Visão geral do tratamento farmacológico em idosos

A prevalência do uso de medicamentos receitados aumenta substancialmente com a idade. Dados de uma pesquisa feita de 2010–2011 indicam que quase 90% dos idosos tomam regularmente pelo menos 1 medicamento controlado, quase 80% tomam regularmente pelo menos 2, e 36% tomam pelo menos 5 medicamentos controlados (1). Quando são incluídos suplementos de venda livre e alimentares, essas taxas de prevalência aumentam substancialmente. O uso de fármacos é maior entre idosos frágeis, pacientes hospitalizados e residentes de casas de repouso.

O fornecimento de uma terapia farmacológica segura e eficiente para o idoso é desafiante por muitas razões:

• Eles usam mais fármacos do que qualquer outro grupo etário, aumentando o risco de efeitos adversos e interações medicamentosas, e dificultando a adesão ao tratamento.

• É mais provável que sejam portadores de distúrbios crônicos que podem ser agravados pela fármaco ou afetar a resposta ao fármaco.

• As reservas fisiológicas são, geralmente, reduzidas, e podem diminuir ainda mais em decorrência de doenças agudas e crônicas.

• O envelhecimento pode alterar a farmacodinâmica e a farmacocinética dos medicamentos.

• Podem também ser menos capazes de obter ou pagar os fármacos.

Existem 2 principais abordagens para otimizar a terapia farmacológica em idosos:

• Uso de fármacos apropriados como indicado e de modo a maximizar a relação custo-benefício

• Evitar os efeitos adversos dos fármacos assegurando usa dosagem correta, interromper fármacos desnecessários e evitar interações fármaco-fármaco e fármaco-doença

Como os riscos de efeitos adversos dos fármacos são maiores, o excesso de prescrição de fármacos (polifarmácia) tem sido visto como um grande problema para os idosos. Contudo, deve-se evitar também a subprescrição de fármacos adequados e com benefícios terapêuticos. (Ver também Problemas relacionados com fármacos em idosos e Categorias de fármacos que levam à preocupação em idosos.)