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Doença de Parkinson (DP)

(Doença de Parkinson)

Por

Hector A. Gonzalez-Usigli

, MD, HE UMAE Centro Médico Nacional de Occidente

Revisado/Corrigido: fev 2022
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A doença de Parkinson é uma doença degenerativa e lentamente progressiva de áreas específicas do cérebro. É caracterizada pelo tremor quando os músculos estão em repouso (tremor de repouso), aumento no tônus muscular (rigidez), lentidão dos movimentos voluntários e dificuldade de manter o equilíbrio (instabilidade postural). Em muitas pessoas, o pensamento torna-se comprometido ou desenvolve-se demência.

  • A doença de Parkinson surge da degeneração na parte do cérebro que auxilia a coordenação de movimentos.

  • Frequentemente, o sintoma mais óbvio é um tremor que ocorre quando os músculos estão relaxados.

  • Os músculos ficam rígidos, os movimentos se tornam lentos e descoordenados e perde-se facilmente o equilíbrio.

  • Os médicos baseiam o diagnóstico nos sintomas.

  • Medidas gerais (como simplificar tarefas diárias), medicamentos (como levodopa mais carbidopa) e, às vezes, cirurgia podem ajudar, mas a doença é progressiva, por fim causando incapacidade grave e imobilização.

Doença de Parkinson
VÍDEO

A doença de Parkinson é a segunda doença degenerativa mais comum do sistema nervoso central após a doença de Alzheimer. Ela afeta

  • Cerca de 1 em 250 pessoas com 40 anos de idade ou mais

  • Cerca de 1 em 100 pessoas com 65 anos de idade ou mais

  • Cerca de 1 em 10 pessoas com 80 anos de idade ou mais

A doença de Parkinson normalmente começa entre os 50 e 79 anos. Raramente, ela ocorre em crianças ou adolescentes.

O parkinsonismo Parkinsonismo Refere-se aos sintomas da doença de Parkinson (como movimentos lentos e tremores) que são causados por outro quadro clínico. O parkinsonismo é causado por alterações cerebrais, lesões no cérebro... leia mais apresenta os mesmos sintomas que a doença de Parkinson mas os sintomas são causados por vários outros quadros clínicos, como atrofia multissistêmica Atrofia multissistêmica (AMS) A atrofia multissistêmica é uma doença progressiva e fatal que causa sintomas semelhantes aos da doença de Parkinson (parkinsonismo), perda de coordenação e disfunção dos processos internos... leia mais , paralisia supranuclear progressiva Paralisia supranuclear progressiva (PSP) A paralisia supranuclear progressiva é caracterizada por movimentos lentos, rigidez muscular, problemas para movimentar os olhos e uma tendência a queda para trás. A paralisia supranuclear progressiva... leia mais , acidente vascular cerebral Considerações gerais sobre o acidente vascular cerebral Um acidente vascular cerebral ocorre quando uma artéria no cérebro fica bloqueada ou se rompe, resultando na morte de uma área do tecido cerebral devido à perda do suprimento sanguíneo (infarto... leia mais , lesão na cabeça Considerações gerais sobre traumatismos cranianos Os traumatismos cranianos que envolvem o cérebro são particularmente preocupantes. Causas frequentes de traumatismos cranianos incluem quedas, acidentes com veículos motorizados, agressões físicas... leia mais ou certos medicamentos.

Mudanças internas no cérebro

Na doença de Parkinson, células nervosas em parte dos gânglios basais (chamada substância negra) degeneram-se.

Os gânglios basais são conjuntos de células nervosas localizados profundamente no cérebro. Eles ajudam a:

  • Iniciar a suavizar os movimentos musculares intencionais (voluntários)

  • Suprimir movimentos involuntários

  • Coordenar mudanças de postura

Quando o cérebro origina um impulso para mover o músculo (por exemplo, para levantar um braço), o impulso passa pelos gânglios basais. Tal como em todas as células nervosas, as dos gânglios basais libertam mensageiros químicos (neurotransmissores) que estimulam a célula nervosa seguinte da via nervosa para enviar um impulso. A dopamina é o principal neurotransmissor nos gânglios basais. O seu efeito geral é intensificar os impulsos nervosos para os músculos.

Quando as células nervosas nos gânglios basais se degeneram, elas produzem menos dopamina e o número de conexões entre as células nervosas nos gânglios basais diminui. Como resultado, os gânglios basais não conseguem controlar o movimento muscular como fazem normalmente, o que provoca o tremor, movimento lento (bradicinesia), uma tendência a se mover menos (hipocinesia), problemas com postura e ao caminhar, e alguma perda de coordenação.

