Isquemia aguda de membro

PorWilliam Schuyler Jones, MD, Duke University Health System
Reviewed ByJonathan G. Howlett, MD, Cumming School of Medicine, University of Calgary
Revisado/Corrigido: modificado jul. 2025
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Visão Educação para o paciente

As artérias periféricas podem ter oclusão aguda por trombos, embolia, dissecção aórtica ou síndrome compartimental aguda.

A isquemia aguda de membro pode resultar de:

Os sinais e sintomas incluem o início súbito em um membro dos 5 P:

  • Pain (dor) (grave)

  • Palidez

  • Parestesia (ou anestesia)

  • Poiquilotermia (frieza)

  • Ausência de Pulso

Os resultados são melhores com o diagnóstico precoce, mas a dor, geralmente o sintoma mais precoce, é inespecífica. Contudo, a dor da isquemia aguda de membro pode ser desproporcional aos achados físicos. Assim, a isquemia aguda de membro deve ser considerada em pacientes de risco (p. ex., com doença arterial periférica conhecida ou suspeita) que têm dor no membro desproporcional aos achados físicos, particularmente se o início é súbito.

A oclusão pode ser grosseiramente localizada na bifurcação arterial, imediatamente distal ao último pulso palpável (p. ex., na bifurcação femoral comum quando o pulso femoral é palpável; na bifurcação poplítea quando o pulso poplíteo é palpável). Casos graves podem causar perda da função motora (paralisia é frequentemente considerada o sexto P da isquemia aguda de membro). Após 6 a 8 horas, os músculos podem ficar dolorosos à palpação.

Dicas e conselhos

  • Considerar isquemia aguda de membro em pacientes de risco com dor súbita desproporcional aos achados físicos.

O diagnóstico da isquemia aguda de membro baseia-se tipicamente em achados clínicos. É necessária angiografia imediata para confirmar a localização da oclusão, identificar o fluxo colateral e orientar o tratamento.

Tratamento

  • Embolectomia, trombólise ou cirurgia de revascularização

O tratamento da isquemia aguda de membro consiste em trombectomia ou embolectomia (por cateter ou cirúrgica), trombólise (sistêmica ou direcionada por catéter) ou cirurgia de derivação arterial de membro inferior. Além da experiência clínica disponível no ambiente local, a decisão de realizar tromboembolectomia cirúrgica versus trombólise baseia-se na gravidade da isquemia, na extensão ou localização do trombo e na condição médica geral do paciente (1).

Um medicamento trombolítico (fibrinolítico), especialmente quando administrado por infusão com catéter intra-arterial, é mais eficaz em pacientes com oclusões arteriais agudas < 2 semanas e função motora e sensorial intacta do membro (ou seja, um membro viável) (1, 2). O ativador tecidual do plasminogênio é mais comumente utilizado. Um cateter é introduzido e direcionado para a área ocluída, e o trombolítico é administrado em uma taxa de infusão adequada ao peso do paciente e à extensão da trombose. O tratamento geralmente é continuado por 4 a 24 horas, dependendo da gravidade da isquemia e dos sinais de trombólise (alívio dos sintomas e retorno dos pulsos ou melhora do fluxo sanguíneo demonstrado pela ultrassonografia Doppler). Em um grande estudo observacional, entre 1998 e 2009, as taxas de amputação em 1 ano caíram ao longo do tempo de aproximadamente 15% para 11%, embora a mortalidade em 1 ano tenha permanecido a mesma em cerca de 40% (3).

Referências sobre tratamento

  1. 1. Gornik HL, Aronow HD, Goodney PP, et al. 2024 ACC/AHA/AACVPR/APMA/ABC/SCAI/SVM/SVN/SVS/SIR/VESS Guideline for the Management of Lower Extremity Peripheral Artery Disease: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines [correção publicada em Circulation 2025 Apr 8;151(14):e918. doi: 10.1161/CIR.0000000000001329]. Circulation 2024;149(24):e1313-e1410. doi:10.1161/CIR.0000000000001251

  2. 2. Mazzolai L, Teixido-Tura G, Lanzi S, et al. 2024 ESC Guidelines for the management of peripheral arterial and aortic diseases. Eur Heart J 2024;45(36):3538-3700. doi:10.1093/eurheartj/ehae179

  3. 3. Baril DT, Ghosh K, Rosen AB. Trends in the incidence, treatment, and outcomes of acute lower extremity ischemia in the United States Medicare population. J Vasc Surg 2014;60(3):669-77.e2. doi:10.1016/j.jvs.2014.03.244

Pontos-chave

  • A isquemia aguda de membro é caracterizada por dor intensa, palidez, parestesias (ou anestesia), poiquilotermia (sensação de frio) e ausência de pulso na extremidade afetada.

  • O tratamento consiste em embolectomia, trombólise ou cirurgia de revascularização.

  • Apesar do tratamento, aproximadamente 11% dos pacientes com isquemia aguda de membro requerem amputação.

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