A dor no joelho é um problema comum em atletas e na população em geral.
Etiologia da dor no joelho
Existem muitas causas de dor ao redor ou no joelho em atletas, especialmente em corredores, incluindo
Subluxação da patela ao dobrar o joelho
Condromalacia da subsuperfície da patela (joelho do corredor, caracterizado pelo amolecimento da capa da cartilagem do joelho)
Patologia intra-articular, como rompimento do menisco e da plica (dobradura para dentro do revestimento sinovial normal do joelho)
Inflamação do coxim gorduroso
Fraturas de estresse da tíbia
Mau alinhamento dos membros inferiores
Tendinite patelar (ou infrapatelar) (joelho do saltador, que é lesão por uso excessivo do tendão patelar na conexão do polo inferior da patela)
A dor no joelho pode representar dor advinda da coluna lombar ou do quadril ou resultar de problemas no pé (p. ex., pronação em excesso ou o pé rotaciona para dentro durante corrida ou caminhada).
Diagnóstico do dor no joelho
História e exame físico
Às vezes, exames de imagem
O diagnóstico requer revisão completa do programa de treinamento do atleta lesionado, incluindo uma anamnese do início do sintoma e fatores agravantes, exame completo do membro inferior (para exame do joelho, ver Abordagem ao paciente com doença do joelho: exame físico e ver Dor no joelho e lesões meniscais).
Sintomas mecânicos, como prender ou travar, sugerem um problema interno do joelho, como rompimento de menisco. Sintomas de instabilidade, como parar e perder a confiança na extremidade quando torce ou vira o joelho, sugere lesão do ligamento ou subluxação da patela.
A condromalácia é sugerida por dor no joelho após corrida, especialmente em rampas, e dor e rigidez após permanecer sentado por qualquer tempo (sinal positivo do cinema), embora isso não seja específico para condromalácia. No exame, a dor é normalmente reproduzida por compressão da patela contra o fêmur.
A dor que piora com carga sugere uma fratura por estresse.
Tratamento da dor no joelho
Exercícios de fortalecimento do quadríceps
Às vezes, coxins, suportes ou órteses estabilizadores
Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)
O tratamento é ajustado para a causa específica da dor.
O tratamento da condromalacia inclui exercícios para fortalecimento do quadríceps com exercícios isquiotibiais balanceados, uso de arcos de suporte se pronação excessiva é um possível contribuinte e uso de AINEs.
Para subluxação patelar, o uso de coxins estabilizadores da patela ou joelheiras articuladas pode ser necessário, especialmente em esportes que requerem movimentos rápidos e ágeis em vários planos (p. ex., basquete, tênis).
Se houver pronação excessiva do pé e todas as causas possíveis de dor no joelho tiverem sido excluídas, o uso de insoles ortóticos pode ser útil.
Fraturas por estresse requerem repouso e interrupção das atividades de suporte de peso.
Patologia intra-articular frequentemente requer cirurgia.
1. Deitar-se de costas com o joelho não envolvido flexionado de modo que o pé permaneça no chão/maca.
2. Contrair o músculo do quadríceps no lado acometido e então elevar a perna reta até o nível da coxa da perna não acometida.
3. Voltar à posição inicial lentamente para controlar a fase de abaixamento.
4. Fazer 3 séries de 10 repetições, 1 vez por dia.
Courtesy of Tomah Memorial Hospital, Department of Physical Therapy, Tomah, WI; Elizabeth C.K. Bender, MSPT, ATC, CSCS; and Whitney Gnewikow, DPT, ATC.
1. Sentar-se com a perna acometida estendida.
2. Contrair o músculo quadríceps femoral na parte anterior da coxa para empurrar o joelho para baixo até o chão/maca.
3. Manter o exercício por 10 segundos.
4. Realizar 1 série de 10 repetições, a cada hora.
5. Instruções especiais
a. Não prender a respiração durante o exercício.
Courtesy of Tomah Memorial Hospital, Department of Physical Therapy, Tomah, WI; Elizabeth C.K. Bender, MSPT, ATC, CSCS; and Whitney Gnewikow, DPT, ATC.