Localizando os gânglios basais

Os gânglios basais são conjuntos de células nervosas localizados profundamente no cérebro. Eles incluem os seguintes:

  • Núcleo caudado (uma estrutura em forma de C que se afunila em uma cauda fina)

  • Putâmen

  • Globo pálido (localizado próximo ao putâmen)

  • Núcleo subtalâmico

  • Substância negra

Os gânglios basais ajudam a iniciar e suavizar os movimentos musculares, suprimir os movimentos involuntários e coordenar as mudanças de postura.

Localizando os gânglios basais

Causas da doença de Parkinson

Na doença de Parkinson, a sinucleína (uma proteína no cérebro que ajuda as células nervosas a se comunicarem) forma aglomerados chamados corpos de Lewy nas células nervosas. Os corpos de Lewy consistem em sinucleína anômala (mal dobrada). A sinucleína pode se acumular em várias regiões do cérebro, principalmente na substância negra (na profundidade do telencéfalo) e interferir na função cerebral. Os corpos de Lewy geralmente se acumulam em outras partes do cérebro e do sistema nervoso, sugerindo que podem estar envolvidos em outras doenças. Na demência por corpo de Lewy Demência por corpos de Lewy e demência da doença de Parkinson A demência por corpos de Lewy é a perda progressiva da função mental, caracterizada pelo desenvolvimento de corpos de Lewy nas células nervosas. A demência da doença de Parkinson é a perda da... leia mais , eles se formam na camada externa do cérebro (córtex cerebral). Os corpos de Lewy também podem estar envolvidos na doença de Alzheimer Doença de Alzheimer A doença de Alzheimer é a perda progressiva da função mental, caracterizada pela degeneração do tecido do cérebro, incluindo a perda de células nervosas, a acumulação de uma proteína anormal... leia mais , possivelmente explicando porque cerca de um terço das pessoas com doença de Parkinson apresentam sintomas da doença de Alzheimer e porque algumas pessoas com doença de Alzheimer desenvolvem sintomas parkinsonianos.

Aproximadamente 10% das pessoas com doença de Parkinson têm parentes que apresentam ou apresentaram a doença. Além disso, foram identificadas várias mutações em genes que podem causar doença de Parkinson.

Há indícios crescentes de que a doença de Parkinson é parte de uma doença mais disseminada. Nesta doença, a sinucleína se acumula não apenas no cérebro, mas também em células nervosas do coração, esôfago, intestinos e em outros locais. Consequentemente, ela causa outros sintomas, como sensação de desmaio iminente quando a pessoa se levanta, constipação e dificuldade em engolir, dependendo de onde a sinucleína se acumula.

Você sabia que...

  • Muitas outras doenças e medicamentos podem causar sintomas similares àqueles da doença de Parkinson.

  • Às vezes, é difícil diagnosticar a doença de Parkinson em pessoas mais velhas, pois o envelhecimento causa alguns dos mesmos sintomas.

Sintomas da doença de Parkinson

Geralmente, a doença de Parkinson começa de modo assintomático e avança de forma gradual.

O primeiro sintoma é

  • Tremores em cerca de dois terços das pessoas

  • Problemas com movimentos ou uma sensação reduzida de odores na maioria das outras

Tremores normalmente apresentam as seguintes características:

  • São largos e cadenciados

  • Geralmente ocorrem em uma mão, enquanto está em repouso (tremor de repouso)

  • Frequentemente envolvem o movimento das mãos como se estivessem enrolando pequenos objetos (chamado “pill-rolling”)

  • Diminuem quando a mão está se movendo intencionalmente e desaparecem por completo durante o sono

  • Podem ser piorados por estresse emocional ou fadiga

  • Podem se intensificar e, com o tempo, avançar para a outra mão, braços e pernas

  • Podem também afetar as mandíbulas, a língua, a testa e as pálpebras e, em menor extensão, a voz

Em algumas pessoas, o tremor nunca se desenvolve. Às vezes, o tremor fica menos evidente à medida que a doença progride e os músculos ficam mais rígidos.

Normalmente, a doença de Parkinson causa também os seguintes sintomas:

  • Rigidez: Os músculos ficam rígidos, tornando o movimento difícil. Quando o médico tenta flexionar o antebraço da pessoa ou esticá-lo, o braço resiste ao ser movido e, quando isso ocorre, começa e para, como se fosse uma roda dentada (chamada rigidez da roda dentada).

  • Lentificação dos movimentos: Os movimentos ficam lentos e menores e são difíceis de iniciar. Assim, as pessoas tendem a se mover menos. Quando elas se movem menos, mover-se torna-se mais difícil porque as articulações tornam-se rígidas e os músculos enfraquecidos.

  • Dificuldade em manter o equilíbrio e a postura: A postura torna-se curvada, e é difícil manter o equilíbrio. Portanto, as pessoas tendem a tombar para a frente ou para trás. Como os movimentos são lentos, muitas vezes as pessoas não conseguem mexer as mãos com rapidez suficiente para amortecer uma queda. Esses problemas tendem a surgir mais tarde no curso da doença.

