Tendinose tibial posterior e tenossinovite tibial posterior

(Disfunção do tendão tibial posterior)

PorJames C. Connors, DPM, Kent State University College of Podiatric Medicine
Revisado/Corrigido: out 2021
Visão Educação para o paciente

Tendinose tibial posterior, que é uma degeneração do tendão tibial posterior, e tenossinovite do tibial posterior são as causas mais comuns da dor atrás do maléolo medial.

O tendão tibial posterior se posiciona imediatamente atrás do maléolo medial. A degeneração resulta de problemas biomecânicos por permanecer longos períodos em pé, como na pronação excessiva (pessoas obesas) ou tenossinovite crônica.

A tenossinovite da bainha do tendão começa com inflamação aguda. O tendão pode estar envolvido por distúrbios inflamatórios primários, como artrite reumatoide ou gota.

(Ver também Visão geral dos distúrbios do pé e tornozelo.)

Sinais e sintomas

Inicialmente, pacientes apresentam dor ocasional atrás do maléolo medial. Com o tempo, a dor torna-se forte, com edema doloroso atrás do maléolo medial. Torna-se difícil ficar de pé, ficar na ponta dos pés e caminhar. Se o tendão romper (p. ex., com tendinose crônica), o pé pode se achatar de maneira aguda (colapso do arco) e a dor pode se estender até a sola.

Na tenossinovite, a dor é tipicamente mais aguda e o tendão pode parecer espessado e edemaciado ao longo do seu trajeto em torno do maléolo medial.

Diagnóstico

  • RM

A tendinose e tenossinovite tibial posterior são diagnosticadas clinicamente. A palpação do tendão com o pé em flexão plantar e inversão, com resistência, é dolorosa. Ficar na ponta dos pés é geralmente doloroso, podendo não ser possível se o tendão está rompido ou gravemente disfuncional. Dor e edema com sensibilidade do tendão tibial posterior atrás do maléolo medial são sugestivos de tenossinovite. Colapso unilateral do arco com abaulamento medial do tornozelo e abdução da parte anterior do pé (muitos sinais nos dedos) é, particularmente, sugestiva de patologia avançada de tendão e justifica realizar exames de ruptura do tendão.

A RM ou a ultrassonografia pode confirmar a coleção de líquidos ao redor do tendão (indicando tenossinovite) ou a extensão da degradação crônica ou ruptura do tendão com tendinose associada.

Tratamento

  • Órteses e talas ou cirurgia

O rompimento completo do tendão tibial posterior exige cirurgia se a função normal é o objetivo. A cirurgia é especialmente importante em pacientes jovens ativos com rompimentos agudos. A terapia conservadora consiste em descarga mecânica do tendão utilizando órteses modificadas ou talas personalizadas para tornozelos com um protetor profundo de calcanhar e colocação medial apropriada. Infiltrações de corticoide exacerbam o processo degenerativo (ver Considerações para uso de infiltrações de corticoide).

Para tenossinovite, justificam-se repouso e terapia agressiva com anti-inflamatórios.

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