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Aterosclerose

Por

George Thanassoulis

, MD, MSc, McGill University;


Haya Aziz

, MD, McGill University

Revisado/Corrigido: mai 2022
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A aterosclerose é um quadro clínico no qual depósitos irregulares de material gorduroso (ateromas ou placas ateroscleróticas) se desenvolvem nas paredes das artérias de médio e grande porte, levando a um fluxo sanguíneo reduzido ou bloqueado.

  • A aterosclerose é causada por lesão repetida nas paredes das artérias.

  • Muitos fatores contribuem para essa lesão, incluindo hipertensão arterial, tabagismo, diabetes e níveis elevados de colesterol no sangue.

  • A obstrução dos vasos sanguíneos resultante de aterosclerose é uma causa comum de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.

  • Muitas vezes, os primeiros sintomas são dores ou cãibras quando o fluxo sanguíneo não consegue suprir as demandas de oxigênio dos tecidos.

  • Para prevenir a aterosclerose, as pessoas precisam parar de fumar, melhorar sua dieta, praticar exercícios físicos regularmente e manter o controle de sua pressão arterial, nível de colesterol e diabetes.

  • A progressão da aterosclerose para essas complicações de risco à vida, como um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, requer tratamento emergencial.

A aterosclerose pode afetar as artérias de médio e grande porte do cérebro, coração, rins, outros órgãos vitais e pernas. Trata-se do tipo mais importante e mais comum de arteriosclerose.

Arteriosclerose

Arteriosclerose, que significa endurecimento (esclerose) das artérias, é um termo geral para várias doenças em que a parede de uma artéria torna-se mais espessa e menos elástica. Existem três tipos:

  • Aterosclerose

  • Arteriolosclerose

  • Arteriosclerose de Mönckeberg

Aterosclerose, o tipo mais comum, significa endurecimento relacionado a placas, que são depósitos de materiais gordurosos. Ela afeta as artérias de médio e grande porte.

Arteriolosclerose significa endurecimento das arteríolas, que são pequenas artérias. Ela afeta principalmente as camadas internas e intermediárias das paredes das arteríolas. As paredes engrossam, estreitando as arteríolas. Como resultado, os órgãos abastecidos pelas arteríolas afetadas não recebem sangue suficiente. Os rins são afetados frequentemente. Esse distúrbio ocorre principalmente em pessoas que têm hipertensão arterial ou diabetes. Qualquer uma destas doenças pode afetar as paredes de arteríolas, resultando em espessamento.

A arteriosclerose de Mönckeberg afeta artérias de pequeno a médio porte. Ocorre o acúmulo de cálcio dentro das paredes das artérias, o que as torna rígidas, mas sem estreitamento. Esse distúrbio essencialmente inofensivo geralmente afeta homens e mulheres com mais de 50 anos.

Causas da aterosclerose

O desenvolvimento da aterosclerose é complicado, mas o evento primário parece estar relacionado a lesões sutis e repetidas no revestimento interno das artérias (endotélio) através de vários mecanismos. Esses mecanismos incluem

Infecções por algumas bactérias ou vírus (como Helicobacter pylori ou citomegalovírus) também podem aumentar a inflamação no revestimento interno da artéria (endotélio) e levar à aterosclerose.

Depósitos de gordura na artéria coronariana
VÍDEO

Formação de placas

A aterosclerose começa quando a parede da artéria lesionada cria sinais químicos que fazem com que certos tipos de leucócitos (monócitos e células T) se adiram à parede da artéria. Essas células se movem para a parede da artéria. Nessa região, elas são transformadas em células espumosas que coletam colesterol e outros materiais gordurosos e desencadeiam o crescimento de células do músculo liso na parede da artéria. Com o tempo, essas células espumosas carregadas de gordura se acumulam. Elas formam depósitos irregulares (ateromas, também chamados de placas) com uma cobertura fibrosa no revestimento da parede da artéria. Com o passar do tempo, há o acúmulo de cálcio nas placas. As placas podem se espalhar por todas as artérias médias e grandes, mas elas geralmente começam onde as artérias se ramificam.

