ser tecnicamente difícil em pacientes com excesso de tecido adiposo.

A ultrassonografia não pode ser utilizada para obter imagens através de ossos ou gases, assim é difícil a obtenção de algumas imagens.

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