Fica difícil caminhar, principalmente, para dar o primeiro passo. Depois de iniciado, as pessoas geralmente arrastam os pés, dão passos curtos, mantêm os braços dobrados na cintura e balançam pouco ou não balançam os braços. Ao andar, têm dificuldade de parar ou virar. Quando a doença está avançada, algumas pessoas param de andar de repente, porque sentem como se os pés estivessem colados no chão (chamado congelamento). Outras pessoas aceleram os passos de modo involuntário e gradual, e iniciam repentinamente uma corrida aos tropeções para evitar a queda. Este sintoma é chamado festinação.

A rigidez e a diminuição da mobilidade podem contribuir para dores musculares e fadiga. Ter músculos rígidos interfere com muitos movimentos: virar-se na cama, entrar ou sair de um carro e levantar-se de uma poltrona. As atividades diárias normais (como vestir-se, arrumar o cabelo, alimentar-se e escovar os dentes) levam mais tempo.

Como as pessoas frequentemente apresentam dificuldades em controlar os músculos pequenos das mãos, as atividades diárias, como abotoar os botões da camisa ou apertar os laços dos sapatos, tornam-se cada vez mais difíceis. A maioria das pessoas com a doença de Parkinson tem uma escrita tremida e diminuta (micrografia), por ser difícil começar e manter o traço da caneta. As pessoas podem pensar erroneamente que esses sintomas são fraquezas. No entanto, força e sensibilidade geralmente são normais.

A face fica menos expressiva (semelhante à máscara), porque os músculos faciais que controlam as expressões não se mexem tanto quanto normalmente o fariam. Essa falta de expressão pode ser confundida com uma depressão ou, pode fazer com que a depressão passe despercebida. (A depressão é comum entre pessoas com doença de Parkinson). Por fim, o semblante apresenta o olhar perdido, a boca aberta e a pálpebra caída. Por vezes, os indivíduos babam ou se engasgam, porque os músculos na face e na garganta estão rígidos, tornando difícil a deglutição. Os pacientes costumam falar lentamente, com uma voz monótona, e por vezes gaguejam, devido à dificuldade que têm em articular as palavras.

A doença de Parkinson também causa outros sintomas:

Sintomas mentais, incluindo sintomas psicóticos podem ser provocados pela doença de Parkinson ou por um medicamento utilizado para tratá-la.

Os medicamentos utilizados para tratar a doença de Parkinson (consulte a tabela Medicamentos utilizados para tratar a doença de Parkinson Medicamentos utilizados para tratar a doença de Parkinson Medicamentos utilizados para tratar a doença de Parkinson ) podem também provocar problemas como comportamentos obsessivo-compulsivos ou dificuldade de controlar vontades, resultando, por exemplo, em compulsão por apostar ou colecionar.

Diagnóstico da doença de Parkinson

  • Avaliação médica

  • Às vezes, tomografia computadorizada ou ressonância magnética

  • Às vezes, o uso de levodopa para verificar se ajuda

A doença de Parkinson é mais provável se as pessoas apresentam o seguinte:

  • Movimentos lentos, restritos

  • O tremor característico

  • Rigidez muscular

  • Melhora nítida e de longa duração (sustentada) em resposta à levodopa

Pode ser difícil para o médico diagnosticar a doença leve na sua etapa inicial, porque tende a começar de modo sutil. O diagnóstico é particularmente difícil nos idosos, pois o envelhecimento pode causar alguns problemas semelhantes aos da doença de Parkinson, como a perda de equilíbrio, movimentos lentos, rigidez muscular e postura curvada. Algumas vezes, o tremor essencial Tremor essencial Um tremor é um movimento involuntário e ritmado de parte do corpo, como as mãos, cabeça, cordas vocais, tronco ou pernas. Os tremores ocorrem quando os músculos contraem e relaxam repetidamente... leia mais é mal diagnosticado como doença de Parkinson.

Para excluir outras causas dos sintomas, o médico pergunta sobre doenças anteriores, exposição a toxinas e uso de medicamentos que poderiam causar parkinsonismo.

Exame físico

Durante o exame físico, os médicos solicitam as pessoas que realizem determinados movimentos que podem ajudar a estabelecer o diagnóstico. Por exemplo, em pessoas com doença de Parkinson, o tremor desaparece ou diminui quando os médicos solicitam a eles que toquem seu nariz com seus dedos. Além disso, as pessoas com a doença apresentam dificuldade em realizar rapidamente movimentos alternativos, como posicionar suas mãos em seus quadris e, logo, rapidamente virar as mãos para cima e para baixo diversas vezes.

