Disfonia espasmódica

PorHayley L. Born, MD, MS, Columbia University
Revisado/Corrigido: mar 2023
Visão Educação para o paciente

Disfonia espasmódica (espasmos de pregas vocais) é o espasmo intermitente dos músculos laríngeos, que provocam anormalidade na produção vocal.

A disfonia espasmódica consiste em uma distonia idiopática que afeta os músculos da laringe durante movimentos laríngeos específicos. Como forma localizada de distúrbio motor, a disfonia espasmódica tem início por volta dos 30 aos 50 anos, e cerca de 60% dos pacientes são mulheres.

Há 3 formas:

  • Disfonia espasmódica adutora

  • Disfonia espasmódica abdutora

  • Disfonia espasmódica mista

Na disfonia espasmódica adutora, a voz do paciente parece esganada, forçada ou tensa devido ao fechamento descontrolado das pregas vocais durante a fala. Esses episódios de espasmos costumam ocorrer em fonemas vogais, em particular no início das palavras.

Na disfonia espasmódica abdutora, que é menos comum, interrupções súbitas da emissão vocal, provocadas por abertura descontrolada das pregas vocais, são acompanhadas por escape de ar audível durante a fala encadeada.

Aqueles com disfonia espasmódica mista podem apresentar características da disfonia espasmódica tanto adutora quanto abdutora, em graus variados e dependendo do momento.

(Ver também Visão geral dos distúrbios laríngeos.)

Tratamento da disfonia espasmódica

  • Injeção de toxina botulínica

  • Secção seletiva do nervo laríngeo e cirurgia de reinervação

Na disfonia espasmódica adutora, a injeção de toxina botulínica (BoNT) nos adutores vocais tornou-se o padrão de tratamento. As injeções direcionadas resultam em uma voz normal em aproximadamente 70% dos pacientes, ao longo de um tratamento de 3 meses. Como o efeito da BoNT é temporário, as injeções devem ser repetidas para manter a melhora. A secção seletiva do nervo laríngeo com cirurgia de reinervação também é uma opção em certos centros. A secção do nervo laríngeo sem reinervação mostrou resultar em sincinesia e não é a abordagem preferida para essa condição.

Para disfonia espasmódica abdutora, nenhum tratamento conhecido alivia permanentemente o distúrbio, mas alcançou-se melhora temporária com a toxina botulínica aplicada ao músculo cricoaritenoideo posterior (único abdutor das pregas vocais, 1, 2). A medialização cirúrgica (deslocando-se para a linha média inserindo um espaçador ajustável lateralmente) de ambas as pregas vocais tem algum benefício para alguns pacientes (3).

Referências sobre o tratamento

  1. Mor N, Simonyan K, Blitzer A: Central voice production and pathophysiology of spasmodic dysphonia. Laryngoscope 128(1):177-183, 2018. doi:10.1002/lary.26655

  2. Dharia I, Bielamowicz S: Unilateral versus bilateral botulinum toxin injections in adductor spasmodic dysphonia in a large cohort [published online ahead of print, 2019 Dec 14]. Laryngoscope 10.1002/lary.28457, 2019. doi:10.1002/lary.28457

  3. Dewan K, Berke GS: Bilateral vocal fold medialization: a treatment for abductor spasmodic dysphonia. J Voice 33(1):45-48, 2019. doi:10.1016/j.jvoice.2017.09.027

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