(Consulte também Considerações gerais sobre arritmias cardíacas).
Em sua maioria, pessoas com canalopatias cardíacas não apresentam outra cardiopatia, como ataque cardíaco ou valvulopatia, mas carregam mutações nos genes que determinam a constituição ou a regulação dos poros das membranas cardíacas (canais) e estão predispostas a anormalidades no ritmo cardíaco.
As canalopatias mais comuns causam:
Outras canalopatias cardíacas, mais raras, incluem as seguintes:
Os defeitos elétricos às vezes causam taquicardia ventricular, um ritmo cardíaco perigosamente rápido, ou fibrilação ventricular, em que o coração chega a não ter batimentos.
Sintomas
Em alguns casos, o distúrbio é assintomático, mas muitas pessoas podem desmaiar devido à taquicardia ventricular. Os portadores de fibrilação ventricular estão sujeitos a parada cardíaca súbita.
Os sintomas podem ser provocados por febre ou alguns medicamentos, como certos medicamentos usados para tratar arritmias cardíacas e alguns antidepressivos.
Diagnóstico
Os médicos suspeitam de canalopatia em pessoas que têm familiares com histórico de desmaios ou morte inexplicável devido a um problema cardíaco, sobretudo se a morte tiver ocorrido em idade jovem.
O diagnóstico é estabelecido com base no eletrocardiograma (ECG). Em alguns casos, porém, o padrão das anomalias no ECG pode não ser tão evidente. Nesses casos, os médicos podem tentar provocar distúrbios no ritmo cardíaco com um medicamento ou com exercícios, possibilitando-lhes estabelecer um diagnóstico.
Tratamento
Normalmente é usado um cardioversor desfibrilador implantável (CDI), um pequeno aparelho capaz de detectar uma arritmia cardíaca e descarregar um choque para corrigi-la. Esse procedimento é semelhante ao implante de um marca-passo artificial.