A maioria dos transtornos hereditários da coagulação sanguínea, exceto a hemofilia Hemofilia As hemofilias são distúrbios hemorrágicos hereditários comuns causados por deficiências dos fatores de coagulação VIII ou IX. A extensão da deficiência do fator determina a probabilidade e a... leia mais , são doenças autossômicas recessivas raras que causam hemorragia excessiva Sangramento excessivo Sangramento excessiva ou incomum pode ser indicada por vários sinais e sintomas. Os pacientes podem apresentar Sangramentos nasais inexplicáveis (epistaxe) Fluxo menstrual excessivo ou prolongado... leia mais apenas em pessoas homozigóticas para a mutação genética recessiva. As doenças da coagulação hereditárias raras podem comprometer os fatores II, V, VII, X, XI e XIII. Destas, a deficiência do fator XI Deficiência do fator XI A maioria dos transtornos hereditários da coagulação sanguínea, exceto a hemofilia, são doenças autossômicas recessivas raras que causam hemorragia excessiva apenas em pessoas homozigóticas... leia mais é a mais comum (1 Referência geral A maioria dos transtornos hereditários da coagulação sanguínea, exceto a hemofilia, são doenças autossômicas recessivas raras que causam hemorragia excessiva apenas em pessoas homozigóticas... leia mais ). (Ver também Visão geral dos distúrbios de coagulação Visão geral dos distúrbios de coagulação Sangramento anormal pode resultar de distúrbios do sistema de coagulação, das plaquetas ou dos vasos sanguíneos. Os distúrbios de coagulação podem ser adquiridos ou hereditários. As principais... leia mais .)
Nos pacientes com deficiência do fator XI, não há uma associação clara entre os níveis plasmáticos do fator XI e a gravidade do sangramento, indicando que a ação molecular do fator XI na hemostasia normal não é bem compreendida.
Nos outros raros distúrbios de coagulação (excluindo a hemofilia A e B), a hemostasia normal geralmente requer um nível plasmático do fator deficiente acima de 20% dos níveis normais (ver tabela ).
Deficiência do fator XI
A deficiência do fator XI é incomum na população geral, mas é comum em pacientes de ascendência judaica Ashkenazi (frequência do gene em torno de 5 a 9%). O sangramento ocorre tipicamente após trauma ou cirurgia em homozigotos ou heterozigotos compostos para anomalias gênicas do fator XI. Não existe uma relação precisa entre o nível plasmático do fator XI e a gravidade do sangramento.
Deficiência de alfa 2-antiplasmina
A deficiência grave de alfa 2-antiplasmina (níveis normais de 1 a 3%), o principal inibidor fisiológico da plasmina, também pode causar sangramento como resultado do baixo controle da proteólise mediada por plasma dos polímeros de fibrina. O diagnóstico baseia-se em análise específica de alfa 2-antiplasmina. Ácido aminocaproico ou ácido tranexâmico é utilizado para controlar ou evitar sangramento agudo bloqueando a ligação do plasminogênio ao polímeros da fibrina.
Os heterozigotos com níveis de alfa 2-antiplasmina de 40 a 60% do normal podem, às vezes, experimentar sangramento cirúrgico excessiva se a fibrinólise secundária for extensa (p. ex., em pacientes nos quais há liberação excessiva do ativador de plasminogênio do tipo uroquinase durante prostatectomia aberta).
Referência geral
1. Menegatti M, Peyvandi F. Treatment of rare factor deficiencies other than hemophilia. Blood 2019;133(5):415-424. doi:10.1182/blood-2018-06-820738