Angiomas rubi são proliferações vasculares benignas comuns, manifestando-se como pequenas pápulas, mais frequentemente localizadas no tronco e nas extremidades proximais. Foram descritos pela primeira vez pelo cirurgião britânico do século XIX Campbell de Morgan e por isso são às vezes chamados de manchas de Campbell-De Morgan. Variam de vermelho vivo em pessoas de pele clara a violáceas em pessoas de pele escura. Aumentam em número com a idade e são histologicamente caracterizados por capilares proliferantes na derme papilar.
São benignos e sem potencial maligno. A angiomatose rubi eruptiva (isto é, o aparecimento súbito de múltiplos angiomas rubi) pode estar associada à doença de Castleman multicêntrica e malignidades hematológicas.
Diagnóstico de angiomas rubi
História e exame físico apenas
O diagnóstico baseia-se na avaliação clínica. A dermatoscopia mostra lagoas vasculares características, de coloração vermelha, roxa ou azul-escura.
Tratamento de angiomas rubi
Normalmente desnecessário
Às vezes, remoção via laser, escleroterapia ou crioterapia
Raramente, biópsia
O tratamento dos angiomas rubi não é indicado, exceto quando as lesões são sintomáticas (p. ex., sangram) ou por razões estéticas (1). As opções de tratamento incluem terapia a laser (laser pulsado ou Nd:YAG), eletrocirurgia, crioterapia e escleroterapia, sem que haja uma modalidade única claramente superior. O laser pulsado é frequentemente preferido pela dor mínima e bons resultados estéticos.
Em pacientes com predisposição ao melanoma, a presença de angiomas rubi não modifica a conduta, que deve ser a mesma aplicada a lesões vasculares atípicas ou pápulas com crescimento rápido. Uma biópsia é geralmente indicada para exame histopatológico a fim de excluir malignidade.
Treatment reference
1. Buslach N, Foulad DP, Saedi N, Mesinkovska NA. Treatment Modalities for Cherry Angiomas: A Systematic Review. Dermatol Surg. 2020;46(12):1691-1697. doi:10.1097/DSS.0000000000002791
