Escoliose idiopática

PorNora E. Renthal, MD, PhD, Harvard Medical School
Reviewed ByMichael SD Agus, MD, Harvard Medical School
Revisado/Corrigido: modificado set. 2025
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Visão Educação para o paciente

A escoliose idiopática é a curvatura lateral da coluna. O diagnóstico é clínico e inclui radiografias da coluna vertebral. O tratamento depende da gravidade da curvatura.

A escoliose idiopática refere-se à curvatura lateral da coluna vertebral e é a forma mais comum de escoliose. Está presente em 1 a 3% das crianças de 10 a 16 anos (1). Meninas e meninos são igualmente afetados, mas a probabilidade de progredir (ou seja, ângulo de Cobb ≥ 30°) com necessidade de tratamento é 10 vezes maior nas meninas (2).

Fatores genéticos podem contribuir para o risco de desenvolvimento da doença. Mutações nos genes CHD7 e MATN1 foram implicadas em alguns casos.

A gravidade da escoliose pode ser classificada pelo ângulo de Cobb, que é uma medida radiográfica padrão utilizada para quantificar o grau de curvatura lateral da coluna.

Referências gerais

  1. 1. Dunn J, Henrikson NB, Morrison CC, Nguyen M, Blasi PR, Lin JS. Screening for Adolescent Idiopathic Scoliosis: A Systematic Evidence Review for the U.S. Preventive Services Task Force. Rockville (MD): Agency for Healthcare Research and Quality (US); January 2018.

  2. 2. US Preventive Services Task Force, Grossman DC, Curry SJ, et al. Screening for Adolescent Idiopathic Scoliosis: US Preventive Services Task Force Recommendation Statement. JAMA. 2018;319(2):165-172. doi:10.1001/jama.2017.19342

Sinais e sintomas da escoliose idiopática

Escoliose leve pode ser encontrada durante um exame físico de rotina e geralmente é assintomática. A primeira suspeita de escoliose pode ser quando um ombro parece mais elevado do que o outro ou quando as roupas não se alinham corretamente no corpo de uma criança, porém é também frequentemente detectada durante exame físico de rotina. Outros achados incluem discrepância aparente do comprimento das pernas e assimetria da parede torácica.

Os pacientes podem, inicialmente, relatar cansaço na região lombar após ficarem sentados ou de pé por tempo prolongado. Dores musculares no dorso em áreas de tensão (p. ex., no ângulo lombossacral).

Escoliose idiopática
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Esta foto mostra uma adolescente com escoliose grave (curvatura da coluna vertebral).

MEDICAL PHOTO NHS LOTHIAN/SCIENCE PHOTO LIBRARY

Diagnóstico da escoliose idiopática

  • Radiografias da coluna vertebral

A curva é mais pronunciada quando os pacientes se curvam para a frente. A maioria das curvas é convexa para a direita na região torácica e para a esquerda na região lombar, de modo que o ombro direito fica mais elevado que o esquerdo.

Exames radiográficos devem incluir incidências anteroposterior e lateral da coluna. Avaliações frequentes podem ser necessárias em casos de suspeita de progressão.

Ângulo de Cobb

A quantidade de curvatura é quantificada em graus com base nos achados das radiografias (método de Cobb). Nesse método, traçam-se duas linhas em uma radiografia póstero-anterior da coluna vertebral, uma que se estende do topo da vértebra superior mais inclinada e a outra da base da vértebra inferior mais inclinada. O ângulo formado por essas linhas é o ângulo de Cobb.

A escoliose é classificada por grau de gravidade:

  • Escoliose leve: ângulo de Cobb < 20°

  • Escoliose moderada: ângulo de Cobb 20° a 40°

  • Escoliose grave: ângulo de Cobb > 40°

Tratamento da escoliose idiopática

  • Fisioterapia e suporte

  • Algumas vezes, cirurgia

Encaminhamento imediato ao cirurgião ortopédico é indicado quando a progressão do processo é preocupante ou a curva é significativa. A probabilidade de progressão é maior perto da puberdade. Curvas moderadas (20 a 40°) têm tratamento conservador (p. ex., fisioterapia e suporte) para prevenir deformidades futuras.

Curvaturas graves (> 40°) podem melhorar com cirurgia (p. ex., fusão espinal com barra de correção).

A escoliose e o tratamento dessa condição podem frequentemente interferir na autoimagem e na autoestima de um adolescente. Aconselhamento ou psicoterapia podem ser necessários para abordar essas preocupações.

Prognóstico para escoliose idiopática

O prognóstico depende da magnitude da curva (ângulo de Cobb), localização da curva e idade de início dos sintomas. Quanto maior a curva, maior é a probabilidade de que a escoliose progrida após a maturação esquelética. Curvas > 10° são consideradas clinicamente significativas. Curvas torácicas são mais propensas a progredir do que curvas lombares. Idade mais jovem no momento do diagnóstico e menor maturidade esquelética estão associadas a maior risco de progressão. Intervenção significativa (ou seja, correção cirúrgica) pode ser necessária em pacientes com escoliose grave.

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