O fluxo do suor é obstruído e interceptado na pele, causando lesões cutâneas.
(Ver também Introdução a doenças relacionadas ao suor.)
Foto cedida por cortesia de David M. Pariser, MD.
Miliária ocorre com mais frequência em temperatura quente e úmida, mas pode ser observada em clima frio em pessoas com excesso de roupas, hospitalizadas ou acamadas. As lesões variam, dependendo do nível de obstrução do ducto sudoríparo.
A miliária cristalina é a obstrução de um ducto na região mais superficial da pele, com retenção do suor na camada subcórnea. É representada por uma vesícula clara como se fosse uma gota e que se rompe à mínima pressão.
A miliária rubra (brotoeja) é a obstrução do ducto na porção média da epiderme com retenção do suor na epiderme e derme. Ela causa o aparecimento de pápulas pruriginosas irritadas.
A miliária pustulosa é similar à rubra, mas se manifesta como pústulas em vez de pápulas.
A miliária profunda é a obstrução de um ducto à sua entrada na papila dérmica, na junção dermoepidérmica, com retenção de suor na derme. Clinicamente, são pápulas maiores, localizadas mais profundamente que aquelas da miliária rubra. As pápulas, com frequência, são dolorosas.
O diagnóstico da miliária é pela aparência clínica no contexto de um ambiente quente ou oclusão da pele (p. ex., pacientes hospitalizados ou acamados que permanecem em decúbito com as costas contra o leito hospitalar por longos períodos).
O tratamento da miliária consiste em resfriamento e secamento das áreas comprometidas e evitar as condições causadoras de sudorese; o uso de ar-condicionado é o ideal. Depois de se desenvolver o exantema, cremes ou loções de corticoides podem ser usados com um pouco de mentol acrescentado. Deve-se evitar roupas oclusivas e pomadas espessas.
