Defeitos da via glicolítica

(Defeitos na via de Embden-Meyerhof)

PorGloria F. Gerber, MD, Johns Hopkins School of Medicine, Division of Hematology
Revisado/Corrigido: abr. 2024
Visão Educação para o paciente

Defeitos da via glicolítica são distúrbios metabólicos raros autossômicos recessivos dos eritrócitos que causam anemia hemolítica.

(Ver também Visão geral da anemia hemolítica.)

A via glicolítica é uma das importantes vias metabólicas do corpo. Envolve uma sequência de reações enzimáticas que decompõem a glicose (glicólise) em piruvato, produzindo as fontes de energia trifosfato de adenosina (ATP) e nicotinamida adenina dinucleotídeo reduzido (NADH). Podem ocorrer vários defeitos hereditários nas enzimas da via.

O defeito mais comum é

  • Deficiência de piruvato quinase

Outros defeitos que causam anemia hemolítica são as deficiências de

  • Hexoquinase eritrocitária

  • Glicose fosfato isomerase

  • Fosfofructocinase

Em todas essas vias com defeito, só ocorre anemia hemolítica em pacientes homozigotos para a mutação. O mecanismo exato da hemólise é desconhecido.

Os sintomas estão relacionados com o grau da anemia e podem ser icterícia e esplenomegalia. Os esferócitos estão ausentes, mas pode haver pequena quantidade de esferas com formas irregulares (equinócitos).

Em geral, a análise do ATP e do difosfoglicerato ajuda a identificar qualquer defeito metabólico e localizar as áreas defeituosas para análises futuras. Testes genéticos também podem ser realizados.

Tratamento dos defeitos da via glicolítica

  • Ácido fólico durante a hemólise

  • Hemotransfusão como indicado

  • Esplenectomia, se necessário

Os pacientes podem precisar de 1 mg de ácido fólico por via oral uma vez ao dia ou transfusões. Quelação de ferro pode ser necessária se houver evidências de sobrecarga de ferro.

Para a deficiência de piruvato quinase, mitapivat, um ativador oral de piruvato quinase eritrocitária, pode ser considerado para adultos com anemia sintomática ou dependência de transfusão (1).

Nos casos graves, os pacientes podem depender de hemotransfusão, nesses casos há indicação de esplenectomia. Embora haja melhora, tanto a hemólise quanto a anemia persistem após a esplenectomia, em particular com deficiência de piruvato quinase.

Referência sobre o tratamento

  1. 1. Al-Samkari H, Galacteros F, Glenthoj A, et al. Mitapivat versus Placebo for Pyruvate Kinase Deficiency. N Engl J Med 2022;386(15):1432-1442. doi:10.1056/NEJMoa2116634

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