Relações sexuais frequentes, sem controle de natalidade, geralmente resultam em gravidez:
Para maximizar a chance de engravidar, o casal deve ter relações sexuais com frequência nos seis dias antes e, sobretudo, nos três dias antes de os ovários liberarem um óvulo (ovulação). A ovulação geralmente ocorre na metade do ciclo menstrual, que ocorre aproximadamente 14 dias antes do primeiro dia da próxima menstruação.
Dois dos métodos mais comuns que a mulher pode usar para estimar quando ocorre a ovulação são:
Se a mulher tiver menstruações regulares, ela consegue estimar quando a ovulação ocorre, medindo sua temperatura todos os dias antes de sair da cama. Uma diminuição sugere que a ovulação está prestes a ocorrer. Um aumento de 0,5 °C ou mais sugere que a ovulação acabou de ocorrer. No entanto, esse método é inconveniente para muitas mulheres, além de não ser confiável ou preciso. Na melhor das hipóteses, ele prevê a ovulação apenas no período de dois dias.
Kits caseiros de previsão da ovulação são mais precisos. Esses kits são usados para detectar um aumento do hormônio luteinizante na urina (o hormônio luteinizante estimula os ovários a estimular a ovulação). Geralmente, esse aumento ocorre 24 a 36 horas antes da ovulação. Geralmente, a mulher precisa repetir o exame durante vários dias consecutivos, portanto, os kits geralmente incluem de cinco a sete bastões. Os bastões podem ser mantidos sob um fluxo de urina ou mergulhados em urina coletada em um recipiente estéril.
Não se sabe se estimar quando a ovulação vai ocorrer aumenta a chance de engravidar para os casais que têm relações sexuais regularmente. Contudo, estimar quando a ovulação vai ocorrer provavelmente ajuda os casais que não têm relações sexuais com regularidade a estimar quando é a melhor época para ter relações sexuais.
Até um em cada cinco casais nos Estados Unidos não consegue engravidar no período de pelo menos um ano e, portanto, são considerados inférteis. Contudo, dos casais que não conseguiram engravidar após um ano de tentativas, mais de 60% acabam concebendo, com ou sem tratamento.
Causas
A infertilidade pode ser causada por problemas no homem, na mulher ou em ambos:
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Problemas com os espermatozoides (em 35% ou mais dos casais)
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Problemas com a ovulação (em aproximadamente 20%)
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Problemas com as trompas de Falópio e anomalias na pelve (em cerca de 30%)
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Problemas com o muco cervical (em 5% ou menos)
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Fatores não identificados (em aproximadamente 10%)
O consumo de uma grande quantidade de cafeína (por exemplo, mais de cinco a seis xícaras de café por dia) e tabagismo excessivo podem prejudicar a fertilidade em mulheres e devem ser evitados.
Diagnóstico
O diagnóstico de problemas de infertilidade exige uma avaliação completa de ambos os parceiros. Geralmente, a avaliação é feita após pelo menos um ano de tentativas. No entanto, é feita mais cedo se
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A mulher tem mais de 35 anos de idade (normalmente depois de seis meses tentando engravidar).
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As menstruações da mulher ocorrem de maneira infrequente (menos de nove por ano).
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A mulher tem uma anomalia conhecida no útero, nas trompas de Falópio ou nos ovários.
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O médico identificou ou suspeita de problemas com os espermatozoides do homem.
A idade é um fator importante, especialmente para a mulher. À medida que a mulher envelhece, engravidar fica mais difícil e o risco de ter complicações durante a gestação aumenta. Além disso, a mulher, principalmente após os 35 anos, tem um tempo limitado para resolver problemas de infertilidade antes de entrar na menopausa.
Tratamento
Os objetivos do tratamento são
Mesmo quando não for possível identificar a causa da infertilidade, o casal pode mesmo assim ser tratado. Nesses casos, a mulher pode receber medicamentos que estimulam o amadurecimento e a liberação de vários óvulos – os chamados medicamentos para fertilidade. Exemplos disso são o clomifeno, letrozol e gonadotrofinas humanas. Esses medicamentos são mais úteis para as mulheres que têm problemas com a ovulação.
Alternativamente, é possível que o médico use técnicas de reprodução assistida, tais como
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Uma técnica de inseminação intrauterina que seleciona apenas os espermatozoides mais ativos, que são então colocados diretamente no útero
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Fertilização in vitro (FIV), que inclui estimular os ovários, coletar óvulos maduros, fertilizar os óvulos com espermatozoides em placas de Petri (in vitro), desenvolver os embriões em meio de cultura e, depois, implantar um ou mais embriões no útero da mulher
Técnicas de reprodução assistida podem gerar mais de um feto.
Enquanto um casal está em tratamento para infertilidade, um ou ambos os parceiros podem sentir frustração, estresse emocional, sentimentos de inadequação e culpa. A pessoa pode sentir esperança e desespero alternadamente. Uma vez que ela se sente isolada e incapaz de se comunicar, a pessoa pode sentir irritação ou ressentimento contra o parceiro, pessoas da família, amigos ou o médico. O estresse emocional pode levar a fadiga, ansiedade, sono ou transtornos alimentares, além de incapacidade de se concentrar. Além disso, a sobrecarga financeira e o comprometimento de tempo envolvidos no diagnóstico e tratamento podem causar conflitos conjugais.
Esses problemas podem ser reduzidos se ambos os parceiros estiverem envolvidos e receberem informações sobre o processo de tratamento (incluindo o tempo que leva), independentemente de qual deles tenha o problema diagnosticado. Saber qual é chance de sucesso, além de estar ciente de que o tratamento talvez não seja bem-sucedido e não pode continuar indefinidamente, pode ajudar um casal a lidar com o estresse.
Obter informações sobre os assuntos a seguir também pode ser útil:
Por exemplo, se a gravidez não ocorrer após três anos de tentativas ou após dois anos de tratamento para infertilidade, a chance de gravidez é baixa e a adoção pode ser considerada. O ideal é que os casais peçam essas informações antes do início do tratamento.
Aconselhamento e apoio psicológico, incluindo grupos de apoio, como o RESOLVE e o Path2Parenthood, podem ajudar.