Visão geral de doenças pulmonares ambientais

PorCarrie A. Redlich, MD, MPH, Yale Occupational and Environmental Medicine Program Yale School of Medicine;
Efia S. James, MD, MPH, Yale School of Medicine;Brian Linde, MD, MPH, Yale Occ and Env Medicine Program
Revisado/Corrigido: mai 2020
Visão Educação para o paciente

Doenças pulmonares ambientais resultam da inalação de poeiras, alergênios, substâncias químicas, gases ou poluentes ambientais. Os pulmões são continuamente expostos ao ambiente externo e são suscetíveis a vários desafios ambientais. Processos patológicos podem envolver qualquer parte dos pulmões, como

A exposição à inalação de substâncias do ambiente é há muito tempo conhecida como sendo um fator de risco de asma brônquica (ver Asma ocupacionala), mas também é cada vez mais reconhecida como uma causa da DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) em não tabagistas. A American Thoracic Society estima que a fração de casos de doença pulmonar obstrutiva crônica relacionados com exposições ocupacionais e ambientais seja de cerca de 20% (isto é, a incidência e mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crônica cairia em cerca de 20% se as exposições ambientais fossem reduzidas a zero).

O médico deve analisar a história ocupacional e ambiental de todos os pacientes, perguntando especificamente sobre exposições prévias e atuais a vapores, gases, poeira, fumaça e/ou fumaça de biomassa (isto é, da queima de lenha, resíduos animais e culturas agrícolas). Qualquer resposta positiva é seguida por perguntas mais detalhadas.

Prevenção das doenças pulmonares ambientais

A prevenção da doença respiratória ambiental e ocupacional concentra-se na redução da exposição (prevenção primária). A exposição pode ser limitada pelo uso de

  • Controles administrativos (p. ex., limitação do número de pessoas colocadas em condições perigosas)

  • Controles de engenharia (p. ex., enclausuramento, sistemas de ventilação, procedimentos de higiene de segurança)

  • Substituição de produto (p. ex., utilização de materiais menos tóxicos e mais seguros)

  • Utilização de dispositivos de proteção respiratória

Muitos médicos supõem erroneamente que o paciente que usou respirador ou dispositivo de proteção respiratória (máscara contra poeira ou gás) esteve bem protegido. Apesar de o respirador realmente proporcionar algum grau de proteção, em especial nas situações em que se fornece ar fresco por tanque ou mangueira de ar, o benefício é limitado e varia de uma pessoa para outra.

Quando se recomenda o uso de respirador, os médicos devem considerar vários fatores. Os trabalhadores com doença cardiovascular podem ser incapazes de realizar trabalhos que exijam esforço extenuante se tiverem de usar aparelhos de respiração individual (tanque). Respiradores que são ajustados firmemente e que exigem que o usuário puxe o ar por meio de cartuchos de filtro podem aumentar o trabalho da respiração, sendo especialmente perturbador para os portadores de asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (doença pulmonar obstrutiva crônica), ou pneumopatias intersticiais.

Quando recomenda-se um respirador, os pacientes devem ser submetidos a ajustes anuais da máscara respiratória para garantir um encaixe adequado.

A vigilância médica é uma forma de prevenção secundária. Os trabalhadores podem realizar exames médicos que identificam doenças em estágios iniciais, ou seja, quando o tratamento médico pode ajudar a reduzir as consequências a longo prazo.

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