1. Depois que a fase inflamatória diminuiu e o paciente é capaz de realizar a flexão do joelho sem dor:
2. Deitar em decúbito dorsal.
3. Começar com o joelho estendido.
4. Dobrar o joelho ao longo do intervalo possível sem dor.
5. Voltar lentamente à posição inicial.
6. Fazer 3 séries de 10 repetições, 1 vez por dia.
7. Instruções especiais
a. Começar com a menor resistência, adicionando peso conforme tolerado. Também pode-se utilizar faixa elástica de resistência.
b. Focalizar a fase de abaixamento excêntrico com uma contagem de 4 para abaixar e estender o joelho até a posição inicial e uma contagem de 2 para flexão do joelho.
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1. Deitar-se em decúbito ventral, manter o joelho esticado no lado acometido.
2. Realizar contração abdominal.
3. Levantar a perna envolvida do chão/maca.
4. Retornar à posição inicial.
5. Fazer 3 séries de 10 repetições, 1 vez por dia.
6. Instruções especiais
a. Manter o joelho esticado e os abdominais contraídos ao longo da repetição.
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1. Deitar em decúbito dorsal.
2. Dobrar o joelho acometido e enrolar uma toalha ou faixa ao redor do tornozelo.
3. Puxar delicadamente a toalha ou faixa para alongar o músculo da frente da coxa, puxando o tornozelo em direção à região glútea.
4. Manter o exercício por 30 segundos.
5. Realizar 1 série de 4 repetições, 3 vezes ao dia.
6. Repetir na outra perna.
7. Instruções especiais
a. Para alongamento adicional, colocar uma toalha enrolada um pouco acima do joelho para estender ligeiramente o quadril.
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1. Permanecer cerca de 30 cm longe da parede com a perna acometida mais próxima da parede.
2. Colocar a perna não acometida na frente da perna acometida.
3. Manter o joelho acometido esticado.
4. Inclinar o tronco para o lado contrário da parede de modo que o quadril do lado envolvido se aproxime da parede.
5. Não se inclinar para a frente na cintura.
6. Manter o exercício por 30 segundos.
7. Realizar 1 série de 4 repetições, 3 vezes ao dia.
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1. Deitar-se em decúbito dorsal, pressionar a parte de trás do joelho acometido para puxá-lo suavemente em direção ao tórax.
2. Estender gentilmente o joelho para endireitar a perna.
3. Manter o exercício por 30 segundos.
4. Realizar 1 série de 4 repetições, 3 vezes ao dia.
5. Repetir na outra perna.
Courtesy of Tomah Memorial Hospital, Department of Physical Therapy, Tomah, WI; Elizabeth C.K. Bender, MSPT, ATC, CSCS; and Whitney Gnewikow, DPT, ATC.
1. Deitar-se no lado acometido.
2. Manter os ombros e os quadris alinhados com os tornozelos ligeiramente atrás do corpo, com os joelhos fletidos em aproximadamente 90°.
3. Manter os pés juntos e, ao mesmo tempo, levantar o joelho do lado não acometido em direção ao teto.
4. Abaixar e repetir.
5. Repetir o exercício deitando-se no lado não acometido.
6. Realizar 3 séries de 10 repetições, 3 vezes ao dia.
7. Instruções especiais
a. Para maior resistência, colocar uma faixa ao redor dos joelhos, começar com a menor resistência.
Courtesy of Tomah Memorial Hospital, Department of Physical Therapy, Tomah, WI; Elizabeth C.K. Bender, MSPT, ATC, CSCS; and Whitney Gnewikow, DPT, ATC.
1. Permanecer em pé com os pés afastados na largura do quadril.
2. Os pododáctilos devem apontar para frente para que permaneçam alinhados com os joelhos.
3. Mantendo o centro do corpo contraído, mover as nádegas para trás, semelhante a começar a sentar em uma cadeira, e agachar-se até que as coxas estejam quase paralelas ao chão.
4. Voltar à posição inicial e repetir.
5. Realizar 3 séries de 10 repetições, 1 vez em dias alternados.
6. Instruções especiais
a. Manter o peso no lado de fora do pé e calcanhares.
b. Começar com um agachamento parcial e aumentar à medida que se familiariza com o movimento.
c. Adicionar peso somente como tolerado. Começar com 0,5 a 1 kg (isto é, uma lata de sopa).
Courtesy of Tomah Memorial Hospital, Department of Physical Therapy, Tomah, WI; Elizabeth C.K. Bender, MSPT, ATC, CSCS; and Whitney Gnewikow, DPT, ATC.