Exames

Não existem testes ou procedimentos imagiológicos que possam confirmar o diagnóstico de forma direta. Entretanto, a tomografia computadorizada Tomografia computadorizada (TC) Na tomografia computadorizada (TC), que antigamente era chamada de tomografia axial computadorizada (TAC), uma fonte de raios X e um detector de raios X giram em torno da pessoa. Nos aparelhos... leia mais Tomografia computadorizada (TC) (TC) e a ressonância magnética Ressonância magnética (RM) Na ressonância magnética (RM), um forte campo magnético e ondas de rádio de muito alta frequência são utilizados para produzir imagens em alto grau de detalhe. A RM não usa raios X e é normalmente... leia mais Ressonância magnética (RM) (RM) podem ser realizadas para detectar se uma perturbação estrutural é a causa dos sintomas. A tomografia computadorizada com emissão de fóton único Tomografia computadorizada por emissão de fóton único (Single-Photon Emission Computed Tomography, SPECT) Na cintilografia são utilizados radionuclídeos para produzir imagens. Um radionuclídeo é uma forma radioativa de um elemento, o que significa que ele é um átomo instável que se torna mais estável... leia mais (SPECT) e a tomografia com emissão de pósitron Tomografia por emissão de pósitrons (PET) A tomografia por emissão de pósitrons (Positron Emission Tomography, PET) é um tipo de cintilografia. Um radionuclídeo é uma forma radioativa de um elemento, o que significa que ele é um átomo... leia mais Tomografia por emissão de pósitrons (PET) (PET) podem detectar anomalias do cérebro típicas da doença. No entanto, SPECT e PET são atualmente utilizados apenas em instituições de pesquisa e não são capazes de diferenciar a doença de Parkinson de outras doenças que causam os mesmos sintomas (parkinsonismo).

Se o diagnóstico não for claro, os médicos podem receitar levodopa, um medicamento usado para tratar a doença de Parkinson. Se a levodopa resultar em uma melhora clara, é provável que seja doença de Parkinson.

Tratamento da doença de Parkinson

  • Medidas gerais para controlar os sintomas

  • Fisioterapia e terapia ocupacional

  • Levodopa/carbidopa e outros medicamentos

  • Às vezes, cirurgia (incluindo estimulação profunda do cérebro)

As medidas gerais usadas para tratar a doença de Parkinson podem ajudar a pessoa a melhorar suas funções diárias.

Muitos medicamentos podem facilitar os movimentos e permitir que a pessoa aja de modo eficiente por muitos anos. O tratamento principal para a doença de Parkinson é

  • Levodopa mais carbidopa

Outros medicamentos costumam ser menos eficazes do que a levodopa, mas podem ter efeitos positivos em algumas pessoas, sobretudo se a levodopa não for tolerada ou for inadequada. No entanto, nenhum medicamento pode curar a doença.

Pode ser necessário utilizar dois ou mais medicamentos. Para pessoas mais velhas, as doses geralmente são reduzidas. São evitados os medicamentos que causem ou piorem os sintomas, particularmente os medicamentos antipsicóticos.

Os medicamentos utilizados para tratar a doença de Parkinson podem apresentar efeitos colaterais incômodos. Se as pessoas notarem quaisquer efeitos incomuns (como dificuldade em controlar vontades ou confusão), devem relatá-los ao seu médico. Eles não devem interromper o uso de medicamentos a menos que seus médicos prescrevam.

A estimulação profunda do cérebro, um processo cirúrgico, é levada em consideração se a pessoa apresentar uma doença avançada, mas não apresentar demência nem sintomas psiquiátricos e os medicamentos não forem eficazes nem apresentarem efeitos colaterais graves.

Medidas gerais

Várias medidas simples podem ajudar as pessoas com a doença de Parkinson a manter a mobilidade e a independência:

  • Continuar fazendo o máximo de atividades diárias possível

  • Seguir um programa de exercício regular

  • Simplificar as tarefas diárias – por exemplo, substituindo os botões da roupa por velcro ou comprando sapatos com fechos de velcro

  • Usar dispositivos de assistência, como puxadores de zíper e ganchos para botões

Mudanças simples na casa podem ajudar a deixá-la mais segura para pessoas com doença de Parkinson:

  • Retirar os tapetes para evitar que tropecem

  • Instalar barras de apoio nos banheiros e corrimão nos corredores e outros locais para reduzir o risco de quedas

Para a constipação, pode ajudar:

  • Consumir dieta com alto teor de fibra, incluindo alimentos como ameixa e sucos de fruta

  • Exercitar-se

  • Beber muito líquido

  • Usar laxantes (como sene concentrada), suplementos (como psílio) ou laxantes estimulantes (como bisacodil, via oral) para manter a regularidade do intestino

A dificuldade em engolir pode limitar a ingestão de alimentos, então a dieta tem que ser nutritiva. Esforçar-se para inalar mais profundamente tende a melhorar a capacidade de perceber os odores e acentua o apetite.

