Tumores do intestino delgado

PorAnthony Villano, MD, Fox Chase Cancer Center
Revisado/Corrigido: mar 2021
Visão Educação para o paciente

Tumores do intestino delgado respodem por 1% a 5% dos tumores gastrointestinais. O câncer de intestino delgado é responsável por 11.110 casos estimados e cerca de 1.700 mortes nos Estados Unidos todos os anos (1). O diagnóstico é por enteróclise. O tratamento consiste em ressecção cirúrgica.

Os tumores benignos incluem leiomiomas, lipomas, neurofibromas e fibromas. Todos podem causar distensão abdominal, dor, sangramento, diarreia, ou, no caso de obstrução, vômitos. Os pólipos não são tão comuns como no cólon.

O adenocarcinoma, um tumor maligno, é incomum. Em geral, surge no duodeno ou no jejuno proximal e causa sintomas mínimos. Em pacientes com doença de Crohn envolvendo o intestino delgado, os tumores tendem a ocorrer distalmente e em alças intestinais contornadas (submetida a bypass) ou inflamadas.

O linfoma primário maligno, que acomete o íleo, pode produzir segmento intestinal longo e rígido. Linfomas do intestino delgado podem surgir na doença celíaca de longa data não tratada.

Os tumores carcinoides (também chamados tumores neuroendócrinos gastrointestinais) ocorrem com mais frequência no intestino delgado, em particular no íleo e no apêndice; nesses locais, lesões maiores podem se tornar malignas. Tumores múltiplos ocorrem em 50% dos casos. Destes, aqueles com diâmetro > 2 cm, 80% são metastáticos localmente ou para o fígado no período da cirurgia. Cerca de 30% dos carcinoides de intestino delgado causam obstrução, dor, sangramento ou síndrome carcinoide. O tratamento dos tumores carcinoides é a ressecção cirúrgica; operações repetidas podem ser necessárias. Para tumores carcinoides metastáticos, pode-se utilizar a terapia com análogo da somatostatina de ação prolongada com escalonamento da dose, terapia radionuclídica baseada em receptores de peptídeo (PRRT) usando um análogo de somatostatina radiomarcado ou everolimo para controlar a doença de forma eficaz.

O sarcoma de Kaposi, primeiramente descrito como uma doença de judeus e italianos idosos, ocorre de forma agressiva em africanos, transplantados e pacientes com aids, que têm envolvimento do trato gastrintestinal de 40 a 60% das vezes. As lesões podem ocorrer em qualquer lugar do trato digestivo, mas geralmenteacometem estômago, intestino delgado ou cólon distal. As lesões gastrointestinais costumam ser assintomáticas, mas pode ocorrer sangramento, diarreia, enteropatia perdedora de proteínas e intussuscepção. O tratamento do sarcoma de Kaposi depende do tipo celular, da localização e da extensão das lesões.

Referência geral

  1. 1. Siegel RL, Miller KD, Jemal A: Cancer statistics, 2020. CA Cancer J Clin 70(1):7–30, 2020. doi: 10.3322/caac.21590

Diagnóstico dos tumores do intestino delgado

  • Enteróclise

  • Algumas vezes, endoscopia por cápsula ou videocápsula endoscópica

Enteróclise (algumas vezes, enteróclise por TC) é provavelmente o estudo mais comum para lesões com efeito de massa do intestino delgado.

A endoscopia por cápsula pode ser usada para visualizar e biópsiar tumores.

Endoscopia por vídeo-cápsula pode ajudar a identificar lesões no intestino delgado, particularmente locais de sangramento; uma cápsula engolida transmite 2 imagens/segundo para um gravador externo. A cápsula original não é útil no estômago ou cólon porque ela cai nesses órgãos maiores; uma cápsula de cólon com câmara com melhor óptica e iluminação está em desenvolvimento para uso nesses órgãos de diâmetro maior.

Tratamento dos tumores do intestino delgado

  • Ressecção cirúrgica

O tratamento de tumores do intestino delgado é a ressecção cirúrgica.

Eletrocauterização, ablação térmica ou fotocoagulação a laser no momento da enteroscopia ou cirurgia podem ser alternativas à ressecção.

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