Como a aterosclerose se desenvolve

A parede de uma artéria é composta de várias camadas. O revestimento ou camada interna (endotélio) geralmente é regular e ininterrupto. A aterosclerose começa quando o revestimento é ferido ou desenvolve alguma doença. Então, certos leucócitos chamados monócitos e células T são ativados e saem da corrente sanguínea, atravessam o revestimento da artéria e chegam a sua parede. No interior do revestimento, eles são transformados em células espumosas, que são células que coletam materiais gordurosos, principalmente colesterol.

Com o tempo, as células do músculo liso movem-se da camada intermediária para o revestimento da parede da artéria e se multiplicam nessa região. Materiais de tecido conjuntivo e elástico também se acumulam na região, como também podem se acumular detritos de células, cristais de colesterol e cálcio. Esse acúmulo de células carregadas de gordura, células do músculo liso e outros materiais formam um depósito irregular chamado ateroma ou placa aterosclerótica. À medida que crescem, algumas placas tornam as paredes das artérias mais espessas e invadem o canal da artéria. Essas placas podem limitar ou bloquear uma artéria, diminuindo ou interrompendo o fluxo sanguíneo. Outras placas não obstruem a artéria gravemente, mas podem se romper, provocando a formação de um coágulo de sangue que bloqueia a artéria repentinamente.

Como a aterosclerose se desenvolve
Como a aterosclerose se desenvolve

Ruptura de placa

As placas podem crescer dentro da abertura (lúmen) da artéria, provocando um estreitamento gradual. Quando a aterosclerose estreita uma artéria, os tecidos supridos pela artéria podem não receber sangue e oxigênio em quantidade suficiente. As placas também podem crescer na parede da artéria, onde não bloqueiam o fluxo de sangue. Ambos os tipos de placas podem se romper, expondo o material na corrente sanguínea. Esse material desencadeia a formação de coágulos de sangue. Esses coágulos de sangue podem bloquear todo o fluxo sanguíneo através de uma artéria repentinamente, evento que é a principal causa de um ataque cardíaco Síndromes coronarianas agudas (ataque cardíaco; infarto do miocárdio; angina instável) Síndromes coronarianas agudas são o resultado de um bloqueio repentino em uma artéria coronariana. Esse bloqueio provoca angina instável ou um ataque cardíaco (infarto do miocárdio) dependendo... leia mais Síndromes coronarianas agudas (ataque cardíaco; infarto do miocárdio; angina instável) ou acidente vascular cerebral Considerações gerais sobre o acidente vascular cerebral Um acidente vascular cerebral ocorre quando uma artéria que irriga o cérebro é bloqueada ou se rompe, resultando na morte de uma área do tecido cerebral devido à perda do suprimento sanguíneo... leia mais . Às vezes, esses coágulos sanguíneos se desprendem, viajam através da corrente sanguínea e bloqueiam uma artéria em outras partes do corpo. Da mesma forma, pedaços da placa podem se desprender, viajar através da corrente sanguínea e bloquear uma artéria em outros lugares.

Ruptura de placa
VÍDEO

Fatores de risco para aterosclerose

Os fatores de risco modificáveis incluem

  • Tabagismo

  • Níveis altos de colesterol no sangue

  • Hipertensão arterial

  • Diabetes

  • Obesidade

  • Sedentarismo

  • Baixo consumo diário de frutas e legumes

Os fatores de risco que não podem ser modificados incluem

  • Ter histórico familiar de aterosclerose precoce (ou seja, ter um parente próximo do sexo masculino que desenvolveu a doença antes dos 55 anos ou uma parente próxima que desenvolveu a doença antes dos 65 anos)

  • Idade avançada

  • Ser do sexo masculino

Há muitos fatores de risco que ainda estão sendo estudados, como níveis elevados de proteína C reativa (uma proteína inflamatória) no sangue, níveis elevados de alguns componentes do colesterol, como apolipoproteína B ou lipoproteína (a), e fatores psicossociais (como ansiedade ou baixo nível socioeconômico).

