A pseudofoliculite da barba afeta predominantemente homens negros. Fatores de risco incluem pelos muito enrolados e certas variações no gene da queratina (KRT75, K6hf). Normalmente, resulta do barbear.
A pseudofoliculite barbae é mais problemática na região da barba e do pescoço, daí o termo “barbae”. Mas a pseudofoliculite pode ocorrer em qualquer local em que o pelo é raspado ou arrancado. Causa pequenas pápulas e pústulas que podem ser confundidas com foliculite bacteriana. Com o tempo pode resultar em cicatrização.
Diagnóstico
Tratamento
O ato de barbear deve ser descontinuado até que todas as lesões inflamatórias tenham desaparecido. Pode-se tratar as manifestações agudas da pseudofoliculite da barba (p. ex., pápulas e pústulas) com compressas quentes e remoção manual das pontas dos pelos encravados com agulha estéril ou palito de dentes.
Hidrocortisona tópica a 1% ou antibióticos tópicos são usados nas inflamações leves. Pode-se usar doxiciclina oral (50 a 100 mg 2 vezes ao dia) ou eritromicina oral (250 a 500 mg 4 vezes ao dia; 333 mg 3 vezes ao dia, 500 mg 2 vezes ao dia) nas inflamações moderadas a graves.
A tretinoína (ácido retinoico) em gel, líquido ou creme, ou o peróxido de benzoíla em creme também são eficazes nos casos leves a moderados, mas podem causar irritação da pele.
O creme de cloridrato de efornitina tópica pode ajudar desacelerando o crescimento dos pelos, assim pode-se fazer a barba com menos frequência. Alternativamente, deixar os pelos crescerem, mas devem ser cortados com cerca de 0,5 cm de comprimento.
Os folículos pilosos podem ser removidos permanentemente por eletrólise ou laserterapia. Pode-se usar depilatórios químicos porque a remoção química dos pelos não desencadeia a doença; mas pode irritar a pele.
Um curto período de prednisona pode ser necessário para casos resistentes.
Depois que as lesões desaparecem e os pacientes retomam o ato de barbear, deve-se otimizar as técnicas de barbeação.