A LMC é causada por espécies de Ancylostoma, mais comumente oriundas de gatos e cães (Ancylostoma braziliense). Os ovos das fezes de cães ou gatos se desenvolvem em larvas infectantes quando em meio úmido e quente no solo ou areia; a transmissão ocorre quando a pele entra em contato direto com o solo ou areia contaminados e a larva penetra na pele não protegida, geralmente nos pés, pernas, glúteos ou dorso. A LMC é observada em todo o mundo, sendo mais comum nos trópicos.
A LMC causa intenso prurido, e os sinais são pápulas e eritema no local da penetração, seguida de um trajeto sinuoso por um túnel filiforme subcutâneo de cor vermelho-amarronzada. Os pacientes também podem desenvolver pápulas e vesículas que se assemelham à foliculite, chamada foliculite por ancilóstomo. O diagnóstico baseia-se na história e aparência clínica.
Embora a infecção desapareça espontaneamente após algumas semanas, o desconforto e risco de infecção bacteriana secundária justificam o tratamento. O tiabendazol tópico a 15%, em creme ou líquido bid ou tid, por 5 dias, é extremamente efetivo. O tiabendazol oral não é bem tolerado e normalmente não é utilizado. Albendazol (400 mg VO uma vez ao dia por 3 a 7 dias) e ivermectina (200 mcg/kg, uma vez ao dia por 1 a 2 dias) são indicados para a cura e são bem tolerados.
A LMC pode ser complicada por uma reação pulmonar autolimitada, denominada síndrome de Löffler (infiltrado pulmonar em placas com eosinofilia sanguínea periférica).
Referência geral
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Podder I, Chandra S, Gharami RC: Loeffler's syndrome following cutaneous larva migrans: An uncommon sequel. Indian J Dermatol 61(2); Mar-Apr 2016.