Oclusão da veia central da retina e oclusão do ramo da veia retiniana

(Oclusão da veia retiniana)

PorSonia Mehta, MD, Vitreoretinal Diseases and Surgery Service, Wills Eye Hospital, Sidney Kimmel Medical College at Thomas Jefferson University
Revisado/Corrigido: abr 2022
Visão Educação para o paciente

A oclusão da veia central da retina é uma obstrução da veia central retiniana por um trombo. Ela provoca perda de visão indolor, variando de moderada a grave, e geralmente ocorre de modo súbito. O diagnóstico é por fundoscopia. Tratamentos podem incluir fármacos do fator de crescimento endotelial antivascular (p. ex., ranibizumabe, pegaptanibe, bevacizumabe), injeção intraocular de um implante de dexametasona ou triancinolona e fotocoagulação a laser.

Etiologia

Principais fatores de risco incluem

Outros fatores de risco incluem

A oclusão também pode ser idiopática. A condição é incomum entre os jovens. A oclusão pode afetar um ramo da veia retiniana ou a veia retiniana central.

Neovascularização (formação anormal de novos vasos) da retina ou da íris (rubeosis iridis) ocorre em cerca de 16% dos pacientes com oclusão da veia central da retina e pode resultar em glaucoma secundário (neovascular), que pode ocorrer semanas ou meses após a oclusão. Hemorragia vítrea pode resultar de neovascularização da retina.

Sinais e sintomas

A perda de visão indolor geralmente é repentina, mas também pode ocorrer gradualmente ao longo de um período de dias ou semanas. Fundoscopia revela hemorragias em toda a retina, ingurgitamento (dilatação) e tortuosidade das veias retinianas e, geralmente, edema da retina significativo. Essas mudanças são tipicamente difusas se a obstrução envolve a veia central da retina e limitam-se a um quadrante se a obstrução envolve apenas um ramo da veia central da retina.

Diagnóstico

  • Fundoscopia

  • Retinografia colorida

  • Angiofluoresceinografia

  • Tomografia de coerência óptica

O diagnóstico é suspeito em pacientes com perda de visão indolor, especialmente aqueles com fatores de risco. Fundoscopia, retinografia colorida e angiofluoresceinografia confirmam o diagnóstico. Tomografia de coerência óptica é utilizada para determinar o grau do edema macular e sua resposta ao tratamento. Avaliam-se em pacientes com oclusão da veia central da retina hipertensão e glaucoma e são testados para diabetes. Testam-se pacientes jovens à procura de aumento na viscosidade do sangue (com hemograma completo e outros fatores de coagulação considerados necessário).

Prognóstico

A maioria dos pacientes tem alguma deficiência visual. Em casos leves, pode haver melhora espontânea para visão próxima do normal durante um período de tempo variável. Acuidade visual na apresentação é um bom indicador de visão final. Se a acuidade visual é de, no mínimo, 20/40, a acuidade visual deverá permanecer boa, às vezes quase normal. Se a acuidade visual é pior do que 20/200, esse nível será mantido ou irá piorar em 80% dos pacientes. Oclusões da veia central da retina raramente recorrem.

Tratamento

  • Para edema macular, injecção intraocular de fármacos do fator de crescimento endotelial antivascular (anti-VEGF), implante de dexametasona e/ou acetonido de triamcinolona

  • Para alguns casos de edema macular com oclusão do ramo da veia retiniana, fotocoagulação focal a laser

  • Fotocoagulação pan-retiniana a laser, caso se desenvolva neovascularização

O tratamento da oclusão do ramo da veia retiniana em pacientes com edema macular que compromete a fóvea geralmente é com injeção intraocular de um anti-VEGF (p. ex., ranibizumabe, aflibercepte ou bevacizumabe) ou de injeção intraocular de triancinolona ou implante de liberação lenta de dexametasona. Também pode-se utilizar esses tratamentos para tratar a oclusão da veia central da retina nos pacientes com edema de mácula. Com esses tratamentos, a visão melhora significativamente em 30 a 40% dos pacientes.

Fotocoagulação com laser focal pode ser utilizada para oclusão do ramo da veia retiniana com edema macular, mas é menos eficaz do que a injeção intraocular de um fármaco anti-VEGF ou um implante de dexametasona. A fotocoagulação com laser focal geralmente não é eficaz para o tratamento do edema macular causado por oclusão da veia central da retina.

Se neovascularização retínica ou de segmento anterior se desenvolver secundária à oclusão do ramo ou da veia central da retina, fotocoagulação pan-retiniana deve ser feita imediatamente para reduzir hemorragias vítreas e prevenir glaucoma neovascular.

Pontos-chave

  • A oclusão da veia retiniana envolve obstrução por um trombo.

  • Os pacientes têm perda indolor de visão que geralmente é repentina e podem ter fatores de risco (p. ex., idade avançada, hipertensão).

  • A fundoscopia tipicamente demonstra edema de mácula com dilatação das veias e hemorragia; exames complementares são a retinografia colorida, angiofluoresceinografia e tomografia de coerência óptica.

  • Tratar os pacientes com edema de mácula com injeção intraocular de um anti-VEGF (ranibizumabe, aflibercepte ou bevacizumabe) ou injeção intraocular de um implante de dexametasona ou triancinolona.

  • A fotocoagulação com laser focal é útil em alguns casos de edema macular secundário a uma oclusão do ramo da veia retiniana, e fotocoagulação pan-retiniana com laser deve ser feita para neovascularização retínica ou do segmento anterior.

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