Algumas porfirias menos comuns

Descrição

Sinais e sintomas

Abordagem diagnóstica

Tratamento

Porfiria eritropoiética congênita (doença de Günther)

Deficiência grave de uroporfirinogênio III cossintase (UROS)

No útero ou logo após o nascimento: casos graves se apresentam como hidropsia não imunitária

Logo após o nascimento: bolhas na pele, anemia hemolítica, hiperbilirubinemia, urina vermelha, fraldas escuras que mostram fluorescência avermelhada sob a luz UV

Fototerapia para hiperbilirrubinemia leva à formação grave de bolhas cutâneas.

Na idade adulta: desfiguração facial, aumento de crescimento dos pelos, cicatrizes na córnea (possivelmente graves), anemia hemolítica, esplenomegalia, eritrodontia, deposição de porfirinas nos ossos, desmineralização óssea (possivelmente substancial)

Concentrações de porfirinas no plasma, urina e fezes geralmente mais elevadas que nas demais porfirias, com a uroporfirina I e a coproporfirina I sendo as porfirinas predominantes na urina e nas fezes

ALA e PBG urinários normais

Pode ser confirmado pela baixa atividade de UROS nos eritrócitos (< 10%), mas o teste não está prontamente disponível

Análise genética do gene UROS, que revela mutações homozigóticas ou heterozigóticas compostas no cromossoma 10 (a mutação mais comum é p. C73R)

Para diagnóstico in utero: medição das porfirinas amnióticas ou análise genética

Evitar a luz solar (incluindo luzes para tratamento de hiperbilirrubinemia neonatal)

Usar roupas para proteção solar

Terapia de redução de ferro

Evitar traumas na pele

Tratamento imediato de infecções bacterianas secundárias ajuda a evitar cicatrizes

Esplenectomia possivelmente benéfica para pacientes com anemia hemolítica

Transfusões repetidas de eritrócitos e hidroxiureia podem reduzir a produção de porfirinas; deferoxamina para sobrecarga de ferro relacionada a transfusões

Transplante de células-tronco hematopoieticas potencialmente curativo

Porfiria hepatoeritropoiética

Deficiência grave de uroporfirinogênio descarboxilase (UROD)

Início da infância

Bolhas na pele

Urina vermelha

Anemia

Elevação de isocoproporfirina na urina e nas fezes

Elevação de protoporfirina de zinco em eritrócitos (para diferenciar de porfiria cutânea tardia)

Confirmada pela atividade muito baixa de UROD em eritrócitos

Análise genética do gene UROD, que revela mutações homozigóticas ou heterozigóticas compostas

Evitar luz solar

Flebotomia possivelmente benéfica para pacientes com casos mais leves

Tratamento de casos graves é semelhante ao da porfiria congênita eritropoiética

Porfiria dupla

Doenças resultantes da deficiência de 2 enzimas da via de biossíntese do heme

Manifestações clínicas e bioquímicas de ambas as doenças

Nas porfirias agudas: sintomas neuroviscerais desencadeados por agentes porfirinogênicos

Nas porfirias cutâneas: hipersensibilidade à luz solar com bolhas e pele frágil

Padrão de excreção de porfirina e de precursores de porfirina

Confirmada por história familiar e análises enzimáticas

Nas porfirias agudas: evitar agentes desencadeantes

Nas porfirias cutâneas: proteção da pele e evitar a luz solar

ALA =ácido delta-aminolevulínico; PBG = porfobilinogênio; PCT = porfiria cutânea tardia; RBC = eritrócitos; UV = ultravioleta.