Peritonite bacteriana espontânea (PBE)

PorDanielle Tholey, MD, Sidney Kimmel Medical College at Thomas Jefferson University
Revisado/Corrigido: set 2023
Visão Educação para o paciente

A peritonite bacteriana espontânea (PBE) é uma infecção do líquido ascítico sem uma fonte aparente. Manifestações podem incluir febre, mal-estar e sintomas de ascite e agravamento da insuficiência hepática. O diagnóstico é por meio de exame do líquido ascítico. O tratamento é com cefotaxima ou outro antibiótico.

(Ver também Ascite.)

A peritonite bacteriana espontânea é particularmente comum na ascite causada por cirrose hepática. Essa infecção pode causar sequelas graves ou morte. As bactérias mais comuns que causam peritonite bacteriana espontâneasão Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae gram-negativos e Streptococcus pneumoniae gram-positivos; geralmente apenas um único organismo está envolvido.

Sinais e sintomas da peritonite bacteriana espontânea

Os pacientes têm sinais e sintomas de ascite. Desconforto normalmente está presente; ele tipicamente é difuso, constante e leve a moderado em termos da gravidade.

Sinais de peritonite bacteriana espontânea podem incluir febre, mal-estar, encefalopatia, agravamento da insuficiência hepática e deterioração clínica inexplicável. Sinais peritoneais (p. ex., sensibilidade abdominal e rebote) estão presentes, mas podem diminuir um pouco pela presença de líquido ascítico.

Diagnóstico da peritonite bacteriana espontânea

  • Paracentese diagnóstica

O diagnóstico clínico de peritonite bacteriana espontânea pode ser difícil; o diagnóstico exige alto índice de suspeita e uso liberal de paracentese diagnóstica, incluindo cultura. A transferência de líquido ascítico para meios de cultura de sangue antes da incubação aumenta a sensibilidade da cultura para cerca de 70%. Contagem de leucócitos polimorfonucleares (PMNs) de > 250 células/mcL (0,25 × 109/L) é diagnóstico de peritonite bacteriana espontânea. A contagem de PMN é o número total de leucócitos na ascite pela porcentagem de neutrófilos. Culturas de sangue também são indicadas. Como peritonite bacteriana espontânea normalmente resulta de um único organismo, encontrar flora mista na cultura sugere uma víscera abdominal perfurada ou espécime contaminado.

Tratamento da peritonite bacteriana espontânea

  • Cefotaxima ou outro antibiótico

  • Albumina para a prevenção da síndrome hepatorrenal

Se a peritonite bacteriana espontânea é diagnosticada, um antibiótico como ceftriaxona ou cefotaxima 2 g IV a cada 4 a 8 horas (dependendo da coloração de Gram e dos resultados de cultura) é dado por pelo menos 5 dias e até que o líquido ascítico mostre < 250 PMNs/mcL. Antibióticos aumentam a chance de sobrevida. Como a peritonite bacteriana espontânea reaparece em um ano em até 70% dos pacientes, são indicados antibióticos profiláticos; quinolonas (p. ex., norfloxacina 400 mg por via oral uma vez ao dia) são mais amplamente utilizadas.

Pacientes com PBE devem receber 1,5 g/kg de albumina (25%) no 1º dia e 1 g/kg no 3º dia para reduzir o risco de síndrome hepatorrenal.

A profilaxia antibiótica em pacientes ascíticos com hemorragia varicosa diminui o risco de PBE.

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