Bullying

PorSteven D. Blatt, MD, State University of New York, Upstate Medical University
Revisado/Corrigido: out 2021
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O bullying é uma forma de violência praticada por pessoas jovens, pela qual ataques verbais, emocionais, físicos ou psicológicos são feitos repetidamente com o intuito de dominar ou humilhar.

(Consulte também Considerações gerais sobre os problemas sociais que afetam as crianças e suas famílias e consulte Violência em crianças e adolescentes.)

O bullying pode ocorrer em todas as idades, desde a pré-escola até a idade adulta. Uma pesquisa feita pelos Centros de Controle de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention) em 2019 revelou que 33% dos alunos no final do ensino básico e 19,5% dos alunos do ensino médio informaram terem sido vítimas de bullying na escola e 15,7% dos alunos do ensino médio informaram ser vítimas de bullying por via eletrônica (chamado ciberbullying). Mulheres, minorias, e jovens lésbicas, homossexuais, bissexuais e transgênero correm maior risco de sofrer bullying. Quase todas as crianças vivenciarão, em alguma ocasião, o comportamento de bullying, quer como o praticante do bullying, a vítima e/ou como observador de outras pessoas sendo vítimas de bullying. Tanto meninos quanto meninas podem praticar o bullying. Apesar de os adultos frequentemente considerarem o bullying como uma parte normal da infância, ele não é normal. Muitas vítimas são física ou emocionalmente prejudicadas pelo bullying. Além disso, as próprias pessoas que praticam o bullying aprendem comportamentos negativos que, caso não sejam corrigidos, podem dar origem a mais violência.

Formas de bullying

O bullying pode ser praticado de diversas formas, incluindo

  • Implicância frequente

  • Danos à propriedade

  • Ameaças

  • Exclusão

  • Intimidação

  • Assédio

  • Ataque violento

  • Ciberbullying

Ciberbullying é o uso de mídia digital (como correio eletrônico, mensagens de texto, mensagens de tweet e sites de mídia social) para intencionalmente constranger ou transmitir informações falsas ou hostis sobre outra criança. O “sexting” (contração de "sex" e "texting" em inglês), que é o ato de compartilhar mensagens ou fotografias de caráter sexual (geralmente pelo telefone celular), pode ser uma forma de ciberbullying se as mensagens ou fotografias forem intencionalmente compartilhadas com outras pessoas com o intuito de constranger ou prejudicar a criança de quem partiu a mensagem ou a fotografia.

Praticantes do bullying

Quase quatro milhões de crianças praticam bullying contra outras crianças. Os praticantes do bullying estão sob risco de maus resultados. As pessoas que praticam o bullying correm um risco maior de cumprirem pena de prisão quando são mais velhas. Os praticantes do bullying têm menos probabilidade de continuar na escola, ter um emprego ou ter relacionamentos estáveis quando forem adultos.

Infelizmente, existem muitos exemplos na mídia nacional e social sobre adultos se comportando como bullies de outros adultos. Os pais devem visualizar esses exemplos como oportunidades de aprendizagem para seus filhos. É importante que os pais identifiquem o comportamento de bullying em políticos, celebridades, outras figuras públicas e em adultos comuns e ensinem seus filhos o motivo porque esse comportamento é considerado bullying e como eles devem responder caso se deparem com este tipo de comportamento.

Vítimas

Ainda que às vezes comentem que estão sofrendo bullying com familiares ou amigos, as vítimas frequentemente estão constrangidas ou amedrontadas demais para contar o fato a um adulto. Os professores permanecem com frequência ignorantes de que o assédio está ocorrendo. As vítimas podem se recusar a ir à escola, parecer tristes ou retraídas ou tornar-se temperamentais. As vítimas também correm o risco de sofrer lesões físicas, baixa autoestima e ansiedade. Em muitos casos, as próprias vítimas de bullying acabam se tornando praticantes do bullying.

As vítimas necessitam ouvir que o bullying é sempre inaceitável. A vítima pode responder ao praticante do bullying ao

  • Contar a um adulto

  • Afastar-se da situação

  • Mudar suas rotinas para evitar o praticante do bullying

  • Procurar aconselhamento

Por motivos de segurança, a vítima não deve confrontar o praticante do bullying diretamente. A vítima deve ser ensinada a ignorar e a não se sentir incomodada pelo praticante do bullying, o que reduz a satisfação do praticante do bullying e acaba diminuindo o bullying. Elogiar a coragem da vítima por ter delatado o praticante do bullying pode ajudar a reconstruir a autoestima da vítima.

Se o bullying ocorrer na escola, os pais devem informar os funcionários da escola. Os pais da vítima devem também informar os pais do praticante do bullying, mas evitando o confronto, que poderia ser contraproducente ao colocar os pais do praticante do bullying numa posição defensiva. As vítimas podem temer que contar aos pais do praticante do bullying possa piorar o bullying, mas isso frequentemente cessa o bullying, especialmente se a discussão for positiva e não acusatória e se concentrar no comportamento prejudicial.

Os pais do praticante do bullying devem deixar claro para a criança que o bullying é inaceitável. Os pais devem, igualmente, insistir que o praticante do bullying se desculpe e corrija seu comportamento perante a vítima. Fazer isso pode ajudar o praticante do bullying a distinguir o certo do errado, torná-lo mais sensível à vítima e fazer os outros verem o praticante do bullying de maneira mais empática. Os pais do praticante do bullying devem vigiar seu filho de perto para garantir que o bullying de fato parou.

Aconselhamento é recomendável tanto para a vítima como para a criança que está praticando o bullying. Os praticantes do bullying estão com frequência expressando suas necessidades não atendidas ou tomando como modelo o comportamento agressivo de um pai/mãe ou irmão/irmã.

O bullying não deve ser ignorado. A coisa mais importante que um pai/mãe, professor ou outro adulto pode fazer quando observar o bullying é lidar com ele imediatamente. A melhor maneira de intervir depende da idade das crianças e da natureza do bullying, bem como do relacionamento do adulto com as crianças. Contudo, seja lidando com crianças pequenas ou alunos do ensino médio, a intervenção por um adulto é necessária independentemente do tipo de bullying.

Mais informações

Seguem alguns recursos em inglês que podem ser úteis. Vale ressaltar que O MANUAL não é responsável pelo conteúdo desses recursos.

Esses recursos fornecem informações sobre bullying, como diferentes tipos de bullying, como identificar e evitar o bullying, e como parar e enfrentar o bullying:

  1. Stopbullying.gov

  2. Stop Cyberbullying

  3. HealthyChildren.org

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