Contracepção e gravidez em adolescentes

PorSarah M. Bagley, MD, MSc, Boston University Chobanian & Avedisian School of Medicine
Revisado/Corrigido: nov. 2024
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Muitos adolescentes praticam atividades sexuais, mas podem não estar plenamente informados sobre contracepção, gravidez e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Impulsividade, falta de planejamento e uso concomitante de drogas e álcool diminuem a probabilidade de o adolescente usar um método contraceptivo e de barreira (como preservativos) para prevenir a transmissão de ISTs.

(Consulte também Introdução aos problemas de saúde em adolescentes.)

Contracepção para adolescentes

Qualquer uma das medidas contraceptivas usadas por adultos pode ser usada por adolescentes, mas o obstáculo mais comum é o acesso à contracepção e seu uso correto e consistente. Ainda que preservativos masculinos sejam a forma mais frequentemente usada de contracepção reversível (a ligadura de trompas é, em geral, a forma mais comum de contracepção), ainda há percepções que podem inibir o uso consistente. Por exemplo, os adolescentes podem achar que os preservativos diminuem o prazer. Alguns adolescentes podem não se sentir confortáveis em discutir o uso do preservativo com um parceiro sexual ou em insistir no uso do preservativo durante o sexo vaginal ou anal. Garotas adolescentes podem se esquecer de tomar o contraceptivo oral diariamente ou podem parar de tomá-lo sem substituí-lo por outro método contraceptivo. Formas de contracepção de longo prazo, como dispositivos intrauterinos (DIUs), injeções hormonais que duram três meses ou mais ou implantes sob a pele que podem ser eficazes por vários anos, podem ser boas opções para algumas meninas adolescentes.

Os adolescentes devem ser aconselhados por um profissional de saúde sobre contracepção e sobre práticas de sexo seguro para prevenir ISTs, e algumas escolas e organizações de saúde pública também oferecem aconselhamento, diversos tipos de contraceptivos ou ambos. A maioria dos adolescentes pode ter acesso à contracepção através de seu clínico geral ou através de um especialista. Nos Estados Unidos, cada estado tem leis diferentes relacionadas à confidencialidade para adolescentes que acessem esses cuidados.

Gravidez em adolescentes

A gravidez também pode ser uma fonte significativa de estresse para os adolescentes.

Adolescentes grávidas e seus parceiros tendem a abandonar a escola ou o estágio, piorando assim sua situação econômica, possivelmente baixando sua autoestima ou sobrecarregando os relacionamentos pessoais.

Adolescentes grávidas são menos propensas do que mulheres adultas a receberem cuidados pré-natais, resultando em resultados piores para a mãe, como um aumento do risco de nascimento prematuro, anemia (quando o corpo não tem glóbulos vermelhos saudáveis suficientes) e pré‑eclâmpsia (pressão arterial alta e proteína na urina que podem estressar o feto) e para o bebê, como aumento do risco de baixo peso ao nascimento, infecção e síndrome da morte súbita infantil (SMSI). Os riscos parecem aumentar ainda mais em adolescentes grávidas muito jovens, como crianças de 10 a 13 anos de idade.

Uma adolescente grávida pode optar por continuar ou interromper a gravidez. Uma adolescente grávida pode criar seu filho sozinha ou juntamente com o pai da criança, possivelmente com o apoio de membros da família, ou pode optar por desistir da criança voluntariamente (adoção).

Todas as opções podem causar estresse emocional. Aconselhamento tanto para a adolescente quanto para o parceiro envolvido pode ser muito útil. O aconselhamento também deve incluir orientações sobre o uso de contracepção após a gravidez.

Os pais de um adolescente podem ter reações diferentes quando a adolescente engravida, o adolescente engravida alguém ou está em um relacionamento com alguém que está grávida. As emoções podem variar, indo desde angústia à empolgação, apatia, decepção ou raiva. É importante que os pais expressem seu apoio e disposição em ajudar o(a) adolescente a ponderar suas escolhas. Os pais e adolescentes precisam conversar abertamente sobre aborto, adoção e maternidade/paternidade, todas as quais são opções difíceis para o(a) adolescente encarar sozinho(a).

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