A neuralgia glossofaríngea consiste de ataques recorrentes de dor intensa na parte posterior da garganta, na área próxima às amígdalas, parte posterior da língua, parte do olho e/ou área embaixo da parte posterior da mandíbula. A dor acontece por disfunção do nono nervo craniano (nervo glossofaríngeo). O nervo glossofaríngeo ajuda a mover os músculos da garganta e conduz informações da garganta, das amígdalas e da língua para o cérebro.
Geralmente, a causa é desconhecida, mas, às vezes, é uma artéria mal posicionada que exerce pressão sobre (comprime) o nervo glossofaríngeo.
As pessoas têm breves ataques de dor torturante, afetando 1 lado da língua ou garganta e, às vezes, um ouvido.
Os médicos fazem o diagnóstico da doença com base na aparência da doença e se a aplicação de uma anestesia local na parte posterior da garganta elimina a dor.
Certos medicamentos anticonvulsivantes ou antidepressivos, baclofeno ou um anestésico local podem aliviar a dor, mas, às vezes, é preciso fazer uma cirurgia.
A neuralgia glossofaríngea, um quadro raro, costuma iniciar-se após os 40 anos de idade e é mais frequente nos homens.
O nervo vago (décimo nervo craniano) pode apresentar mau funcionamento ao mesmo tempo porque o nervo vago e o nervo glossofaríngeo (nono nervo craniano) saem do crânio juntos. Assim, o problema que afeta o nervo glossofaríngeo geralmente também afeta o nervo vago. O nervo vago ajuda a controlar os batimentos cardíacos. Quando o nervo vago funciona mal, o pulso pode ser anormal e podem ocorrer ritmos cardíacos anormais (arritmias).
Causas de neuralgia glossofaríngea
Muitas vezes, a causa da neuralgia glossofaríngea é desconhecida.
Mas algumas vezes a neuralgia glossofaríngea ocorre quando
Uma artéria mal posicionada comprime o nervo glossofaríngeo perto de onde o nervo sai do tronco cerebral.
O osso alongado na base do crânio (processo estiloide) tem uma forma anormalmente longa e comprime o nervo.
Raramente, a causa é um tumor no cérebro ou no pescoço, um abscesso, uma dilatação (aneurisma) em uma artéria no pescoço (artéria carótida) ou esclerose múltipla.
Sintomas de neuralgia glossofaríngea
Na neuralgia glossofaríngea, os ataques são breves e intermitentes, mas causam dor torturante. Os ataques podem ser desencadeados por uma ação específica, como mastigar, engolir, bocejar, tossir ou espirrar. De forma geral, a dor começa na parte posterior da língua ou da garganta, ou na área próxima às amígdalas. Às vezes, a dor se espalha ao ouvido ou à área posterior da mandíbula. A dor pode durar desde vários segundos até alguns minutos e, normalmente, afeta apenas 1 lado da garganta e da língua.
Se o nervo vago funciona mal, perturbando a frequência cardíaca, as pessoas podem desmaiar.
Diagnóstico de neuralgia glossofaríngea
Avaliação médica
Um teste usando um aplicador com um pouco de algodão na extremidade e um anestésico
Ressonância magnética
Às vezes, ou tomografia computadorizada ou radiografias
A neuralgia glossofaríngea diferencia-se da neuralgia do trigêmeo (que causa dor semelhante) pela localização da dor e pelos resultados de um teste específico. Para executar esse teste, o médico toca na parte posterior da garganta com um aplicador com um pouco de algodão na extremidade. Se doer, o médico aplica uma anestesia local na parte posterior da garganta. Se a anestesia eliminar a dor, é provável ser neuralgia glossofaríngea. Bloqueios nervosos também podem ajudar os médicos a confirmar o diagnóstico. Eles podem identificar o nervo afetado porque eles são usados para interromper uma via nervosa que transmite ou aumenta os sinais de dor.
Ressonância magnética (RM) é realizada para verificação de tumores. Uma tomografia computadorizada (TC) ou radiografia pode ser feita para determinar se o processo estiloide é anormalmente longo.
Tratamento de neuralgia glossofaríngea
Medicamentos anticonvulsivantes
Um anestésico local
Às vezes, cirurgia
Os mesmos medicamentos usados para tratar a neuralgia do trigêmeo — medicamentos anticonvulsivantes (carbamazepina, oxcarbazepina, gabapentina ou fenitoína), baclofeno e antidepressivos tricíclicos, tomados por via oral, podem ajudar. (Medicamentos anticonvulsivantes estabilizam as membranas das células nervosas.) Um bloqueio nervoso pode ser usado imediatamente para aliviar a dor até que o medicamento tomado por via oral tenha efeito.
Se esses medicamentos não forem eficazes, um especialista em dor pode injetar um anestésico local (como lidocaína) e um glicocorticoide na parte posterior da garganta. Isso pode proporcionar alívio temporário (bem como confirmar o diagnóstico).
Entretanto, para alívio permanente, talvez seja necessária a cirurgia. O nervo glossofaríngeo é separado da artéria que o está comprimindo, colocando-se uma pequena esponja entre eles (chamado descompressão vascular).



