(Ver também Gastroenteritis and see the Center for Disease Control and Prevention’s [CDC] health information for travelers’ diarrhea.)
Etiologia
A diarreia do viajante pode ser causada por várias bactérias, vírus ou parasitas.
A causa mais comum da diarreia do viajante é
E. coli é comum em suprimentos de água em áreas com falta de saneamento básico adequado. A infecção é comum em indivíduos que viajam para países em desenvolvimento.
Infecções por norovírus são um problema relevante em navios de cruzeiro.
A fonte da infecção pode estar na água e comida. Os viajantes que evitam beber a água desses locais podem ainda ser infectados ao escovarem os dentes com escova inapropriadamente umedecida, ao beberem coquetéis com gelo feito com água local contaminada ou ao ingerirem alimentos manipulados inadequadamente ou lavados com água do local. Os indivíduos em uso de fármacos que reduzem a acidez gástrica (antiácidos, bloqueadores H2 ou IBP) estão em risco de doenças mais graves.
Sinais e sintomas
Náuseas, vômitos, sons intestinais hiperativos, cólicas abdominais e diarreia começam 12 a 72 horas após a ingestão de alimentos ou água contaminados. A gravidade do quadro é variável. Algumas pessoas apresentam febre e mialgias. A maioria dos casos é leve e autolimitada, apesar de poder ocorrer desidratação, em especial nos climas quentes.
Diagnóstico
Tratamento
A base do tratamento da diarreia do viajante é reposição de líquidos e um fármaco antimotilidade, como a loperamida. Para adultos e crianças ≥ 12 anos, dose inicial de loperamida de 4 mg VO seguida por 2 mg VO para cada nova evacuação diarreica (máximo de 6 doses/dia ou 16 mg/dia). Uma alternativa para adultos é difenoxilato, 2,5 a 5 mg VO 3 ou 4 vezes ao dia na forma de comprimido ou líquido. A dose de loperamida para crianças com 13 a 21 kg é 1 mg após as primeiras fezes moles e então 1 mg após cada evacuação diarreica subsequente (a dose máxima é de 3 mg/dia); para crianças com 21 a 28 kg, 2 mg após as primeiras fezes moles e então 1 mg após cada evacuação diarreica subsequente (a dose máxima é de 4 mg/dia); e para crianças com 27 a 43 kg, até 12 anos de idade, 2 mg após as primeiras fezes moles, seguidas de 1 mg após cada evacuação diarreica subsequente (a dose máxima é de 6 mg/dia). Fármacos antimotilidade são contraindicados em pacientes com febre ou fezes com sangue e em crianças < 2 anos A iodocloro-hidroxiquina, disponível em alguns países em desenvolvimento, não deve ser usada, já que pode causar danos neurológicos.
Em geral, os antibióticos não são necessários para diarreias leves. Em pacientes com diarreia moderada a intensa (≥ 3 episódios em 8 horas), os antibióticos são utilizados, em especial se houver vômitos, cólicas abdominais, febre ou fezes com sangue. Para adultos, a recomendação é de antibióticos orais como ciprofloxacino 500 mg 2 vezes ao dia por 3 dias ou levofloxacino 500 mg uma vez ao dia por 3 dias, embora a resistência às fluoroquinolonas pareça estar aumentando em algumas regiões, particularmente do Campylobacter. As alternativas são a azitromicina 500 mg uma vez ao dia por 3 dias ou a rifaximina 200 mg 3 vezes ao dia por 3 dias. Para crianças, prefere-se azitromicina, 5 a 10 mg/kg, 1 vez/dia, por 3 dias.
Prevenção
Os viajantes devem fazer suas refeições, por segurança, em restaurantes com boa reputação e evitar ingerir bebidas de ambulantes. Eles só devem consumir alimentos cozidos que ainda estejam quentes, frutas que possam ser descascadas e bebidas gaseificadas sem gelo servidas em garrafas lacradas (garrafas de bebidas não gaseificadas podem conter água de torneira acrescentada por fornecedores desonestos); vegetais crus (especialmente molho de vinagrete deixado na mesa) devem ser evitados. Bufês quentes e restaurantes fast-food são locais de risco.
Antibióticos profiláticos são eficazes para prevenção da diarreia; mas por causa de preocupações sobre os efeitos adversos e o desenvolvimento de resistência, deve-se reservá-los para os pacientes imunodeprimidos.
Informações adicionais
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Health information for travelers’ diarrhea from the CDC