Miotonia congênita

PorMichael Rubin, MDCM, New York Presbyterian Hospital-Cornell Medical Center
Revisado/Corrigido: jan 2022
Visão Educação para o paciente

A miotonia congênita é uma doença hereditária que causa rigidez e hipertrofia muscular que começa na infância. Há 2 tipos principais com diferentes modos de herança e manifestações. O diagnóstico é por eletromiografia e, às vezes, biópsia muscular. O tratamento é primariamente de suporte, mas fármacos estabilizadores de membrana podem ser benéficos.

Miotonia refere-se ao atraso do relaxamento depois de uma contração muscular, que pode causar rigidez muscular.

Há duas formas de miotonia congênita, a doença de Thomsen e a doença de Becker, as duas envolvendo o mesmo gene, o CLCN1. A doença de Thomsen é autossômica dominante e se manifesta da infância aos 2 e 3 anos de idade. Doença de Becker é mais comum, é autossômica recessiva, tem início tardio dos 4 aos 12 anos de idade e tende a ser mais grave do que a forma autossômica dominante.

Miotonia congênita não deve ser confundida com distrofia miotônica congênita, uma doença distinta.

Sinais e sintomas da miotonia congênita

Em crianças com miotonia congênita, há atraso do relaxamento seguinte à contração muscular, o que pode causar rigidez muscular. Os pais relatam fraqueza ou falta de jeito nos filhos, bem como rigidez. Os sintomas miotônicos diminuem com a idade, mas não desaparecem e são mais perceptíveis após um período em repouso. Os pacientes tipicamente apresentam hipertrofia dos músculos esqueléticos devido à atividade muscular sustentada; o aumento do volume muscular lhes confere uma aparência "atlética".

Na doença de Thomsen, o início ocorre na primeira infância ou no início da infância e começa nos membros superiores e na face, enquanto na doença de Becker começa no final da infância nos membros inferiores e tem hipertrofia muscular mais pronunciada. Não há fraqueza na doença de Thomsen, mas a doença de Becker está associada à fraqueza transitória após repouso prolongado e, às vezes, à fraqueza progressiva.

Diagnóstico da miotonia congênita

  • Eletromiografia (EMG)

  • Biópsia muscular

  • Análise genética

Frequentemente, realiza-se EMG e, às vezes, biópsia muscular. A análise genética pode revelar anormalidades no gene que causa as formas autossômica dominante e autossômica recessiva.

Tratamento da miotonia congênita

  • Fisioterapia e reabilitação

  • Fármacos estabilizadores de membrana para diminuir a rigidez

O tratamento da miotonia congênita é principalmente sintomático e de suporte.

Pode-se utilizar fármacos estabilizadores de membrana para diminuir a rigidez muscular e outros sintomas associados à miotonia. A mexiletina tem melhores evidências de benefício, mas outros fármacos incluem a lamotrigina, a carbamazepina e a fenitoína.

Informações adicionais

Os recursos em inglês a seguir podem ser úteis. Observe que este Manual não é responsável pelo conteúdo desses recursos.

  1. Muscular Dystrophy Association: informações sobre pesquisas, tratamentos, tecnologias e suporte para pacientes com miotonia congênita

  2. National Organization for Rare Disorders: informações abrangentes sobre a miotonia congênita, incluindo terapias convencionais e experimentais e links para assuntos relacionados

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