Levodopa/carbidopa

Tradicionalmente, a levodopa, administrada com a carbidopa, é o primeiro medicamento usado para tratar a doença de Parkinson. Esses medicamentos, tomados por via oral, são a base para o tratamento da doença de Parkinson.

Mas quando tomados por um longo período, a levodopa pode apresentar efeitos colaterais e tornar-se menos eficaz. Portanto, alguns especialistas sugeriram que utilizar primeiramente outros medicamentos e atrasar o uso de levodopa pode ajudar. No entanto, evidências atuais indicam que os efeitos colaterais e a eficácia reduzida após um longo período de uso provavelmente ocorrem porque a doença de Parkinson está piorando e não está relacionada a quando o medicamento foi iniciado. Além disso, visto que a levodopa pode se tornar menos eficaz após diversos anos de uso, os médicos podem prescrever outro medicamento para pessoas com menos de 60 anos, que estarão tomando medicamentos para tratar a doença por um longo período. Outros medicamentos que podem ser usados incluem amantadina e agonistas da dopamina (medicamentos que agem como a dopamina, estimulando os mesmos receptores em células cerebrais). Tais medicamentos são utilizados porque a produção de dopamina está diminuída na doença de Parkinson.

A levodopa reduz a rigidez muscular, melhora o movimento e frequentemente reduz o tremor de modo substancial. O uso de levodopa produz uma melhora drástica nas pessoas com a doença de Parkinson. O medicamento permite que muitas pessoas com doença moderada recuperem um nível de atividade quase normal e permite que algumas das que se encontram prostradas na cama voltem a caminhar.

A levodopa é um precursor da dopamina. Ou seja, ela é convertida no corpo em dopamina. A conversão ocorre nos gânglios basais, onde a levodopa ajuda a compensar pela diminuição da dopamina devido à doença. No entanto, antes da levodopa atingir o cérebro, uma parte dela é convertida em dopamina no intestino e no sangue. Apresentar dopamina no intestino e no sangue aumenta o risco de efeitos colaterais, como vômito, hipotensão ortostática e rubor. Carbidopa é administrada com a levodopa para prevenir que a levodopa seja convertida em dopamina antes de alcançar os gânglios basais. Como resultado, ocorrem menos efeitos colaterais e uma maior quantidade de dopamina fica disponível para o cérebro.

Domperidona pode ser usada para tratar os efeitos colaterais da levodopa (e de outros medicamentos antiparkinsonianos), como náuseas, vômitos e hipotensão ortostática. A domperidona, como a carbidopa, reduz a quantidade de levodopa que é convertida em dopamina no intestino e no sistema cardiovascular (coração e vasos sanguíneos), onde a levodopa aumenta o risco de efeitos colaterais.

Para determinar a melhor dose de levodopa para uma pessoa em particular, o médico deve balancear o controle da doença com o desenvolvimento de efeitos colaterais que podem limitar a quantidade de levodopa que a pessoa consegue tolerar. Esses efeitos colaterais incluem

  • Náusea

  • Vômitos

  • Tontura ou sensação de desmaio iminente

  • Movimentos involuntários (da boca, face e membros) chamados discinesia

  • Pesadelos

  • Alucinações e paranoia (sintomas psicóticos)

  • Alterações da pressão arterial

  • Confusão

  • Comportamento obsessivo ou compulsivo ou dificuldade em controlar vontades, o que resulta, por exemplo, em compulsão por apostas ou gastos incontroláveis

Ocasionalmente, levodopa é necessária para manter o movimento, mesmo que esteja causando alucinações, paranoia ou confusão. Nesses casos, certos medicamentos antipsicóticos Tratamento de sintomas mentais A doença de Parkinson é uma doença degenerativa e lentamente progressiva de áreas específicas do cérebro. É caracterizada pelo tremor quando os músculos estão em repouso (tremor de repouso)... leia mais (como quetiapina ou clozapina) são usados para reduzir esses efeitos colaterais.

Depois de tomar levodopa por 5 anos ou mais, mais da metade das pessoas começa a alternar rapidamente entre uma boa resposta ao remédio e nenhuma resposta, denominado efeito “on-off”. Numa questão de segundos, as pessoas podem passar de um estado de mobilidade aceitável a outro estado de incapacidade grave. Os períodos de mobilidade após cada dose tornam-se menores e os sintomas podem ocorrer antes da próxima dose planejada – os efeitos "off". Além disso, os sintomas podem ser acompanhados de movimentos involuntários devido ao uso de levodopa, incluindo contorções ou hiperatividade. Um dos seguintes pode ser utilizado para controlar os efeitos “off” por um momento:

  • Tomar doses mais baixas, com maior frequência

  • Mudar para uma forma de levodopa que seja liberada mais gradualmente no sangue (uma fórmula de liberação controlada)

  • Adicionar um agonista de dopamina ou amantadina

Entretanto, depois de 15 a 20 anos, os efeitos “off” ficam difíceis de suprimir. Considera-se então a cirurgia.

