Defeitos da via glicolítica são distúrbios metabólicos raros autossômicos recessivos dos eritrócitos que causam anemia hemolítica.
(Ver também Visão geral da anemia hemolítica.)
A via glicolítica é uma das importantes vias metabólicas do corpo. Envolve uma sequência de reações enzimáticas que decompõem a glicose (glicólise) em piruvato, produzindo as fontes de energia trifosfato de adenosina (ATP) e nicotinamida adenina dinucleotídeo reduzido (NADH). Podem ocorrer vários defeitos hereditários nas enzimas da via.
O defeito mais comum é
Deficiência de piruvato quinase
Outros defeitos que causam anemia hemolítica são as deficiências de
Hexoquinase eritrocitária
Glicose fosfato isomerase
Fosfofructocinase
Em todas essas vias com defeito, só ocorre anemia hemolítica em pacientes homozigotos para a mutação. O mecanismo exato da hemólise é desconhecido.
Os sintomas estão relacionados com o grau da anemia e podem ser icterícia e esplenomegalia. Os esferócitos estão ausentes, mas pode haver pequena quantidade de esferas com formas irregulares (equinócitos).
Em geral, a análise do ATP e do difosfoglicerato ajuda a identificar qualquer defeito metabólico e localizar as áreas defeituosas para análises futuras.
Tratamento dos defeitos da via glicolítica
Ácido fólico durante a hemólise aguda
Hemotransfusão como indicado
Esplenectomia, se necessário
Não há nenhuma terapia específica para anemias hemolíticas causadas por defeitos na via glicolítica. A maioria dos pacientes não precisa de nenhum tratamento além de suplementação de folato 1 mg por via oral uma vez ao dia, durante a hemólise aguda.
Nos casos graves, os pacientes podem depender de hemotransfusão, nesses casos há indicação de esplenectomia. Embora haja melhora, tanto a hemólise quanto a anemia persistem após a esplenectomia, em particular com deficiência de piruvato quinase.