A mandíbula pode estar ausente, deformada ou apresentar desenvolvimento incompleto no nascimento.
Os defeitos congênitos, também chamados anomalias congênitas, são anomalias físicas que ocorrem antes do bebê nascer. “Congênito” significa “presente ao nascimento”. (Consulte também Introdução aos defeitos congênitos da face e do crânio.)
Defeitos congênitos da mandíbula incluem
Micrognatia: Um maxilar inferior pequeno
Agnatia: Ausência de parte ou de todo o maxilar inferior
Hipoplasia maxilar: Subdesenvolvimento do maxilar superior
Micrognatia
A micrognatia significa que o maxilar inferior (mandíbula) é pequeno. A sequência de Pierre Robin e a síndrome de Treacher Collins, distúrbios caracterizados pela ocorrência de vários defeitos na cabeça e na face, são associadas com a ocorrência do maxilar inferior de tamanho pequeno. Quando o maxilar inferior é muito pequeno, o bebê pode ter dificuldade para comer ou respirar.
Cirurgia para estender a mandíbula pode corrigir ou diminuir o problema.
Agnatia
A agnatia, um quadro clínico em que todo ou parte do maxilar inferior está ausente, é uma malformação grave. O bebê costuma também ter anomalias do ouvido, do osso temporal, das glândulas salivares, dos músculos utilizados na mastigação e do nervo facial.
O tratamento da agnatia consiste em cirurgia reconstrutiva com enxertos ósseos e outros enxertos de tecido para melhorar a aparência e o funcionamento da mandíbula.
Hipoplasia maxilar
A hipoplasia maxilar consiste no subdesenvolvimento do maxilar superior. Ela faz com que a pessoa tenha o centro do rosto achatado, o que causa a impressão de que o maxilar inferior está saliente.
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O tratamento da hipoplasia maxilar pode envolver cirurgia para reposicionar o maxilar superior e alinhá-lo com o maxilar inferior ou um capacete ortodôntico. O capacete ortodôntico é um dispositivo usado, parcialmente fora da boca, para corrigir a mordida, mover os dentes superiores e os ossos da mandíbula para a posição correta e para dar suporte ao alinhamento e crescimento corretos da mandíbula.
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Diagnóstico de defeitos da mandíbula
Exames de diagnóstico por imagem
O médico diagnostica todos esses defeitos avaliando o grau de subdesenvolvimento da mandíbula por meio de radiografias e tomografia computadorizada (TC) da face.
Como os genes anormais podem estar envolvidos em defeitos congênitos da mandíbula, os bebês afetados devem ser avaliados por um geneticista. Um geneticista é um médico especializado em genética (a ciência dos genes e de como certas qualidades ou traços são passados dos pais para os filhos). Testes genéticos de uma amostra de sangue do bebê podem ser feitos para procurar por anormalidades cromossômicas e genéticas. Esses testes podem ajudar os médicos a determinar se um distúrbio genético específico é a causa e a descartar outras causas. Se houver um distúrbio genético, o aconselhamento genético pode ser benéfico para as famílias afetadas.