Visão geral das emergências odontológicas

PorMichael N. Wajdowicz, DDS, Veterans Administration
Revisado/Corrigido: out 2022
Visão Educação para o paciente

    O tratamento das emergências odontológicas por um médico é algumas vezes necessário quando um dentista não está disponível para tratar destes distúrbios:

    Analgesia e tratamento da infecção

    Analgésicos orais são eficazes para a maioria dos problemas odontológicos, como paracetamol 650 mg a 1000 mg a cada 6 horas e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) como ibuprofeno 400 mg a 800 mg a cada 6 horas. Ibuprofeno e paracetamol também podem ser utilizados em conjunto durante um breve período de tempo, alternando os fármacos a cada 3 horas. Para dores graves, esses fármacos podem ser combinados a opioides, como codeína 60 mg; hidrocodona 5, 7,5 ou 10 mg; ou oxicodona 5 mg.

    Antibióticos para infecções dentais incluem amoxicilina 500 mg por via oral a cada 8 horas durante 3 a 7 dias, ou penicilina VK 500 mg por via oral a cada 6 horas durante 3 a 7 dias.

    Em pacientes sensíveis ou alérgicos à penicilina ou seus análogos, recomenda-se o uso de azitromicina, 250 mg, com uma dose inicial de ataque de 500 mg, seguida de doses de 250 mg durante 4 dias. Alternativa, pode-se prescrever 300 mg de clindamicina por via oral a cada 6 horas por 3 a 7 dias. Em pacientes em uso de clindamicina, deve-se monitorar quanto a possível resistência à azitromicina e maior risco de infecção por Clostridium difficile com clindamicina.

    Pacientes que não respondem à amoxicilina ou à penicilina podem passar para o clavulanato de amoxicilina, 500/125 mg, 3 vezes ao dia, durante 7 dias; aqueles com alergia a penicilinas podem receber metronidazol 500 mg, 3 vezes ao dia, durante 7 dias, juntamente com o regime inicial (1).

    Antibióticos profiláticos

    Para prevenção da endocardite infecciosa, as diretrizes de 2021 da American Dental Association (2), bem como a American Heart Association (3), recomendam antibióticos profiláticos em pacientes submetidos a procedimentos odontológicos somente para pacientes com

    • Próteses valvares, como próteses implantadas por cateterismo ou material protético utilizado para reparo da valva

    • Endocardite infecciosa prévia

    • Determinadas cardiopatias congênitas

    • Pacientes que receberam cardíaco com problemas valvulopatia

    Para os pacientes com prótese articular, as diretrizes da American Dental Association de 2021 (2) determinam que o uso antibióticos profiláticos não é recomendado de rotina, mas pode ser considerados em caso de

    • Comprometimento imunitário

    • Diabetes não controlado

    • História de infecção articular

    • Substiuição articular recente

    Os procedimentos dentais que requerem profilaxia são aqueles nos quais há a necessidade de manipulação ou perfuração da mucosa oral ou gengival ou que envolvem a região apical da raiz do dente (isto é, aqueles mais prováveis de causar bacteremia). O fármaco de eleição é amoxicilina 2 g uma vez ao dia por via oral, 30 a 60 minutos antes do procedimento. Para aqueles que não toleram penicilinas, as alternativas são cefalexina, 2 g, azitromicina ou claritromicina, 500 mg, ou doxiciclina, 100 mg. Todas essas alternativas também são administradas uma vez por via oral 30 a 60 minutos antes do procedimento. Clindamicina não é mais recomendada para profilaxia.

    Referências

    1. 1. Lockhart PB, Tampi MP, Abt E, et al: Evidence-based clinical practice guideline on antibiotic use for the urgent management of pulpal- and periapical-related dental pain and intraoral swelling: A report from the American Dental Association. J Am Dent Assoc 150(11):906-921.e12, 2019. doi: 10.1016/j.adaj.2019.08.020

    2. 2. American Dental Association (ADA) Science and Research Institute, LLC: Antibiotic Prophylaxis Prior to Dental Procedures. Acessado em 15 de setembro de 2022. https://www.ada.org/resources/research/science-and-research-institute/oral-health-topics/antibiotic-prophylaxis.

    3. 3. Wilson WR, Gewitz M, Lockhart PB, et al: Prevention of viridans group streptocococcal infective endocarditis: A scientific statement from the American Heart Association. Circulation 143(20):e963-978, 2021.  DOI: 10.1161/CIR.0000000000000969 

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