Existem muitos tipos de tumores esofágicos benignos; muitos são encontrados incidentalmente, permanecem assintomáticos e exigem apenas observação. Alguns podem causar sintomas de deglutição e, raramente, ulceração ou sangramento.
Embora relativamente raros em geral, os tumores esofágicos benignos incluem uma variedade de tipos histológicos. Alguns dos tipos mais comuns incluem (1):
Liomioma
Schwannoma (ou outros tumores neurogênicos)
Lipoma
Papiloma
Hemangioma
Pólipo fibrovascular
Cisto de duplicação
Tumor de células granulares
Referência
1. Ha C, Regan J, Cetindag IB, Ali A, Mellinger JD. Benign esophageal tumors. Surg Clin North Am. 2015;95(3):491-514. doi:10.1016/j.suc.2015.02.005
Sinais e sintomas de tumores esofágicos benignos
A apresentação clínica dos tumores esofágicos benignos varia amplamente e depende do tipo. A maioria é assintomática e é descoberta incidentalmente. Contudo, os sintomas podem incluir disfagia, desconforto retroesternal ou epigástrico, sangramento e/ou perda de peso.
Diagnóstico de tumores esofágicos benignos
Esofagograma de bário ou endoscopia GI superior
A avaliação inicial é geralmente a mesma utilizada na disfagia, começando com esofagograma com bário ou endoscopia digestiva alta (com ou sem ultrassonografia endoscópica).
Depois de uma lesão ser visualizada, pode-se obter amostras de tecido com endoscopia digestiva alta.
Uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética pode ser útil em alguns casos para a caracterização inicial, avaliação da extensão do envolvimento e monitoramento de mudanças ao longo do tempo.
Tratamento de tumores esofágicos benignos
Remoção cirúrgica ou endoscópica
Geralmente, o tratamento é recomendado quando os tumores benignos continuam a aumentar ou os pacientes se tornam sintomáticos.
O leiomioma, o tumor esofágico benigno mais comum, pode ser múltiplo e pode se tornar grande. Dependendo de seu tamanho e localização, o tumor pode ser excisado ou enucleado. Abordagens minimamente invasivas, como a dissecção endoscópica submucosa e cirurgia toracoscópica assistida por vídeo (CTVA) estão cada vez mais substituindo a toracotomia aberta em muitos casos, reduzindo assim a morbidade cirúrgica. Com tratamento, esse tumor geralmente tem um prognóstico excelente (1).
Os papilomas esofágicos e os tumores de células granulares, embora raros, podem malignizar e recomenda-se sua remoção endoscópica completa.
Referência sobre tratamento
1. Mutrie CJ, Donahue DM, Wain JC, Wright CD, Gaissert HA, Grillo HC, Mathisen DJ, Allan JS. Esophageal leiomyoma: a 40-year experience. Ann Thorac Surg. 2005 Apr;79(4):1122-5. doi: 10.1016/j.athoracsur.2004.08.029