Uma formulação de levodopa/carbidopa (disponível na Europa) pode ser dada utilizando uma bomba conectada a um tubo de alimentação inserido no intestino delgado. A bomba administra levodopa continuamente, mantendo assim o nível de medicamento praticamente igual e tornando os efeitos colaterais menos prováveis. Esta formulação está sendo estudada como tratamento para pessoas que apresentam sintomas graves, que não são aliviados por medicamentos e que não podem ser tratados com cirurgia do cérebro. Esta formulação parece reduzir consideravelmente o tempo de uso e aumentar a qualidade de vida.

Outros medicamentos

Outros medicamentos costumam ser menos eficazes do que a levodopa, mas podem ter efeitos positivos em algumas pessoas com doença de Parkinson, sobretudo se a levodopa não for tolerada ou se for insuficiente.

Os agonistas da dopamina, que agem como a dopamina, podem ser úteis em qualquer estágio da doença. Incluem

  • Pramipexol e ropinirol (dados por via oral)

  • Rotigotina (dada através de um adesivo cutâneo)

  • Apomorfina (injetada sob a pele)

Os efeitos colaterais podem limitar o uso de agonistas da dopamina tomados por via oral. Em 1% a 2% das pessoas que tomam esses medicamentos, eles podem causar comportamento compulsivo, incluindo compulsão por apostas, compras e alimentação excessivas. Em tais casos, a dose é reduzida ou o medicamento é interrompido e substituído por outro.

Pramipexol e ropinirol são administrados por via oral. Eles podem ser usados primeiramente em vez da levodopa ou juntamente com ela em pessoas que têm menos de 60 anos e manifestam doença de Parkinson precoce. No entanto, quando utilizados isoladamente, é raro eles serem eficazes por mais do que alguns anos. Ou os medicamentos podem ser usados com levodopa em pessoas com doença de Parkinson avançada. Esses medicamentos geralmente são tomados três vezes por dia. Sonolência diurna é um efeito colateral comum.

Um adesivo cutâneo de rotigotina é aplicado uma vez por dia. O adesivo é usado continuamente, por 24 horas, depois é removido e substituído. O adesivo deve ser colocado em locais diferentes, todos os dias, para reduzir o risco de irritação na pele. A rotigotina é usada isoladamente, no início da doença.

Visto que a apomorfina tem ação rápida, ela é utilizada para reverter os efeitos "off" da levodopa – quando é difícil iniciar o movimento. Por isso, esse medicamento é chamado de terapia de resgate. Geralmente é usado quando a pessoa fica paralisada no lugar, evitando que caminhe, por exemplo. A pessoa afetada ou outra pessoa (um familiar, por exemplo) pode injetar o medicamento até 5 vezes por dia, se necessário. Em alguns países, a apomorfina está disponível em uma formulação que pode ser administrada por uma bomba a pessoas com sintomas graves, quando cirurgia não é uma opção. A bomba é um pequeno dispositivo que pode ser encaixado em um cinto ou colocado em uma bolsa. Um pequeno tubo que sai da bomba é inserido sob a pele. A apomorfina é bombeada do dispositivo através do tubo sob a pele. Esse sistema fornece apomorfina automaticamente em uma programação regular.

A rasagilina e a selegilina pertencem a uma classe de medicamentos chamada inibidores da monoaminoxidase Inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) A agomelatina, um novo tipo de antidepressivo, é um possível tratamento para episódios depressivos maiores. Vários tipos de medicamentos podem ser usados para tratar a depressão: Inibidores... leia mais (inibidores da MAO). Elas retardam a degradação da levodopa em dopamina, prolongando a ação da dopamina no corpo. Esses medicamentos podem ser usados isoladamente para adiar o uso da levodopa, mas costuma são administrados posteriormente para suplementar a levodopa. Teoricamente, se tomados com determinados alimentos (como alguns queijos), bebidas (como vinho tinto) ou medicamentos, os inibidores da MAO podem ter um grave efeito colateral chamado crise hipertensiva Classificação da pressão arterial Pressão arterial elevada (hipertensão) é a pressão persistentemente alta nas artérias. Com frequência, a causa da hipertensão arterial não pode ser identificada, mas, às vezes, ela ocorre como... leia mais Classificação da pressão arterial . Entretanto, esse efeito é improvável quando se está tratando a doença de Parkinson, pois as doses usadas são baixas e é menos provável que o tipo de inibidor da MAO usado (inibidores da MAO tipo B), particularmente rasagilina, tenha esse efeito.

