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Doença

Multivitamínicos e megavitamínicos

Por

Laura Shane-McWhorter

, PharmD, University of Utah College of Pharmacy

Revisado/Corrigido: jan 2022
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O que são multivitamínicos e megavitamínicos?

Os multivitamínicos contêm uma combinação de, no mínimo, três vitaminas ou vitaminas e minerais (e, às vezes, outros ingredientes também).

  • Esses produtos também são chamados multivitamínicos/multiminerais ou MVMs (se eles contiverem vitaminas e minerais), multivitamínicos, multivitaminas e, às vezes, apenas vitaminas.

  • Não existe um padrão para quais nutrientes ou suas concentrações são colocados nos multivitamínicos.

  • Muitos são concebidos para serem tomados uma vez por dia e contêm a maior parte ou todos os minerais e vitaminas bem conhecidos, geralmente em concentrações próximas às quantidades máximas recomendadas para cada nutriente.

Os megavitamínicos (também chamados multivitamínicos megadose e terapia ortomolecular) contêm doses muito elevadas (às vezes centenas de vezes além da necessidade diária) de uma ou mais vitaminas ou tanto vitaminas como minerais

O que se alega sobre multivitamínicos e megavitamínicos?

As empresas fabricantes de megavitaminas afirmam que tomar doses muito elevadas de vitaminas com ou sem altas doses de minerais aumenta a quantidade de nutrientes disponíveis para ajudar o organismo a permanecer saudável ou alcançar níveis de saúde mais elevados.

Os proponentes de multivitamínicos e megavitamínicos identificaram vários benefícios semelhantes desses produtos:

Os multivitamínicos e megavitamínicos funcionam?

Os multivitamínicos podem ajudar as pessoas a receber níveis recomendados de nutrientes quando os alimentos por si só não estiverem fornecendo uma quantidade suficiente de vitaminas e minerais.

  • Estudos mostram que as pessoas que tomam multivitamínicos regularmente estão mais propensas a ter níveis adequados de vitaminas e minerais necessários que pessoas que não tomam esses suplementos alimentares. Contudo, o risco de ter uma quantidade excessiva de determinadas vitaminas e minerais também é maior em usuários de multivitamínicos.

  • Estudos também mostraram que usuários de multivitamínicos tendem a ter estilos de vida e dietas mais saudáveis que pessoas que não tomam esses suplementos. Por esse motivo, é difícil saber se a prevenção de doenças crônicas e a promoção de boa saúde em usuários de multivitamínicos se devem ao uso desses suplementos ou porque eles tendem a ter dietas e estilos de vida mais saudáveis.

  • Pesquisas mostram que o uso de multivitamínicos não parece reduzir o risco geral de ter doença crônica, mas vários nutrientes nesses produtos possivelmente ajudem alguns grupos de pessoas. Por exemplo, tomar fórmulas contendo cálcio e vitamina D pode reduzir o risco de fratura em mulheres que passaram pela menopausa.

  • No caso de pessoas em países de alto recursos, as deficiências de vitaminas raramente são um problema, com apenas exceções ocasionais (por exemplo, vitamina D, às vezes vitamina B12) e a maioria das deficiências minerais tende a surgir apenas em pessoas que têm um risco conhecido de tê-las, como, por exemplo, pessoas que tomam diuréticos ou têm outras doenças.

  • Vários estudos de grande porte não encontraram nenhuma evidência clara de que os suplementos vitamínicos conseguem prevenir doenças crônicas ou morte devido a doenças crônicas graves em pessoas que não apresentam nenhuma deficiência nutricional.

Quais são os possíveis efeitos colaterais dos multivitamínicos e megavitamínicos?

Tomar multivitamínicos que fornecem nutrientes em quantidades semelhantes à ingestão diária recomendada é provavelmente seguro para a maioria das pessoas saudáveis. No entanto, existem certos riscos:

Quais interações medicamentosas ocorrem com multivitamínicos e megavitamínicos?

Os multivitamínicos que fornecem nutrientes em quantidades semelhantes à ingestão diária recomendada geralmente não interagem com medicamentos, exceto no caso de multivitamínicos contendo vitamina K, que podem diminuir a eficácia dos medicamentos para reduzir a coagulação do sangue (por exemplo, a varfarina), pois a vitamina K ajuda na coagulação do sangue.

  • Os suplementos de megavitamínicos podem interagir com vários medicamentos, dependendo de seus ingredientes.

  • Um suplemento contendo vitamina C, vitamina E, betacaroteno e selênio pode bloquear os benefícios da combinação de sinvastatina e niacina sobre os níveis de colesterol em algumas pessoas com doença coronariana.

  • A vitamina E pode afinar o sangue e, portanto, tomar uma megavitamina contendo uma dose elevada de vitamina E, juntamente como o anticoagulante varfarina ou aspirina, pode aumentar o risco de sangramento interno ou de acidente vascular cerebral.

  • A absorção de vitaminas solúveis em óleo (A, D, E e K) e betacaroteno pode ser prejudicada se tomadas ao mesmo tempo que o orlistate, um medicamento para redução de peso.

  • Uma dose elevada de vitamina A pode causar toxicidade hepática se a pessoa consumir habitualmente uma grande quantidade de álcool.

  • Os produtos multivitamínicos ou megavitamínicos podem, às vezes, conter biotina (usada para promover cabelos, pele e unhas saudáveis) e quando presente em grande quantidade, ela pode interferir na exatidão de determinados exames laboratoriais, como aqueles que avaliam a função da tireoide, os níveis de vitamina D ou de troponina (os exames laboratoriais realizados para detectar essas proteínas podem ajudar a determinar se uma pessoa teve um ataque cardíaco).

Recomendações

Embora os multivitamínicos possivelmente ajudem as pessoas a receber os níveis recomendados de nutrientes, é raro que as pessoas em países de alto recurso não recebam, apenas através da dieta, uma quantidade suficiente de vitaminas e minerais para atender às necessidades do organismo. A pessoa deve perguntar ao médico sobre os riscos de deficiência de vitaminas ou minerais.

Os multivitamínicos e megavitamínicos não são recomendados para pessoas que não apresentam deficiências nutricionais, porque a maioria dos alegados benefícios à saúde não foram confirmados por estudos de alta qualidade e esses benefícios costumam ser superados pelos riscos de tomar doses elevadas.

Os multivitamínicos contendo doses de vitaminas e minerais em quantidades semelhantes à ingestão diária recomendada são provavelmente seguros para a maioria das pessoas. Porém, os suplementos como os megavitamínicos, que contém quantidades maiores que as recomendadas, podem ter efeitos indesejáveis e até mesmo ser prejudiciais.

  • As gestantes devem evitar tomar multivitamínicos ou megavitamínicos contendo vitamina A (é preferível tomar suplementos vitamínicos pré-natais tradicionais).

  • Fumantes atuais e ex-fumantes devem evitar tomar multivitamínicos ou megavitamínicos contendo doses elevadas de vitamina A ou betacaroteno.

  • Pessoas que não têm deficiência de vitaminas ou minerais, as que tomam determinados medicamentos (inclusive anticoagulantes e a combinação de sinvastatina com niacina) e provavelmente todas as pessoas devem conversar com o médico antes de tomar multivitamínicos ou megavitamínicos.

  • As pessoas que tomam orlistate devem discutir a suplementação de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e betacaroteno com o médico.

  • Os homens podem optar por evitar suplementos de vitamina E, o que pode ajudar a evitar um aumento no risco de ter câncer de próstata.

OBS.: Esta é a versão para o consumidor. MÉDICOS: VISUALIZAR A VERSÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
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