Displasia fibromuscular

PorKoon K. Teo, MBBCh, PhD, McMaster University
Revisado/Corrigido: jul 2023
Visão Educação para o paciente

A displasia fibromuscular inclui um grupo heterogêneo de alterações arteriais não ateroscleróticas e não inflamatórias, que causam algum grau de estenose, oclusão ou aneurisma vascular.

A displasia fibromuscular geralmente ocorre em mulheres com 40 a 60 anos. A causa é desconhecida. Entretanto, pode haver um componente genético e o tabagismo pode ser um fator de risco. A displasia fibromuscular é mais comum entre pessoas com determinadas doenças do tecido conjuntivo (p. ex., síndrome de Ehlers-Danlos tipo 4, necrose cística da média, nefrite hereditária, neurofibromatose).

A displasia da média, o tipo mais comum, é caracterizada por regiões alternadas de cristas fibromusculares espessas e finas contendo colágeno ao longo da média. Na displasia perimedial, ocorre extensa deposição de colágeno na metade externa da média. A displasia fibromuscular pode afetar as artérias renais (em 60 a 75% dos pacientes), artérias carótidas e intracranianas (25 a 30%), artérias intra-abdominais (9%) ou artérias ilíacas externas (5%).

A displasia fibromuscular geralmente é assintomática, independentemente da localização. Os sintomas, quando ocorrem, variam de acordo com a localização:

A ultrassonografia pode sugerir o diagnóstico, mas o diagnóstico definitivo da displasia fibromuscular é feito ao se detectar na angiografia uma aparência de contas (na displasia da média ou perimédia) ou uma banda concêntrica ou um estreitamento longo e liso (em outras formas).

Displasia fibromuscular da artéria renal
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Essa imagem mostra o clássico sinal de "colar de contas" (flecha) em um paciente com displasia fibromuscular da artéria renal.
© 2017 Elliot K. Fishman, MD.

O tratamento da displasia fibromuscular varia de acordo com a localização. Pode envolver uma angioplastia transluminal percutânea isolada, uma angioplastia percutânea com inserção de stent, uma cirurgia de revascularização miocárdica ou um reparo de aneurisma. A interrupção do tabagismo é importante. O controle de outros fatores de risco para aterosclerose (hipertensão, dislipidemia, diabetes) ajuda a prevenir o desenvolvimento acelerado de estenoses arteriais que limitam o fluxo.

Pontos-chave

  • A displasia fibromuscular é mais comum em mulheres com 40 a 60 anos de idade.

  • Pacientes com doença do tecido conjuntivo, tabagistas ou com uma história familiar têm maior risco.

  • O tratamento depende da localização e inclui angioplastia, cirurgia de revascularização miocárdica ou reparo de aneurisma.

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