O tabagismo e a aterosclerose

Um dos fatores de risco modificáveis mais importantes ​​é o tabagismo. (O uso de outras formas de tabaco, como rapé ou tabaco de mascar, também aumenta o risco.) O risco de um fumante de desenvolver algumas formas de aterosclerose, como doença arterial coronariana Doença arterial coronariana , está diretamente relacionado com a quantidade de tabaco fumado diariamente. O risco de um ataque cardíaco Síndromes coronarianas agudas (ataque cardíaco; infarto do miocárdio; angina instável) Síndromes coronarianas agudas são o resultado de um bloqueio repentino em uma artéria coronariana. Esse bloqueio provoca angina instável ou um ataque cardíaco (infarto do miocárdio) dependendo... leia mais Síndromes coronarianas agudas (ataque cardíaco; infarto do miocárdio; angina instável) triplica em homens e aumenta seis vezes em mulheres que fumaram 20 ou mais cigarros por dia em comparação com os não fumantes. Em pessoas que já têm um alto risco de doença cardíaca, o uso do tabaco é particularmente perigoso.

O uso do tabaco diminui o nível de colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL), o colesterol “bom”, e aumenta o nível de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL), o colesterol “ruim”. Fumar aumenta o nível de monóxido de carbono no sangue, o que pode aumentar o risco de lesão no revestimento das paredes das artérias. O uso de tabaco faz com que as artérias já estreitadas pela aterosclerose se contraiam, diminuindo ainda mais a quantidade de sangue que chega aos tecidos. Além disso, o uso do tabaco aumenta a tendência de coagulação do sangue (por tornar as plaquetas mais pegajosas), o que aumenta o risco de doença arterial periférica Considerações gerais sobre a doença arterial periférica A doença arterial periférica causa a diminuição do fluxo sanguíneo nas artérias do tronco, braços e pernas. Na maioria das vezes, os médicos usam o termo doença arterial periférica para descrever... leia mais Considerações gerais sobre a doença arterial periférica (aterosclerose que afeta outras artérias que não suprem o coração e o cérebro), doença arterial coronariana Considerações gerais sobre a doença arterial coronariana (DAC) A doença arterial coronariana é um quadro clínico no qual o suprimento de sangue para o músculo cardíaco é bloqueado parcial ou completamente. O músculo cardíaco precisa de um fornecimento constante... leia mais Considerações gerais sobre a doença arterial coronariana (DAC) , acidente vascular cerebral Considerações gerais sobre o acidente vascular cerebral Um acidente vascular cerebral ocorre quando uma artéria que irriga o cérebro é bloqueada ou se rompe, resultando na morte de uma área do tecido cerebral devido à perda do suprimento sanguíneo... leia mais e bloqueio de um enxerto arterial colocado durante uma cirurgia de revascularização Cirurgia de revascularização do miocárdio A doença arterial coronariana é um quadro clínico no qual o suprimento de sangue para o músculo cardíaco é bloqueado parcial ou completamente. O músculo cardíaco precisa de um fornecimento constante... leia mais Cirurgia de revascularização do miocárdio ou cirurgia para desvio de uma artéria bloqueada em outra parte do corpo Cirurgia A doença arterial periférica oclusiva consiste no bloqueio ou estreitamento de uma artéria nas pernas (ou, raramente, nos braços), geralmente devido a aterosclerose e resultando em diminuição... leia mais Cirurgia .

As pessoas que param de fumar têm apenas metade do risco das pessoas que continuam fumando, independentemente de quanto tempo elas fumaram antes de pararem de fumar. Parar de fumar também diminui o risco de morte após cirurgia de revascularização do miocárdio ou de um ataque cardíaco, além de reduzir o risco de doenças e de morte em pessoas que têm doença arterial periférica. Os benefícios de parar de fumar começam imediatamente a aumentam com o tempo.

O tabagismo passivo (inalar fumaça de tabaco de terceiros) parece aumentar o risco também. Ele deve ser evitado.

Você sabia que...

  • O tabagismo é um importante fator de risco para aterosclerose.

