Conjuntivite de inclusão do adulto

(Conjuntivite por clamídia do adulto; conjuntivite de piscina)

PorZeba A. Syed, MD, Wills Eye Hospital
Revisado/Corrigido: abr 2023
Visão Educação para o paciente

A conjuntivite de inclusão do adulto é causada por Chlamydia trachomatis sexualmente transmissível. Os sintomas incluem hiperemia unilateral crônica e secreção mucopurulenta. O diagnóstico é clínico. O tratamento é feito com antibióticos sistêmicos.

A conjuntivite de inclusão do adulto, responsável por 1,8 a 5,6% de todos os casos de conjuntivite, é causada pelos sorotipos D a K da Chlamydia trachomatis. Na maioria dos casos, a conjuntivite de inclusão do adulto resulta de contato sexual com uma pessoa que tem infecção genital. Normalmente, os pacientes tiveram um novo parceiro sexual nos últimos 2 meses. Infecções genitais estão presentes em até 54% dos homens e 74% das mulheres. Raramente, a conjuntivite de inclusão do adulto é adquirida de água de piscina contaminada clorada de maneira incompleta.

(Ver também Visão geral da conjuntivite e Tracoma.)

Sinais e sintomas da conjuntivite de inclusão no adulto

A conjuntivite de inclusão do adulto tem um período de incubação de 2 a 19 dias. A maioria dos pacientes tem secreção mucopurulenta unilateral. A conjuntiva tarsal é frequentemente mais hiperêmica do que bulbar. Caracteristicamente, há uma resposta folicular tarsal acentuada. Ocasionalmente, ocorrem opacidades corneanas superiores e vascularização. Linfonodos pré-auriculares podem estar inchados no lado do olho envolvido. Muitas vezes, os sintomas estiveram presentes por várias semanas ou meses e não responderam a antibióticos tópicos.

Diagnóstico da conjuntivite de inclusão do adulto

  • Avaliação clínica

  • Exames laboratoriais

Cronicidade (sintomas por > 3 semanas), secreção mucopurulenta, resposta folicular tarsal marcada e insucesso dos antibióticos tópicos diferenciam a conjuntivite de inclusão do adulto de outras conjuntivites bacterianas. Esfregaços, culturas bacterianas, e estudos de clamídia devem ser feitos. Técnicas de coloração imunofluorescente, testes de amplificação de ácidos nucleicos (NAAT) e culturas especiais são utilizadas para detectar C. trachomatis. Esfregaços e raspados conjuntivais devem ser examinados microscopicamente e coloração com corante de Gram para identificar bactérias e coloração com corante de Giemsa para identificar os corpos de inclusão característicos de células epiteliais basófilas citoplasmáticas da conjuntivite por clamídia.

Dicas e conselhos

  • Se os pacientes têm sintomas de conjuntivite bacteriana, além de uma resposta folicular tarsal marcada (muitas vezes com secreção mucopurulenta), sintomas por > 3 semanas ou falta de resposta a antibióticos tópicos, fazer esfregaços, culturas bacterianas e estudos de clamídia.

Tratamento da conjuntivite de inclusão do adulto

  • Azitromicina ou doxiciclina oral

Azitromicina, 1 g, por via oral, uma única vez, ou doxiciclina, 100 mg por via oral duas vezes ao dia ou eritromicina, 500 mg por via oral 4 vezes ao dia, durante 1 semana cura a conjuntivite e infecção genital concomitante. Parceiros sexuais também requerem tratamento.

Pontos-chave

  • A conjuntivite de inclusão do adulto é causada por Chlamydia trachomatis e, geralmente, é adquirida sexualmente; em casos raros, pode ser adquirida nadando em piscina contaminada.

  • A conjuntiva tarsal é frequentemente mais hiperêmica do que a conjuntiva bulbar; há uma resposta folicular tarsal acentuada.

  • Tratar parceiros sexuais e também o paciente com azitromicina oral ou doxiciclina.

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