Os inibidores de catecol O-metiltransferase (COMT) (entacapona, opicapona e tolcapona) diminuem a decomposição da levodopa e da dopamina, prolongando seus efeitos e, portanto, parecem ser um suplemento útil à levodopa. Esses medicamentos são utilizados apenas com levodopa. Atualmente, a tolcapona é pouco utilizada, uma vez que, raramente, causa lesões no fígado. No entanto, a tolcapona é mais forte que a entacapona e pode ser útil se os efeitos inespecíficos ("off-target") forem graves ou de longa duração.

Alguns medicamentos anticolinérgicos Anticolinérgicos: O que isso significa? Anticolinérgicos: O que isso significa? são eficazes para diminuir a intensidade do tremor e podem ser utilizados nas primeiras fases da doença de Parkinson ou posteriormente, para suplementar a levodopa. Medicamentos anticolinérgicos comumente utilizados incluem benzotropina e triexifenidil. Medicamentos anticolinérgicos são particularmente úteis para pessoas muito jovens cujo sintoma mais incômodo é o tremor. Os médicos procuram evitar utilizar esses medicamentos em idosos, uma vez que eles também apresentam efeitos colaterais incômodos (como confusão, sonolência, boca seca, visão turva, tonturas, constipação, dificuldade em urinar e perda de controle da bexiga) e porque esses medicamentos, quando tomados por um longo período, aumentam o risco de declínio mental. Os mesmos podem reduzir o tremor ao bloquear a ação do neurotransmissor acetilcolina e acredita-se que o tremor seja provocado por um desequilíbrio entre a acetilcolina (em excesso) e a dopamina (em déficit).

Ocasionalmente, outros medicamentos com efeitos anticolinérgicos, como alguns anti-histamínicos e antidepressivos tricíclicos, são utilizados, algumas vezes para reforçar a ação da levodopa. No entanto, visto que esses medicamentos são apenas levemente eficazes e porque muitos efeitos anticolinérgicos são incômodos, esses medicamentos são raramente utilizados para tratar a doença de Parkinson. No entanto, antidepressivos tricíclicos Antidepressivos heterocíclicos (incluindo os tricíclicos) A agomelatina, um novo tipo de antidepressivo, é um possível tratamento para episódios depressivos maiores. Vários tipos de medicamentos podem ser usados para tratar a depressão: Inibidores... leia mais com efeitos anticolinérgicos podem ser úteis em pessoas mais jovens que têm depressão e doença de Parkinson.

Amantadina, um medicamento que se utiliza, por vezes, para tratar a gripe, pode ser administrada isoladamente, para tratar a doença de Parkinson leve, ou como um suplemento da levodopa. A amantadina tem provavelmente muitos efeitos que a fazem funcionar. Por exemplo, estimula as células nervosas para liberarem a dopamina. É utilizada mais frequentemente para ajudar a controlar os movimentos involuntários (discinesias) que são efeitos colaterais da levodopa. Se usada isoladamente, a amantadina frequentemente perde sua eficácia após vários meses.

Tabela

Estimulação profunda do cérebro

Pessoas com movimentos involuntários ou com efeitos “on-off” (liga-desliga) devido ao uso de levodopa por um longo período podem se beneficiar da estimulação profunda do cérebro. Minúsculos eletrodos são implantados cirurgicamente na parte dos gânglios basais. Os eletrodos enviam pequenas quantidades de eletricidade à área específica dos gânglios basais responsável pelos tremores. Ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) é utilizada para localizar áreas específicas a serem estimuladas. Ao estimular esta parte, a estimulação profunda do cérebro geralmente reduz bastante os movimentos involuntários e tremores e diminui a parte “off” dos efeitos “on-off”. A estimulação profunda do cérebro está disponível apenas em centros especializados.

Outros procedimentos

A cirurgia com ultrassom focado usa RM para identificar áreas do cérebro afetadas pela doença de Parkinson. Em seguida, ondas de ultrassom concentradas são aplicadas na área-alvo para destruí-la. Esse procedimento não envolve cirurgia invasiva.

Em alguns países, os médicos removem cirurgicamente uma pequena parte do cérebro que esteja gravemente afetada ou utilizam uma pequena sonda elétrica para destruir aquela parte do cérebro.

Esses procedimentos podem diminuir os sintomas.

Se esses procedimentos não surtirem efeito, pode ser realizada a estimulação profunda de uma parte diferente do cérebro.

Células-tronco

Verificou-se que o transplante de células-tronco no cérebro, pensado outrora ser um possível tratamento para a doença de Parkinson, não é eficaz e apresenta efeitos colaterais incômodos.

Tratamento de sintomas mentais

Sintomas psicóticos e outros sintomas mentais, se causados pela doença de Parkinson por si, um medicamento ou algo diferente, são tratados.