Níveis de colesterol

Níveis de colesterol LDL elevados representam outro importante fator de risco modificável. Uma dieta rica em gorduras saturadas (consulte Tipos de gordura Tipos de gordura Tipos de gordura ) faz com que os níveis de colesterol LDL aumentem em pessoas suscetíveis. Os níveis de colesterol também aumentam conforme as pessoas envelhecem e são normalmente mais elevados em homens do que em mulheres, embora os níveis de aumentem em mulheres após a menopausa. Vários distúrbios hereditários resultam em níveis elevados de colesterol ou de outras gorduras. As pessoas com esses distúrbios hereditários podem ter níveis extremamente elevados de colesterol LDL e (se não tratadas) podem morrer de doença arterial coronariana em uma idade precoce. Além disso, a lipoproteína(a) é uma partícula hereditária incomum, contendo colesterol, que também contribui para ataques cardíacos e AVCs.

A redução dos níveis elevados de colesterol LDL pelo uso de medicamentos pode reduzir significativamente o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e morte. Há muitos tipos de medicamentos hipolipemiantes disponíveis (veja a tabela Medicamentos hipolipemiantes Medicamentos hipolipemiantes Medicamentos hipolipemiantes ). As estatinas são o tipo mais comum.

Nem todos os níveis de colesterol alto aumentam o risco de aterosclerose. Um nível elevado de HDL (o colesterol “bom”) diminui o risco de aterosclerose.

O nível desejado de colesterol total, que inclui o colesterol LDL, o colesterol HDL e os triglicerídeos, é de 140 a 200 mg/dL (3,6 a 5,2 mmol/L). O risco de um ataque cardíaco mais do que dobra quando o nível de colesterol total se aproxima de 300 mg/dL (7,8 mmol/L). O risco diminui quando o nível de colesterol LDL permanece inferior a 130 mg/dL (3,4 mmol/L) e o nível de colesterol HDL permanece superior a 40 mg/dL (1 mmol/L). Para lipoproteína(a), níveis acima de 50 mg/dL (100 nmol/L) estão associados a um risco aumentado de doença cardíaca.

Pessoas com risco elevado, como as que têm diabetes ou doença cardíaca aterosclerótica ou que tiverem sofrido um ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou cirurgia de revascularização, se beneficiam de doses altas de estatinas para reduzir o colesterol LDL tanto quanto possível. Altos níveis de triglicérides são frequentemente associados com baixos níveis de colesterol HDL. No entanto, as evidências sugerem que apenas níveis elevados de triglicérides também podem aumentar discretamente o risco de aterosclerose.

Hipertensão arterial

A hipertensão Hipertensão arterial Pressão arterial elevada (hipertensão) é a pressão persistentemente alta nas artérias. Com frequência, a causa da hipertensão arterial não pode ser identificada, mas, às vezes, ela ocorre como... leia mais Hipertensão arterial não controlada é um fator de risco para ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, os quais são causados ​​por aterosclerose. O risco de doença cardiovascular começa a aumentar quando os níveis de pressão arterial ficam acima de 110/75 mm Hg. Controlar a hipertensão arterial reduz o risco evidentemente. Os médicos geralmente tentam atingir uma pressão arterial inferior a 140/90 mm Hg e, muitas vezes, inferior a 130/80 mm Hg em pessoas com risco de doença cardiovascular como as que sofrem de diabetes ou doença renal.

Diabetes mellitus

Pessoas que têm diabetes mellitus Diabetes mellitus (DM) O diabetes mellitus é uma doença na qual o organismo não produz uma quantidade suficiente de insulina ou não responde normalmente à insulina, fazendo com que o nível de açúcar (glicose) no sangue... leia mais tendem a desenvolver uma doença que afeta as artérias pequenas, como as encontradas nos olhos, nervos e rins, levando à perda de visão, lesão nervosa e doença renal crônica Doença renal crônica A doença renal crônica é uma diminuição lenta e progressiva (durante meses ou anos) da capacidade dos rins de filtrar os resíduos metabólicos do sangue. As causas principais são diabetes e pressão... leia mais . Pessoas com diabetes também tendem a desenvolver aterosclerose em artérias grandes. A aterosclerose tende a surgir em uma idade mais precoce e mais extensamente do que em pessoas que não têm diabetes. O risco de desenvolvimento de aterosclerose é duas a seis vezes maior em pessoas com diabetes, particularmente mulheres. As mulheres que têm diabetes, ao contrário das que não têm, não estão protegidas contra a aterosclerose antes da menopausa. As pessoas que têm diabetes têm o mesmo risco de morte de alguém que teve um ataque cardíaco prévio e os médicos geralmente tentam ajudar essas pessoas a manterem outros fatores de risco (como níveis de colesterol elevados e hipertensão arterial) sob cuidadoso controle.

