Cetamina e PCP são anestésicos quimicamente relacionados. Essas drogas são frequentemente utilizadas para adulterar ou se passar por outros alucinógenos como o LSD.
A cetamina está disponível em forma de líquido ou pó. Quando usada ilicitamente, a forma em pó, em geral, é aspirada por via intranasal, mas pode ser utilizada por via oral. A forma líquida é usada IV IM ou por via subcutânea.
A PCP, que já foi comum, não é mais manufaturada de forma legal. Ela é fabricada ilegalmente e vendida sob nomes de rua como angel dust; algumas vezes, é vendida em combinação com ervas, maconha e tabaco.
Sinais e sintomas
A intoxicação, caracterizada por euforia leve, ocorre com doses baixas; a euforia é muitas vezes seguida de episódios de ansiedade ou labilidade emocional.
A superdosagem produz estado de introversão de despersonalização e dissociação; quando as doses são ainda mais altas, a dissociação pode se tornar grave e a resposta a estímulos externos é comprometida, com combatividade, ataxia, disartria, hipertonia muscular, nistagmo, hiperreflexia e trancos mioclônicos. Com doses muito altas, pode haver acidose, hipertermia, taquicardia, hipertensão grave, convulsões e coma; mortes são incomuns.
Os efeitos agudos costumam desaparecer rapidamente e muitos pacientes recuperam a consciência normal entre 45 minutos a várias horas.
Diagnóstico
O diagnóstico costuma ser clínico. A cetamina não é detectada por triagens de drogas de rotina na urina; pode-se solicitar cromatografia gasosa e espectrometria de massa quando o uso de cetamina precisa ser confirmado.