A vacina contra ao vírus da poliomielite protege contra a poliomielite, uma infecção viral muito contagiosa que afeta a medula espinhal e o cérebro. A poliomielite pode causar fraqueza muscular, paralisia e às vezes a morte.
Os programas de vacinação abrangentes conseguiram praticamente erradicar a poliomielite em todo o mundo, mas casos de poliomielite do tipo selvagem ainda ocorrem.
(Consulte também Considerações gerais sobre a imunização.)
Tipo de vacina
Existem duas formulações da vacina contra a poliomielite disponíveis no mundo:
Vacina inativada contra a poliomielite
Vacina oral contra a poliomielite
A vacina inativada contra a poliomielite contém um fragmento do poliovírus que não causa infecção. Uma vez que esse fragmento do vírus é inofensivo, ele não consegue causar poliomielite, mas desencadeia uma forte resposta pelo sistema imunológico (consulte Imunização ativa).
A vacina inativada contra a poliomielite é a única vacina contra a poliomielite administrada nos Estados Unidos desde 2000.
A vacina inativada contra a poliomielite pode ser combinada com outras vacinas, tais como a vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTaP), a vacina contra a hepatite B ou a vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b.
A vacina oral contra a poliomielite é uma vacina viva atenuada, o que significa que ela contém uma versão enfraquecida (atenuada), mas ainda viva, do poliovírus. Este medicamento é administrado por via oral.
Em casos muito raros (aproximadamente um caso em 2,9 milhões de doses), o poliovírus vivo na vacina oral sofre mutação. O vírus com mutação da vacina pode ser transmitido da pessoa que tomou a vacina para pessoas não vacinadas, continuando a sofrer mutações e, potencialmente, causando poliomielite. Em alguns países, o vírus com mutação da vacina oral foi praticamente a única causa de poliomielite e, por isso, a maioria desses países (incluindo os Estados Unidos) interromperam o uso da vacina oral contra a poliomielite. No entanto, ela é a vacina preferida em muitas regiões com recursos limitados no mundo porque os benefícios de recebê-la podem superar os riscos de não recebê-la.
Dose e recomendações para a vacina contra a poliomielite
A vacina inativada contra a poliomielite é administrada na forma de injeção intramuscular ou subcutânea (sob a pele).
Pessoas que devem tomar essa vacina
A vacina inativada contra a poliomielite faz parte da vacinação infantil de rotina nos Estados Unidos. São administradas quatro doses: uma aos dois meses de idade, uma aos quatro meses de idade, uma entre seis e 18 meses de idade e uma entre quatro e seis anos de idade. (Consulte CDC: Imunizações recomendadas entre o nascimento até os 6 anos de idade, Estados Unidos, 2025.)
A poliomielite é extremamente rara nos Estados Unidos. O risco de exposição pode ser maior se as pessoas viajarem para uma área onde a poliomielite é comum (consulte CDC: Saúde do viajante) trabalharem em um laboratório com materiais que possam conter o vírus ou fornecerem cuidados médicos para pessoas com poliomielite.
No caso de adultos não vacinados ou com vacinação incompleta, eles devem receber três doses da vacina inativada contra a poliomielite. A maioria dos adultos que nasceu e cresceu nos Estados Unidos depois de 1955 pode presumir que foi vacinada contra a poliomielite na infância, a menos que a pessoa tenha motivos específicos para acreditar que não foi vacinada.
Adultos que completaram o ciclo de vacinação contra a poliomielite, mas que correm um risco maior de exposição ao poliovírus, podem vir a receber uma dose de reforço da vacina.
Nos Estados Unidos, um caso de poliomielite derivada da vacina foi identificado em uma pessoa não vacinada que a adquiriu no estado de Nova York em julho de 2022. Não foram identificados outros casos nos Estados Unidos, mas a vigilância de águas residuais havia detectado o vírus em amostras em vários condados de Nova York, indicando transmissão local (consulte também Departamento de Saúde do Estado de Nova York: Vigilância de águas residuais). Residentes de Nova York em áreas com detecção repetida do poliovírus podem ter um risco maior de infecção e devem seguir as recomendações de vacinação atualizadas do Departamento de Saúde do Estado de Nova York (consulte Departamento de Saúde do Estado de Nova York: Vacina contra a poliomielite).
Pessoas que não devem tomar essa vacina
As pessoas que tiveram uma reação alérgica grave e potencialmente fatal (por exemplo, uma reação anafilática) após uma dose anterior da vacina ou anafilaxia a um componente da vacina (por exemplo, aos antibióticos estreptomicina, neomicina e polimixina B) não devem receber a vacina.
As gestantes que não correm um risco maior exposição ao vírus da poliomielite não devem receber a vacina contra a poliomielite, mesmo que não exista evidência de que a vacina prejudica a gestante ou o feto. No entanto, se uma gestante tiver um risco maior de exposição ao poliovírus e precisar de proteção imediata, a vacina inativada contra a poliomielite pode ser administrada.
Se a pessoa tiver uma doença temporária, os médicos costumam esperar até que a doença esteja curada para então administrar a vacina (consulte também CDC: Quem NÃO deve ser vacinado com essas vacinas?).
Efeitos colaterais da vacina contra a poliomielite
Os efeitos colaterais frequentes incluem dor, vermelhidão, inchaço e espessamento da pele no local da injeção. Febre, irritabilidade e cansaço também podem ocorrer, mas costumam ser leves e temporários.
Efeitos colaterais sérios são raros.
Consulte as bulas para obter mais informações sobre os efeitos colaterais.
Mais informações
Os seguintes recursos em inglês podem ser úteis. Vale ressaltar que O Manual não é responsável pelo conteúdo desses recursos.
Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC): Declaração de informações sobre a vacina contra a pólio
Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC): Poliomielite: Vacinações recomendadas