Obesidade

Sedentarismo

O sedentarismo parece aumentar o risco de desenvolvimento de doença arterial coronariana e muitas evidências sugerem que praticar exercícios regularmente, mesmo em um grau moderado, reduz esse risco e a mortalidade. Os exercícios também podem ajudar a modificar outros fatores de risco relacionados à aterosclerose, pois reduzem a pressão arterial e os níveis de colesterol e ajudam na perda de peso e diminuição da resistência à insulina.

Dieta

Há evidências substanciais de que o consumo regular de frutas e legumes pode diminuir o risco de doença arterial coronariana. Não está claro se o consumo de frutas e legumes parece benéfico devido às substâncias que esses alimentos contêm (fitoquímicos) ou ao fato de as pessoas que comem grandes quantidades de frutas e legumes também comerem menos gordura saturada e serem mais propensas a consumirem fibras e vitaminas. No entanto, fitoquímicos chamados flavonoides (encontrados em uvas vermelhas e roxas, vinho tinto, chá preto e cervejas escuras) parecem especialmente protetores. Suas altas concentrações no vinho tinto podem ajudar a explicar por que os franceses têm uma incidência relativamente baixa de doença arterial coronariana, mesmo consumindo mais tabaco e mais gordura do que os americanos. Mas não há estudos que comprovem que a ingestão de alimentos ricos em flavonoides ou o que uso de suplementos desses nutrientes previnam a aterosclerose.

O maior teor de fibras em determinados vegetais pode diminuir os níveis sanguíneos de colesterol total, glicose e insulina. Contudo, a ingestão excessiva de fibra interfere na absorção de determinadas vitaminas e minerais. Em geral, alimentos ricos em vitaminas e fitoquímicos também são ricos em fibra.

A gordura é uma parte essencial da dieta. A noção de que comer menos gordura é importante para uma dieta saudável é apenas parcialmente verdadeira, pois o tipo de gordura também é importante. Os principais tipos de gorduras são

As gorduras podem ser líquidas ou sólidas em temperatura ambiente. Gorduras líquidas, como óleos e algumas margarinas, tendem a ter mais gorduras poli-insaturadas e monoinsaturadas. Gorduras sólidas, como manteiga e banha, tendem a ter mais gorduras saturadas e trans. As gorduras saturadas e trans são mais propensas a causarem aterosclerose. Assim, sempre que possível, as pessoas devem limitar a quantidade de gorduras saturadas e trans em sua dieta e escolher alimentos com gorduras monoinsaturadas ou poli-insaturadas, alternativamente. As gorduras saturadas e trans são encontradas em carnes vermelhas, muitos itens de alimentos processados ou tipo “fast food”, laticínios integrais (como queijo, manteiga e creme) e margarinas sólidas (em barra). Entretanto, a evidência referente aos perigos de gorduras trans naturais permanece incerta. As gorduras monoinsaturadas são encontradas no óleo de canola e azeite de oliva, margarinas líquidas sem gordura trans, nozes e azeitonas. As gorduras poli-insaturadas são encontradas em nozes, sementes, óleos e maionese.

Dois tipos de gorduras poli-insaturadas — ômega 3 e ômega 6 — são essenciais para uma dieta saudável. As gorduras ômega 3 são encontradas em peixes gordurosos, como salmão, ovos, óleo de canola e nozes. As gorduras ômega 6 são encontradas em algumas castanhas e sementes, bem como em óleo de cártamo, girassol e milho.

Manter uma dieta saudável pode ajudar a diminuir o risco de aterosclerose. No entanto, é menos claro se a suplementação da dieta com vitaminas, fitoquímicos, minerais traço ou coenzima Q10 também ajude a reduzir o risco.

