Algumas mulheres não têm sintoma nenhum, salvo o fato de não conseguirem engravidar e outras têm os mesmos sintomas de uma menopausa natural (por exemplo, ondas de calor ou suores noturnos).
Os exames de sangue são capazes de confirmar o diagnóstico, e outros exames são feitos para identificar a causa.
Diversas medidas, incluindo estrogênio (normalmente tomado até aproximadamente os 51 anos de idade, que é a idade média em que ocorre a menopausa), podem aliviar ou reduzir os sintomas.
Para poder engravidar, a mulher com menopausa precoce pode ter óvulos de outra mulher implantados no seu útero.
Em termos hormonais, a menopausa precoce se assemelha à menopausa natural Sintomas da perimenopausa A menopausa é o fim permanente das menstruações e, consequentemente, da fertilidade. Por vários anos antes e logo após a menopausa, os níveis de estrogênio variam muito, as menstruações... leia mais . Os ovários produzem muito pouco estrogênio. A ovulação, essencialmente, cessa. Contudo, às vezes, os ovários começam a funcionar por um curto período e podem liberar um óvulo, o que torna a gravidez possível. Os ovários ainda contêm milhares de óvulos.
Causas da menopausa precoce
A menopausa precoce tem muitas causas:
Anomalias genéticas: os cromossomos, incluindo os cromossomos sexuais, podem ser anômalos. As anomalias nos cromossomos sexuais incluem a síndrome de Turner Síndrome de Turner A síndrome de Turner é uma anomalia dos cromossomas sexuais em que as meninas nascem com um dos cromossomos X parcial ou completamente ausente. A síndrome de Turner é causada pela... leia mais
, distúrbios que conferem um cromossomo Y (que normalmente atingem apenas os homens) e a síndrome do cromossomo X frágil Síndrome do X frágil A síndrome do X frágil é uma anomalia genética no cromossomo X que leva a deficiência intelectual e problemas comportamentais. Cromossomos são estruturas dentro das... leia mais .
Doenças autoimunes: o corpo produz anticorpos anormais que atacam os tecidos do corpo, incluindo os ovários. Alguns exemplos disso são a tireoidite Tireoidite de Hashimoto A tireoidite de Hashimoto é uma inflamação autoimune crônica da tireoide. A tireoidite de Hashimoto acontece quando o corpo ataca as células da tireoide – uma reação autoimune... leia mais , o vitiligo Vitiligo O vitiligo é a perda de melanócitos que deixa pontos brancos na pele. As manchas de pele embranquecida estão presentes em várias partes do corpo. Geralmente, os médicos baseiam o diagnóstico... leia mais
e a miastenia grave Miastenia grave A miastenia grave é uma doença autoimune em que a comunicação entre os nervos e os músculos é afetada, produzindo episódios de fraqueza muscular. A miastenia... leia mais .
Distúrbios metabólicos: A doença de Addison Doença de Addison Na doença de Addison, as glândulas adrenais estão hipoativas, o que resulta em uma deficiência de hormônios adrenais. A doença de Addison pode ser causada por uma reação... leia mais
e o diabetes Diabetes mellitus (DM) O diabetes mellitus é uma doença na qual o organismo não produz uma quantidade suficiente de insulina ou não responde normalmente à insulina, fazendo com que o ní... leia mais são alguns exemplos.
Quimioterapia para tratamento de câncer
Radioterapia
Retirada cirúrgica dos ovários: Cirurgia para remover ambos os ovários (ooforectomia bilateral) acaba com a menstruação e causa a menopausa.
Extração cirúrgica do útero: A cirurgia para retirar o útero (histerectomia) acaba com a menstruação, mas não causa a maioria dos outros sintomas da menopausa, desde que os ovários estejam funcionando.
Toxinas: o tabaco é um exemplo.
Sintomas da menopausa precoce
Algumas mulheres não têm sintoma nenhum, salvo o fato de não conseguirem engravidar. Outras mulheres apresentam os mesmos sintomas que são associados à menopausa normal (que ocorre por volta dos 51 anos), tais como ondas de calor, suores noturnos ou oscilações do humor. A menstruação talvez se torne mais leve ou irregular ou talvez pare.
A deficiência de estrogênio pode dar origem a uma diminuição da densidade óssea (osteoporose Osteoporose A osteoporose é um quadro clínico em que uma redução da densidade dos ossos enfraquece os ossos, tornando-os suscetíveis a quebra (fraturas). O envelhecimento, a deficiência... leia mais ) e ao adelgaçamento e ressecamento do revestimento vaginal (atrofia vaginal). Caso a mulher com menopausa precoce não seja tratada com terapia à base de estrogênio antes de alcançar a idade média da menopausa (aproximadamente 51 anos de idade), seu risco de apresentar transtornos do humor Considerações gerais sobre transtornos do humor Os transtornos do humor são transtornos de saúde mental nos quais as alterações emocionais consistem em períodos prolongados de tristeza excessiva (depressão),... leia mais , doença de Parkinson Doença de Parkinson (DP) A doença de Parkinson é uma doença degenerativa e lentamente progressiva de áreas específicas do cérebro. É caracterizada pelo tremor quando os músculos... leia mais , demência Demência A demência é uma diminuição, lenta e progressiva, da função mental, que afeta a memória, o pensamento, o juízo e a capacidade para aprender. Normalmente... leia mais e doença arterial coronariana aumenta Considerações gerais sobre a doença arterial coronariana (DAC) A doença arterial coronariana é um quadro clínico no qual o suprimento de sangue para o músculo cardíaco é bloqueado parcial ou completamente. O músculo cardíaco... leia mais
.