Determinados medicamentos antipsicóticos – quetiapina, clozapina ou pimavanserina – são usados ocasionalmente para tratar sintomas psicóticos em idosos com doença de Parkinson e demência. Esses medicamentos, ao contrário de outros antipsicóticos, não pioram os sintomas da doença de Parkinson. Eles são bem tolerados por pessoas mais jovens e ajudam a controlar os sintomas psicóticos que ocorrem em pessoas com demência da doença de Parkinson Demência por corpos de Lewy e demência da doença de Parkinson A demência por corpos de Lewy é a perda progressiva da função mental, caracterizada pelo desenvolvimento de corpos de Lewy nas células nervosas. A demência da doença de Parkinson é a perda da... leia mais ou que podem ser causados por alguns dos medicamentos usados para tratar a doença de Parkinson. A clozapina é mais eficaz, mas sua utilização é limitada porque tem efeitos colaterais sérios (como uma baixa contagem de glóbulos brancos) e requer exames de sangue frequentes para verificar esses efeitos. Evidências recentes sugerem que a pimavanserina pode tratar os sintomas psicóticos de forma eficaz sem piorar os sintomas da doença de Parkinson. Além disso, exames de sangue frequentes não são necessários.

Antidepressivos são usados para tratamento da depressão. Os antidepressivos com efeitos anticolinérgicos (como amitriptilina) são, algumas vezes, utilizados. Eles podem ajudar a diminuir o tremor. No entanto, muitos outros antidepressivos são muito eficazes e apresentam menos efeitos colaterais. Eles incluem inibidores seletivos de reabsorção de serotonina Inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs) A agomelatina, um novo tipo de antidepressivo, é um possível tratamento para episódios depressivos maiores. Vários tipos de medicamentos podem ser usados para tratar a depressão: Inibidores... leia mais (ISRS), como fluoxetina, paroxetina, citalopram e escitalopram, e outros antidepressivos Farmacoterapia para depressão Uma breve discussão sobre o transtorno do luto persistente. A depressão é um sentimento de tristeza e/ou diminuição do interesse ou prazer em realizar atividades que se torna um transtorno quando... leia mais , como venlafaxina, mirtazapina, selegilina e bupropiona.

O tratamento de sintomas mentais pode ajudar a diminuir os problemas com movimentos, melhorar a qualidade de vida e, algumas vezes, atrasar a necessidade de ser colocado em uma instituição.

Prestador de cuidados e problemas do fim da vida

Como a doença de Parkinson é progressiva, as pessoas acabam necessitando de ajuda para desempenhar as atividades diárias normais, como comer, tomar banho, vestir-se e ir ao banheiro. Os cuidadores podem se beneficiar do aprendizado dos efeitos físicos e psicológicos da doença de Parkinson, e sobre as formas de ajudar as pessoas a serem mais autônomas. Dado que esses cuidados são esgotantes e causam ansiedade, é benéfico aos cuidadores relacionarem-se com grupos de apoio.

A maioria das pessoas com doença de Parkinson acaba se tornando gravemente incapaz e ficando imobilizada. Podem não conseguir comer, mesmo com ajuda. A demência desenvolve-se em cerca de um terço delas. Visto que a deglutição se torna cada vez mais difícil, morte devido a pneumonia por aspiração Pneumonia por aspiração e pneumonite química A pneumonia por aspiração é uma infecção pulmonar causada pela inalação de secreções da boca, de conteúdo estomacal ou de ambos. A pneumonite química é uma irritação pulmonar provocada pela... leia mais (uma infecção pulmonar devido a líquidos inalados da boca ou estômago) é um risco. Para algumas pessoas, um centro de cuidados médicos pode ser o melhor local para os cuidados.

Mais informações

Seguem alguns recursos em inglês que podem ser úteis. Vale ressaltar que o MANUAL não é responsável pelo conteúdo desses recursos.

  • American Parkinson Disease Association, Inc. (APDA): este site fornece informações para apoiar e ensinar as pessoas afetadas pela doença de Parkinson, incluindo os cuidadores. Ele também fornece links para recursos, como grupos de apoio e aulas de exercícios.

  • The Michael J. Fox Foundation for Parkinson's Research: este site fornece informações sobre seu trabalho para garantir que as políticas do governo acelerem o desenvolvimento de terapias novas e melhores para a doença de Parkinson e sobre as formas de aumentar a qualidade de vida para pessoas com doença de Parkinson e seus familiares, incluindo grupos de apoio e telemedicina.

  • Parkinson's Foundation (PDF): este site descreve a doença de Parkinson e seus sintomas e oferece dicas para conviver com a doença de Parkinson e uma oportunidade para manter contato on-line com outras pessoas que têm a doença de Parkinson.

OBS.: Esta é a versão para o consumidor. MÉDICOS: VISUALIZAR A VERSÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
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