Ingestão de álcool

O álcool aumenta o nível de colesterol HDL (colesterol bom) e também diminui o risco de coágulos de sangue e inflamação, além de ajudar a proteger o corpo contra os subprodutos da atividade celular. No entanto, um consumo de álcool superior ao moderado (mais de 14 doses por semana para homens e mais de nove doses por semana para mulheres) pode causar problemas de saúde significativos e aumentar o risco de morte. Pessoas que bebem grandes quantidades de álcool devem reduzir essas quantidades. As pessoas que não bebem álcool não devem começar.

Sintomas de aterosclerose

Os sintomas dependem

  • De onde a artéria afetada está localizada

  • De a artéria afetada ter sido estreitada gradualmente ou bloqueada subitamente

Sintomas de estreitamento gradual

Com o estreitamento gradual, a aterosclerose geralmente não causa sintomas até que o interior de uma artéria esteja estreitado em mais de 70%.

O primeiro sintoma de uma artéria estreitada pode ser dor ou cãibra nos momentos em que o fluxo de sangue não pode suprir a necessidade de oxigênio dos tecidos. Por exemplo, durante o exercício, uma pessoa pode sentir dor ou desconforto no tórax se o suprimento de oxigênio para o coração for insuficiente. Esta dor torácica (angina Angina Angina é uma dor no peito temporária ou uma sensação de pressão que ocorre quando o músculo cardíaco não está recebendo oxigênio suficiente. O indivíduo com angina costuma sentir desconforto... leia mais ) desaparece dentro de minutos após a pessoa interromper o esforço. Enquanto caminha, uma pessoa pode sentir cãibras nas pernas (claudicação intermitente Sintomas Sintomas ), pois o fornecimento de oxigênio para os músculos da perna é inadequado. Se as artérias que fornecem sangue a um ou ambos os rins sofrerem estreitamento, podem ocorrer insuficiência renal ou pressão arterial perigosamente elevada.

Sintomas de bloqueio arterial súbito

Diagnóstico de aterosclerose

  • Exames de sangue para pesquisar fatores de risco para aterosclerose

  • Exames de imagem para detectar a presença de placas perigosas

A forma como a aterosclerose é diagnosticada depende de a pessoa estar tendo sintomas.

Pessoas com sintomas

As pessoas que têm sintomas que sugerem uma artéria bloqueada devem realizar testes para identificar a localização e a extensão do bloqueio. São utilizados testes diferentes, dependendo do órgão que parece estar envolvido. Por exemplo, se os médicos suspeitam de um bloqueio de uma artéria no coração, eles costumam fazer um eletrocardiograma Eletrocardiograma O eletrocardiograma (ECG) é um procedimento rápido, simples e indolor no qual os impulsos elétricos do coração são amplificados e registrados. Esse registro, o eletrocardiograma (também conhecido... leia mais Eletrocardiograma (ECG), exames de sangue para verificação da presença de substâncias (marcadores cardíacos Marcadores cardíacos Síndromes coronarianas agudas são o resultado de um bloqueio repentino em uma artéria coronariana. Esse bloqueio provoca angina instável ou um ataque cardíaco (infarto do miocárdio) dependendo... leia mais Marcadores cardíacos ) que indicam lesão cardíaca e, às vezes, um teste de esforço Teste de esforço Submeter o coração ao esforço (através de exercícios ou pelo uso de medicamentos estimulantes para fazer o coração bater mais rapidamente e com mais força) pode ajudar a identificar uma doença... leia mais Teste de esforço ou cateterismo cardíaco Cateterismo cardíaco e cinecoronariografia O cateterismo cardíaco e a angiografia coronária (cinecoronariografia) são métodos minimamente invasivos de estudar o coração e os vasos sanguíneos que o irrigam (artérias coronárias) sem realizar... leia mais Cateterismo cardíaco e cinecoronariografia .

