A maioria dos procedimentos cirúrgicos não necessita de antibióticos profiláticos ou no pós-operatório. Entretanto, certos pacientes e fatores relacionados com o procedimento alteram o risco/benefício, favorecendo a utilização profilática.
Os fatores de risco relacionados com o paciente sugerindo indicação de uso de antibióticos são
Certos cardiopatias valvulares
Imunossupressão
Os procedimentos com risco mais alto envolvem áreas onde a colonização bacteriana é mais provável:
Boca
Trato gastrointestinal
Trato respiratório
Trauma do trato geniturinário
Nos procedimentos denominados limpos (provavelmente estéreis), a profilaxia é benéfica geralmente apenas quando o material protético ou instrumentos são inseridos, ou quando se sabe que as consequências de uma infecção são graves (p. ex., mediastinite após cirurgia de revascularização do miocárdio).
A escolha dos antibióticos de acordo com as diretrizes do Surgical Care Improvement Project (SCIP) guidelines ( see page Tratamento perioperatório). Há fortes indícios de que a padronização da escolha dos antibióticos e a adesão aos protocolos SCIP ou a algum outro protocolo padronizado e validado reduzem o risco de infecção cirúrgica. Algumas regiões nos Estados Unidos que adotaram as diretrizes SCIP conseguiram diminuir a infecção no local cirúrgico em 25% de 2006 a 2010. A escolha do fármaco baseia-se na bactéria que apresenta maior probabilidade de contaminar o ferimento durante um procedimento específico ( see table Esquemas antibióticos para certos procedimentos cirúrgicos). O antibiótico é administrado 1 hora antes da incisão cirúrgica (2 horas para vancomicina e fluoroquinolonas). Pode-se-se administrar os antibióticos por via intravenosa ou oral, dependendo do procedimento. Para a maioria das cefalosporinas, outra dose é administrada se o procedimento durar > 4 horas. Para os procedimentos não contaminados, não é necessário nenhuma outra dose mas, em outros casos, não está claro se doses adicionais são benéficas. Antibióticos são mantidos por mais de 24 horas pós-operatório apenas quando há infecção ativa detectada durante a cirurgia. Dessa forma, os antibióticos são considerados tratamento e não profilaxia.
Os Centers for Disease Control publicaram diretrizes para a prevenção da infecção da ferida cirúrgica abordando medidas antissépticas tópicas e não medicamentosas (p. ex., lavagem, selantes, irrigação, profilaxia das próteses).
Informações adicionais
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