Etiologia
A etiologia do granuloma anular não é bem definida, mas se propõe um mecanismo que compreende a imunidade mediada por células (tipo IV), vasculite por imunocomplexo e uma anormalidade dos monócitos teciduais. O granuloma anular não é associado a doenças sistêmicas; exceto que é maior a incidência de metabolismo anormal da glicose, em adultos com muitas lesões. Em alguns casos, alguns fatores desencadeantes podem ser exposição ao sol, picadas de inseto, teste cutâneo para tuberculose, vacinação BCG, trauma e infecções por Borrelia e virais. É duas vezes mais prevalente em mulheres.
Sinais e sintomas
As lesões são eritematosas, castanho-amareladas, azuladas ou de cor semelhante à da pele adjacente; pode haver uma ou mais lesões, sendo frequente no dorso dos pés, pernas, mãos ou dedos. Em geral, são assintomáticas e ocasionalmente sensíveis. As lesões geralmente se expandem ou se fundem para formar anéis. O centro de cada anel pode ser claro ou levemente deprimido e às vezes pálido ou marrom claro. Em alguns casos, as lesões podem ser generalizadas e disseminadas.
Diagnóstico
O diagnóstico de granuloma anular geralmente é clínico, sendo confirmado por biópsia. Ao contrário da tínea do corpo (que pode causar lesões anulares salientes com clareira central), o granuloma anular normalmente não tem escamas e não coça.
Tratamento
Normalmente não há necessidade de tratamento; a regressão espontânea é habitual. Nos pacientes com lesões mais disseminadas e que causam transtorno estético, a resolução das lesões pode ser mais rápida com o uso de corticoides tópicos sob curativos oclusivos a cada noite, fita adesiva com flurandrenolida, tacrolimo tópico (p. ex., pomada a 0,1% bid, com a frequência da dosagem diminuindo à medida que os sintomas desaparecem) e corticoides intralesionais. Relatou-se que a terapia com PUVA, isotretinoína, dapsona e ciclosporina são bem-sucedidas no tratamento da doença generalizada.
Relatos recentes sugerem que inibidores do FNT-alfa (p. ex., infliximabe, adalimumabe), laser de luz pulsada de 595 nm, laser excimer e fototermólise fracionada são úteis no tratamento de lesões recalcitrantes e disseminadas.
Pontos-chave
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O granuloma anular, que é duas vezes mais comum entre mulheres, não está associado a doenças sistêmicas.
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Diagnosticar o granuloma anular clinicamente (p. ex., os característicos anéis com clareira central e ausência de escamas).
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Se os sintomas forem incômodos, tratar com corticoides ou tacrolimo tópico.