As pessoas com artérias ateroscleróticas em um órgão muitas vezes têm aterosclerose em outras artérias. Portanto, quando os médicos descobrem um bloqueio aterosclerótico em uma artéria — por exemplo, na perna — eles costumam fazer testes para procurar bloqueios em outras artérias, como as do coração.

Os médicos também testam certos fatores de risco em pessoas que têm uma obstrução aterosclerótica. Por exemplo, eles medem os níveis de glicose, colesterol e triglicérides no sangue. Os médicos também costumam fazer esses testes como parte do exame anual de rotina em adultos.

Como algumas placas nas artérias são mais propensas a se desprenderem e desencadearem a formação de um coágulo do que outras, os médicos às vezes fazem testes para procurar essas placas perigosas. Nenhum teste é definitivo, mas os médicos estão usando angiografia por tomografia computadorizada (TC), ultrassonografia intravascular (que usa uma sonda de ultrassom instalada na ponta de um cateter inserido dentro de uma artéria) durante os procedimentos de cateterismo cardíaco e angiografia coronariana, bem como uma série de outros exames por imagem e exames de sangue.

Pessoas sem sintomas (triagem)

Em pessoas que têm alguns fatores de risco para aterosclerose, mas não apresentam sintomas, os médicos costumam realizar exames de sangue para medir os níveis de glicose, colesterol e triglicérides no sangue. Os médicos também costumam fazer esses testes como parte do exame anual de rotina em adultos.

Alguns médicos recomendam exames de imagem para procurar obstrução aterosclerótica em pessoas que apresentam fatores de risco, mas não apresentam sintomas, como parte de uma estratégia de prevenção. Esses testes incluem uma TC de feixe de elétrons do coração e ultrassonografia das artérias no pescoço (carótidas). A TC também pode ser usada para detectar placas endurecidas (calcificadas) nas artérias coronarianas. O resultado desse exame é, às vezes, chamado de pontuação de cálcio. Uma ultrassonografia das artérias carótidas pode detectar espessamento da parede arterial, o que sugere aterosclerose. No entanto, muitos médicos acreditam que esses testes raramente influenciam o aconselhamento que eles dariam com base em outros testes mais facilmente reconhecidos e nos fatores de risco da pessoa.

Prevenção e tratamento de aterosclerose

  • Alterações no estilo de vida reduzem o risco de complicações

  • Às vezes medicamentos

Para ajudar a prevenir aterosclerose, as pessoas precisam

Manter uma dieta saudável pode ajudar a diminuir o risco de aterosclerose. Uma dieta pobre em gorduras saturadas, carboidratos refinados, alimentos altamente processados e álcool e rica em frutas, legumes, verduras e fibras diminui o risco de doença cardiovascular. Dieta saudável e exercícios podem promover a perda de peso se uma pessoa estiver com sobrepeso ou obesa.

As pessoas que fumam devem parar de fumar. As pessoas que param de fumar têm apenas metade do risco das pessoas que continuam fumando, independentemente de quanto tempo elas fumaram antes de pararem de fumar.

As pessoas que têm hipertensão arterial devem reduzir sua pressão arterial recorrendo a mudanças no estilo de vida e medicamentos. As pessoas que têm diabetes devem manter um controle rigoroso de seu açúcar (glicose) no sangue.

As pessoas que têm alto risco de desenvolverem aterosclerose também podem se beneficiar de certos medicamentos. Entre os medicamentos úteis estão as estatinas, que diminuem o colesterol (mesmo se os níveis de colesterol estiverem normais ou apenas discretamente elevados) e, em alguns casos, aspirina ou outros medicamentos antiplaquetários (medicamentos que impedem que as plaquetas se agrupem e formem bloqueios nos vasos sanguíneos). A aspirina e outros medicamentos antiplaquetários podem causar sangramento; portanto, esses medicamentos devem ser tomados apenas se os pacientes estiverem em alto risco de aterosclerose. Alguns medicamentos usados ​​para tratar a hipertensão arterial e alguns usados para tratar diabetes também ajudam a reduzir o risco de aterosclerose.

Tratamento das complicações da aterosclerose

Quando a aterosclerose se torna grave o suficiente para causar complicações, as próprias complicações devem ser tratadas. As complicações incluem

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