A biópsia transtorácica com agulha das estruturas torácicas ou mediastinais utiliza uma agulha biselada para aspirar um espécime de tecido para análise histológica.
Indicações
Faz-se biópsia transtorácica com agulha para avaliar
Nódulos ou massas pulmonares periféricos
Anormalidades mediastinais, pleurais e hilares
Infiltrados ou pneumonias sem diagnóstico quando a broncoscopia é contraindicada ou não é diagnóstica
Quando realizada com orientação de TC e com citopatologista com experiência nesse tipo de atendimento, a biópsia transtorácica com agulha confirma o diagnóstico de doença maligna com > 95% de exatidão. A biópsia com agulha fornece um diagnóstico preciso em processos benignos apenas em 50 a 60% do tempo.
Contraindicações
As contraindicações são semelhantes àquelas da toracocentese. Contraindicações adicionais incluem:
Anticoagulação ou distúrbio hemorrágico que não pode ser corrigido e contagem de plaquetas < 50.000mcL (< 50 × 109/L)
Pneumopatia bolhosa
Pneumonectomia contralateral
Cisto hidático
Tosse intratável
Ventilação mecânica
Hipertensão pulmonar
Abscesso pulmonar pútrido
Presunção de lesões vasculares
Procedimento
A biópsia transtorácica com agulha é, geralmente, realizada por radiologista intervencionista, frequentemente com o auxílio de um citopatologista.
Sob condições estéreis, anestesia local e orientação por imagem — geralmenteTC, mas, às vezes, ultrassonografia para lesões localizadas na pleura —, introduz-se a agulha de biópsia na direção da lesão suspeita, enquanto o paciente prende a respiração.
As lesões são aspiradas com ou sem soro fisiológico.
Duas ou 3 amostras são coletadas para processamento citológico e bacteriológico.
Após o procedimento, utilizam-se fluoroscopia e radiografia de tórax para excluir pneumotórax e hemorragia.
Complicações
As complicações são
Pneumotórax (10 a 37%)
Hemoptise (10 a 25%)
Hemorragia parenquimatosa
Embolia aérea
Enfisema subcutâneo