Se a causa for uma doença que confere um cromossomo Y, o risco de ter câncer de ovário é maior.
A mulher pode apresentar sintomas da doença que causa a menopausa precoce. Por exemplo, se a síndrome de Turner for a causa, a mulher pode ter baixa estatura e ter um pescoço alado e dificuldades de aprendizagem.
Diagnóstico da menopausa precoce
Exame de gravidez
Medição das concentrações hormonais
Outros exames para identificar a causa
Às vezes, exames genéticos e análise cromossômica
O médico suspeita de menopausa precoce quando uma mulher com menos de 40 anos apresentar sintomas da menopausa ou não conseguir engravidar.
Um exame de gravidez é feito, e as concentrações de estrogênio e de hormônio folículo-estimulante (que estimula os ovários a produzir estrogênio e progesterona) são medidas semanalmente durante várias semanas para confirmar o diagnóstico de menopausa precoce.
Outros exames também podem ser feitos para ajudar o médico a identificar a causa da menopausa precoce e, assim, avaliar os riscos para a saúde da mulher e receitar o tratamento adequado para a menopausa precoce. Um exame de sangue para detectar o hormônio antimülleriano (que é produzido nos ovários) pode ser realizado para avaliar o grau de funcionamento dos ovários e para calcular a chance de a mulher conseguir engravidar.
No caso de mulheres com menos de 35 anos de idade, é possível que uma análise cromossômica seja realizada. Outros procedimentos e tratamentos talvez sejam necessários caso uma anomalia cromossômica seja detectada.
É possível que a densidade óssea seja medida para verificar quanto à presença de osteoporose.
Tratamento da menopausa precoce
Contraceptivos orais ou terapia hormonal
Caso a gravidez seja desejada, fertilização in vitro
Se a mulher com menopausa precoce não desejar engravidar, ela recebe:
Pílulas anticoncepcionais que contêm estrogênio e progestina (anticoncepcionais orais combinados) tomadas durante 21 ou 24 dias, seguidas de um comprimido inativo (placebo) que geralmente é tomado nos outro quatro a sete dias todo mês
Terapia hormonal que contém uma dose mais elevada de estrogênio, tomada todos os dias e uma progestina ou progesterona, tomada por 12 a 14 dias por mês (terapia hormonal cíclica)
Esses tratamentos costumam ser tomados até mais ou menos os 51 anos de idade (a idade média em que ocorre a menopausa). Depois disso, o médico decide se a mulher deve continuar com os tratamentos, tomando por base as suas circunstâncias individuais.
O estrogênio ajuda a aliviar os sintomas e ajuda a prevenir outros efeitos da menopausa (por exemplo, secura vaginal e oscilações do humor). A dose mais elevada de estrogênio na terapia hormonal ajuda a manter a densidade óssea. Uma vez que o estrogênio administrado sozinho aumenta o risco de uma mulher ter câncer do revestimento uterino (câncer de endométrio), a maioria das mulheres também toma uma progestina ou progesterona juntamente com o estrogênio para ajudar a proteger contra esse tipo de câncer. A mulher que não tiver mais útero pode tomar apenas estrogênio.
Se uma mulher com menopausa precoce quiser engravidar, o médico recomenda realizar a fertilização in vitro (em tubo de ensaio) Técnicas de reprodução assistida Técnicas de reprodução assistida incluem a manipulação dos espermatozoides e óvulos ou embriões em um laboratório (in vitro) com o objetivo de gerar uma... leia mais . Os óvulos de outra mulher (doadora de óvulos) são implantados no útero após terem sido fecundados em laboratório. O estrogênio e uma progestina ou progesterona também são receitados para permitir que o útero sustente a gravidez. Essa técnica oferece à mulher uma chance de até 50% de engravidar. De outra forma, a possibilidade de engravidar é menor que 10%. A idade da mulher que está doando os óvulos é mais importante que a idade da mulher que os recebe. Algumas mulheres com insuficiência ovariana primária conseguem engravidar mesmo sem a fertilização in vitro.
A mulher que tem um cromossomo Y precisa retirar os ovários para diminuir o risco de ter câncer de ovário. Os ovários podem ser removidos por laparoscopia (um procedimento no qual um tubo fino de visualização é introduzido através de uma pequena incisão logo acima ou abaixo do umbigo) ou por laparotomia, que envolve uma incisão maior no abdômen. A terapia hormonal também costuma ser recomendada para essa mulher até ela ter alcançado a idade média da menopausa ou além, para prevenir os efeitos da falta de estrogênio.