Nitrofurantoína

PorBrian J. Werth, PharmD, University of Washington School of Pharmacy
Revisado/Corrigido: mai 2022
Visão Educação para o paciente

A nitrofurantoína é um antibiótico bactericida; seu mecanismo de ação exato é desconhecido.

A nitrofurantoína somente está disponível para uso oral.

Farmacocinética

Após uma dose única de nitrofurantoína, os níveis séricos são muito baixos, mas os níveis urinários são terapêuticos.

Indicações para nitrofurantoína

É ativa contra uropatógenos comuns, tais como

Outras espécies de enterococos, incluindo cepas resistentes à vancomicina, e espécies Klebsiella e Enterobacter são frequentemente menos suscetíveis, mas a nitrofurantoína ainda pode ser eficaz no tratamento da cistite não complicada causada por esses patógenos. A maioria das cepas de Proteus, Providencia, Morganella, Serratia, Acinetobacter e Pseudomonas spp. Não há resistência cruzada com outras classes de antibióticos.

A nitrofurantoína é utilizada somente para

  • Tratamento ou profilaxia de infecções do trato urinário inferiores não complicada (cistite)

Em mulheres com infecções do trato urinário recorrentes, é capaz de diminuir o número de episódios.

Contraindicações ao uso de nitrofurantoína

Contraindicações ao uso de nitrofurantoína incluem

  • História de reação alérgica ao fármaco

  • Insuficiência renal (depuração da creatinina < 60 L/min)

  • Idade < 1 mês

  • Gestação a termo (gestação em 38 a 42 semanas), durante o trabalho de parto e o parto, ou quando o início do trabalho de parto é iminente.

  • Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD)

Uso durante a gestação e o aleitamento

Estudos de reprodução animal com nitrofurantoína não mostraram risco para o feto. Não foram realizados estudos adequados e bem controlados em gestantes, mas, geralmente, considera-se a nitrofurantoína segura durante os 3 trimestres da gestação. Entretanto, contraindica-se a nitrofurantoína na gestação a termo e durante o trabalho de parto ou o próprio parto porque interfere nos sistemas imaturos das enzimas dos eritrócitos nos recém-nascidos, lesando as células e podendo resultar em anemia hemolítica.

A nitrofurantoína passa para o leite materno e, se possível, deve ser evitada durante o primeiro mês de aleitamento para reduzir o risco de anemia hemolítica, especialmente nos neonatos com hiperbilirrubinemia.

Efeitos adversos da nitrofurantoína

Os efeitos adversos da nitrofurantoína são

  • Distúrbios gastrointestinais

  • Toxicidade pulmonar

  • Neuropatia periférica

  • Anemia hemolítica

  • Hepatotoxicidade

Reações adversas comuns incluem náuseas e vômitos, que são menos frequentes com formulação macrocristalina. Febre, exantema, pneumonite por hipersensibilidade (acompanhada de febre e eosinofilia) e fibrose pulmonar intersticial progressiva podem ocorrer. Pode haver parestesias seguidas por polineuropatias ascendentes motora e sensorial graves, caso o fármaco não seja suspenso, em especial na insuficiência renal.

Foram relatadas leucopenia e hepatotoxicidade (hepatite crônica ativa ou colestática aguda); anemia hemolítica pode ocorrer em pacientes com deficiência de G6PD e em lactentes < 1 mês de idade.

Ocorrem reações hepáticas e pulmonares crônicas quando o fármaco é utilizado por > 6 meses.

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